Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 2 de 2
Filtrar
Mais filtros

País como assunto
Ano de publicação
Tipo de documento
Intervalo de ano de publicação
1.
Cad. psicol. soc. trab ; 17(spe): 65-74, jun. 2014.
Artigo em Português | Index Psi (psicologia) | ID: psi-61273

RESUMO

Na Itália, há alguns anos, uma nova profissão nasceu como resposta adaptativa ao envelhecimento da população: a das badanti. Esse termo popular designa as mulheres imigrantes trabalhadoras no domicílio de pessoas idosas. Esse fenômeno de sociedade diz respeito a quatro milhões de pessoas, contando os assistidos e as trabalhadoras. Essas pessoas se encontram à margem da sociedade e são desconsideradas. A desqualificação é implícita, inscrita na própria denominação. Badanti vem do verbo "badare", que significa "vigiar de perto", "guardar": a empatia inscrita no termo "care" ou "ajuda" não está presente. Esse welfare feito em casa, que se revelou um recurso diante da carência de serviços públicos, fez explodir as numerosas contradições que constituirão o objeto de nossa análise. A crônica dos jornais diários sobre incidentes fez vir à tona delitos, abandonos e litígios no momento de heranças, e também contradições nos grupos intermediários. O sindicato, por exemplo, é levado a gerir as guerras entre pobres: as badanti e os idosos aposentados. Todavia, a contradição mais saliente se encontra no cerne da atividade. A profissão apresenta várias facetas e, ao lado da identificação da badante com o assistido, encontramos a humilhação e o ressentimento que resultam das condições de exercício da atividade: a "domesticidade" e a "servidão".(AU)


En Italie, depuis quelques années, un nouveau métier est né en tant que réponse adaptative au vieillissement de la population: celui des "badanti". Ce terme populaire désigne les femmes immigrées travaillant au domicile des personnes âgées. Ce phénomène de société concerne quatre millions de personnes, en comptant les assistés et les travailleuses. Ces personnes se trouvent en marge de la société et sont déconsidérées. La disqualification est implicite, inscrite dans la dénomination même. "Badanti" vient du verbe "badare", qui signifie "surveiller de près", "garder": l'empathie inscrite dans le terme "care" ou "aide" n'est pas présente. Ce "welfare" fait maison, qui s'est révélé une ressource face à la carence de services publics, a fait exploser les nombreuses contradictions qui feront l'objet de notre analyse. La chronique des faits divers a fait émerger des délits, des abandons, des litiges lors des successions et aussi des contradictions dans les corps intermédiaires. Par exemple, le syndicat, est amené à gérer des guerres entre pauvres: les "badanti" et les vieux retraités. Toutefois, la contradiction la plus saillante se trouve au cœur de l'activité. Le métier présente plusieurs facettes et à coté de l'identification de la "badante" avec l'assisté, nous trouvons l'humiliation et le ressentiment qui résultent des conditions d'exercice de l'activité: la "domesticité" et la "servitude".(AU)


During the last years a new trade appeared in Italy as an adaptive answer to the problems arising from the ageing process of population: that of "badanti". This popular term designates the immigrated women working at old persons homes. This social phenomenon concerns four million people, including workers and assisted. These persons are marginalized and discredited. Discredit is implicit in the denomination itself. "Badanti" comes from the verb "badare" that means "to strictly survey", "to control": the empathy inscribed in the words "care" or "help" is not present. This contribution will analyze this homemade welfare, that, even if it is allowing to face the lack of public services, is disclosing several contradictions. Newspapers are reporting crimes, abandons, arguments for successions, and even contradictions inside mediation organizations. Trade unions have to manage, for example, wars between poor people: "badanti" and old-age pensioners. Anyways, the most sensible contradiction is at the core of the activity. The trade presents several faces and, besides the identification of the "badante" with the assisted person, we find the humiliation and resentment, which result from the conditions of domestic labour and servitude.(AU)


Assuntos
Emigrantes e Imigrantes , Violência Doméstica , Violência contra a Mulher , Itália
2.
Cad. psicol. soc. trab ; 17(spe): 65-74, jun. 2014.
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-717506

RESUMO

Na Itália, há alguns anos, uma nova profissão nasceu como resposta adaptativa ao envelhecimento da população: a das badanti. Esse termo popular designa as mulheres imigrantes trabalhadoras no domicílio de pessoas idosas. Esse fenômeno de sociedade diz respeito a quatro milhões de pessoas, contando os assistidos e as trabalhadoras. Essas pessoas se encontram à margem da sociedade e são desconsideradas. A desqualificação é implícita, inscrita na própria denominação. Badanti vem do verbo "badare", que significa "vigiar de perto", "guardar": a empatia inscrita no termo "care" ou "ajuda" não está presente. Esse welfare feito em casa, que se revelou um recurso diante da carência de serviços públicos, fez explodir as numerosas contradições que constituirão o objeto de nossa análise. A crônica dos jornais diários sobre incidentes fez vir à tona delitos, abandonos e litígios no momento de heranças, e também contradições nos grupos intermediários. O sindicato, por exemplo, é levado a gerir as guerras entre pobres: as badanti e os idosos aposentados. Todavia, a contradição mais saliente se encontra no cerne da atividade. A profissão apresenta várias facetas e, ao lado da identificação da badante com o assistido, encontramos a humilhação e o ressentimento que resultam das condições de exercício da atividade: a "domesticidade" e a "servidão"...


En Italie, depuis quelques années, un nouveau métier est né en tant que réponse adaptative au vieillissement de la population: celui des "badanti". Ce terme populaire désigne les femmes immigrées travaillant au domicile des personnes âgées. Ce phénomène de société concerne quatre millions de personnes, en comptant les assistés et les travailleuses. Ces personnes se trouvent en marge de la société et sont déconsidérées. La disqualification est implicite, inscrite dans la dénomination même. "Badanti" vient du verbe "badare", qui signifie "surveiller de près", "garder": l'empathie inscrite dans le terme "care" ou "aide" n'est pas présente. Ce "welfare" fait maison, qui s'est révélé une ressource face à la carence de services publics, a fait exploser les nombreuses contradictions qui feront l'objet de notre analyse. La chronique des faits divers a fait émerger des délits, des abandons, des litiges lors des successions et aussi des contradictions dans les corps intermédiaires. Par exemple, le syndicat, est amené à gérer des guerres entre pauvres: les "badanti" et les vieux retraités. Toutefois, la contradiction la plus saillante se trouve au cœur de l'activité. Le métier présente plusieurs facettes et à coté de l'identification de la "badante" avec l'assisté, nous trouvons l'humiliation et le ressentiment qui résultent des conditions d'exercice de l'activité: la "domesticité" et la "servitude"...


During the last years a new trade appeared in Italy as an adaptive answer to the problems arising from the ageing process of population: that of "badanti". This popular term designates the immigrated women working at old persons homes. This social phenomenon concerns four million people, including workers and assisted. These persons are marginalized and discredited. Discredit is implicit in the denomination itself. "Badanti" comes from the verb "badare" that means "to strictly survey", "to control": the empathy inscribed in the words "care" or "help" is not present. This contribution will analyze this homemade welfare, that, even if it is allowing to face the lack of public services, is disclosing several contradictions. Newspapers are reporting crimes, abandons, arguments for successions, and even contradictions inside mediation organizations. Trade unions have to manage, for example, wars between poor people: "badanti" and old-age pensioners. Anyways, the most sensible contradiction is at the core of the activity. The trade presents several faces and, besides the identification of the "badante" with the assisted person, we find the humiliation and resentment, which result from the conditions of domestic labour and servitude...


Assuntos
Humanos , Feminino , Violência Doméstica , Emigrantes e Imigrantes , Violência contra a Mulher , Itália
SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
Detalhe da pesquisa