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ABC., imagem cardiovasc ; 36(3 supl. 1): 21-21, jul.-set., 2023.
Artigo em Português | CONASS, SES-SP, SES SP - Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, SES-SP | ID: biblio-1518560

RESUMO

INTRODUÇÃO: A insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP) é uma entidade emergente, principalmente na população feminina, onde a prevalência do gênero varia de 50 a 60%. Apesar desses valores, a representatividade desse grupo ainda é pequena em estudos clínicos, muitos questionamentos do entendimento dessa patologia e das características ecocardiográficas encontradas ainda são alvo de estudo. OBJETIVO: Avaliar as diferenças de características clínicas, ecocardiográficas e laboratoriais relacionadas ao gênero em uma população de pacientes com ICFEP possibilitando o melhor entendimento e manejo dessa população. MÉTODO: Estudo observacional retrospectivo em uma população de 300 pacientes em investigação de diferentes estágios de Insuficiência Cardíaca atendidos entre novembro de 2020 até novembro de 2022. Critérios de inclusão: (1) idade maior que 18 anos, (2) ecocardiograma transtorácico com FEVE ≥50% e (3) NTpro BNP ≥125pg/mL. Pacientes que apresentavam diagnósticos alternativos que simulassem ICFEP foram excluídos do trabalho. A coleta de dados incluiu: sinais vitais, antropometria, anamnese, exame físico, teste de caminhada, questionário de qualidade de vida e a realização do ecocardiograma transtorácico compreensivo. RESULTADOS: Obteve-se uma amostra de 91 pacientes, 65 (71%) do sexo feminino. Em relação aos critérios clínicos, observou-se maior pontuação no questionário de Minnesota (44 pontos versus 19 pontos, p=0,02) e maior grau NYHA de dispneia (p=0.023) no sexo feminino. Nos critérios ecocardiográficos, observou-se maior velocidade da onda E (75 cm/s versus 64,5 cm/s, p=0,004) e maior relação E/e´ (relação de 11 versus 9, p=0,004) no sexo feminino. No teste cardiopulmonar, observou-se menores valores de VO2 máximo no sexo feminino (19,7 versus 24, p=0.001). Observou-se que nas mulheres ocorreu predomínio da disfunção diastólica grau II, presente em 24 mulheres (56%) e a disfunção diastólica grau I foi predominante no sexo masculino, 13 homens (72%). CONCLUSÃO: No atual estudo foi possível observar diferenças substanciais entre gêneros em relação a características clínicas, capacidade de exercício e variáveis ecocardiográficas em uma população com diagnóstico de ICFEP. Tais achados reforçam a necessidade da aplicação de conceitos de medicina de precisão/personalizada sobre os atuais critérios clínicos e ecocardiográficos para abordagem de pacientes com ICFEP.

SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
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