RESUMO
Devido à crescente demanda por alimentos minimamente processados prontos para o consumo, a necessidade de um controle rigoroso das condições higiênico-sanitárias desses produtos é essencial. Sendo o cloro o único agente sanitizante permitido pelas leis sanitárias brasileiras e estando ele associado ao aparecimento de diversos tipos de câncer, busca-se atualmente encontrar outros agentes não químicos que possuam ação antimicrobiana. Um desses agentes é a quitosana, um biopolímero obtido através do processsamento da quitina, encontrada principalmente nos invertebrados marinhos, além de insetos, bolores e leveduras. A quitosana é facilmente dissolvida em soluções aquosas de ácidos orgânicos e inorgânicos, resultando em soluções viscosas usadas como filmes na proteção microbiana de legumes e frutas. Assim, o presente trabalho teve por objetivo avaliar a ação sanitizante da quitosana em cheiro verde minimamente processado, nas concentrações de 5 e 10 por cento nos tempos de 5, 10 e 15 minutos de contato. Os resultados obtidos mostraram ausência de Salmonella spp. e E. coli em todas as amostras, demonstrando o efeito bactericida da quitosana independente das concentrações e tempos estudados. (...) Conclui-se que a quitosana pode ser utilizada como agente sanitizante em substituição ao hipoclorito de sódio no tratamento de cheiro verde minimamente processado e que não há necessidade de se trabalhar com concentração superior a 5 por cento.