RESUMO
INTRODUÇÃO: As evidências sobre a melhora da capacidade funcional utilizando o Método Pilates não são contundentes. Uma possibilidade de melhorar o efeito de uma sessão de Pilates sobre a capacidade cardiorrespiratória de seus praticantes é utilizar a resistência de fluxo inspiratório (RFI) de forma concomitante. Esse efeito pode ser visualizado através da determinação do limiar glicêmico (LG), técnica utilizada como marcador de intensidade do exercício. OBJETIVO: Testar a hipótese de que a utilização de RFI em uma sessão de pilates antecipa o LG. MÉTODOS: Estudo crossover de corte transversal. Foram avaliados 26 indivíduos de ambos os sexos, sendo 10 do sexo masculino, sadios e com idade entre 20 e 40 anos. Os voluntários foram randomizados para dois protocolos: Protocolo RFI 11 movimentos do Método Pilates com RFI utilizando 20% da pressão inspiratória máxima; e Protocolo sem RFI (SRFI) 11 movimentos do Método Pilates sem RFI. Os dois protocolos foram realizados no mesmo dia, sendo um pela manhã e outro à tarde, conforme randomização feita por sorteio aleatório simples. No repouso e ao final de cada movimento coletas de sangue capilar foram realizadas para dosagem da glicemia e construção da curva glicêmica. O LG foi determinado no menor ponto da curva. RESULTADOS: O LG foi antecipado no protocolo que utilizou RFI, ou seja, no protocolo com RFI o LG foi visualizado no sexto exercício, enquanto no protocolo SRFI o LG foi visualizado no nono exercício (p<0,05). CONCLUSÃO: A RFI antecipou o LG, o que sugere que a RFI aumenta a intensidade de uma sessão de pilates. Isso aventa a hipótese de que a RFI pode proporcionar a médio e longo prazo benefícios adicionais aos praticantes do Método Pilates.
INTRODUCTION: The evidence on the improvement of functional capacity using the Pilates Method is not conclusive. One possibility to improve the effect of a Pilates session on the cardiorespiratory capacity of its practitioners is to use the inspiratory flow resistance (IFR) concomitantly. This effect can be visualized by determining the glycemic threshold (GT), a technique used as an exercise intensity marker. OBJECTIVE: To test the hypothesis that the use of IFR in a Pilates session anticipates GT. METHODS: Cross-sectional crossover study. A total of 26 individuals of both genders were evaluated, 10 of whom were male, healthy, and aged between 20 and 40 years. The volunteers were randomized to two protocols: Protocol IFR - Eleven movements of the Pilates method with IFR using 20% of the maximum inspiratory pressure, and Protocol no IFR (NIFR) - Eleven movements of the Pilates method without IFR. The two protocols were performed on the same day, one in the morning and the other in the afternoon, according to randomization by simple random draw. At rest and at the end of each movement, capillary blood collections were performed to measure blood glucose and construct the glycemic curve. GT was determined at the smallest point on the curve. RESULTS: The GT was anticipated in the protocol that used IFR; that is, in the protocol with IFR, the GT was visualized in the sixth exercise, while in the NIFR protocol, the GT was visualized in the ninth exercise (p<0.05). CONCLUSION: IFR anticipated GT, which suggests that IFR increases the intensity of a Pilates session. This suggests the hypothesis that IFR can provide additional medium and long-term benefits to Pilates method practitioners.
Assuntos
Técnicas de Exercício e de Movimento , Exercícios Respiratórios , Limiar AnaeróbioRESUMO
BACKGROUND: Anaerobic threshold (AT) is recognized as objective and direct measurement that reflects variations in metabolism of skeletal muscles during exercise. Its prognostic value in heart diseases of non-chagasic etiology is well established. However, the assessment of risk of death in Chagas heart disease is relatively well established by Rassi score. But, the added value that AT can bring to Rassi score has not been studied yet. OBJECTIVES: To assess whether AT presents additional effect to Rassi score in patients with chronic Chagas' heart disease. METHODS: Prospective research of dynamic cohort by review of 150 medical records of patients. Were selected for cohort 45 medical records of patients who underwent cardiopulmonary exercise testing between 1996-1997 and followed until September 2015. Data analysis to detect association between studied variables can be seen using a logistic regression model. The suitability of the models was verified using ROC curves and the coefficient of determination R2. RESULTS: 8 patients (17.78%) died by September 2015, with 7 of them (87.5%) from cardiovascular causes, of which 4 (57.14%) were considered on high risk by Rassi score. With Rassi score as independent variable, and death being the outcome, we obtained an area under the curve (AUC)=0.711, with R2=0.214. Instituting AT as independent variable, we found AUC=0.706, with R2=0.078. When we define Rassi score and AT as independent variables, it was obtained AUC=0.800 and R2=0.263. CONCLUSION: when AT is included in logistic regression, it increases by 5% the explanation (R2) to the death estimation.
Assuntos
Limiar Anaeróbio , Cardiomiopatia Chagásica/mortalidade , Cardiomiopatia Chagásica/fisiopatologia , Modelos Estatísticos , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Prognóstico , Estudos Prospectivos , Saúde da População UrbanaRESUMO
Objective: Anaerobic work capacity (AWC) is understood as the maximum power that the athlete can withstand over time, conditioned by high intensityeffort and it is important to interpret it for the performance improvement. In addition, the muscle oxygen saturation (SmO2) provides information onmuscle metabolism and hemodynamics. Likewise, critical oxygenation (CO) is the highest metabolic rate that results in a fully oxidative energy supplythat reaches a stable state at the substrate level. The main problem is that SmO2 generally offers a traditional laboratory interpretation withoutapplication in field tests, Therefore, the purpose of this study is to provide the use of CO as an indicator of AWC performance in high intensity exercise. Methods: Twenty-two male rugby players participated. Peak torques during an isokinetic fatigue test and muscle oxygen consumption (mVO2) and SmO2in the vastus lateralis were measured. A correlation and multiple regression analysis were applied to find an explanatory prediction model of the AWC. Results: A greater SmO2 amplitude and CO would mean less anaerobic work (r = -0.58 and r=-0.63) and less force production. In addition, CO along withweight (kg) can explain the AWC by 64% during high intensity exercise. Conclusion: The measurement of critical oxygenation is associated with the AWC, so should be considered a performance factor. These parameters couldbe included in NIRS sensors to evaluate muscle metabolism.(AU)
Objetivo: La capacidad de trabajo anaeróbico (AWC) se entiende como la potencia máxima que el deportista puede soportar a lo largo del tiempo,condicionada por un esfuerzo de alta intensidad y es importante interpretarla para la mejora del rendimiento. Además, la saturación de oxígenomuscular (SmO2) proporciona información sobre el metabolismo muscular y la hemodinámica. Asimismo, la oxigenación crítica (OC) es la tasametabólica más alta que da como resultado un suministro de energía completamente oxidativo que alcanza un estado estable a nivel de sustrato. Elprincipal problema es que SmO2 generalmente ofrece una interpretación de laboratorio tradicional sin aplicación en pruebas de campo, por lo tanto, elpropósito de este estudio es proporcionar el uso de OC como indicador del rendimiento de AWC en ejercicio de alta intensidad. Métodos: Participaron 22 jugadores masculinos de rugby. Se midieron los picos máximos después de una prueba de fatiga isocinética y el consumo deoxígeno muscular (mVO2) y SmO2 en el musculo vasto lateral. Se aplicó un análisis de correlación y regresión múltiple para encontrar un modelo depredicción explicativo del AWC. Resultados: Una mayor amplitud de SmO2 y OC supondría un menor trabajo anaeróbico (r = -0,58 y r=-0,63) y una menor producción de fuerza. Además,el CO junto con el peso (kg) pueden explicar el AWC en un 64 % durante el ejercicio de alta intensidad. Conclusión: La medición de la oxigenación crítica está asociada a la AWC, por lo que debe considerarse un factor de rendimiento. Estos parámetrospodrían incluirse en sensores NIRS para valorar el metabolismo muscular.(AU)
Objetivo: A capacidade anaeróbica de trabalho (AWC) é entendida como a potência máxima que o atleta pode suportar ao longo do tempo, condicionadapor um esforço de alta intensidade, sendo importante interpretá-la para melhorar o desempenho. Além disso, a saturação muscular de oxigênio (SmO2)fornece informações sobre o metabolismo muscular e a hemodinâmica. Da mesma forma, a oxigenação crítica (OC) é a taxa metabólica mais alta queresulta em um suprimento de energia totalmente oxidativo atingindo um estado estável no nível do substrato. O principal problema é que o SmO2geralmente oferece uma interpretação laboratorial tradicional sem aplicação em testes de campo, portanto, o objetivo deste estudo é fornecer o uso doCO como indicador de desempenho de AWC em exercícios de alta intensidade. Métodos:Participaram 22 jogadores de rugby do sexo masculino. Foram medidos os picos máximos após um teste de fadiga isocinética e o consumo deoxigênio muscular (mVO2) e SmO2 no músculo vasto lateral. Uma análise de correlação e regressão múltipla foi aplicada para encontrar um modeloexplicativo de predição do AWC. Resultados: Uma maior amplitude de SmO2 e CO implicaria em menor trabalho anaeróbio (r = -0,58 er = -0,63) e menor produção de força. Além disso, oCO junto com o peso (kg) pode explicar a AWC em 64% durante o exercício de alta intensidade. Conclusão: A medida oxigenação crítica prevê AWC, portanto, deve ser considerada um fator de desempenho. Esses parâmetros podem ser incluídos emsensores NIRS para a medição do metabolismo muscular.(AU)
Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto Jovem , Adulto , Anaerobiose , Limiar Anaeróbio , Oxigenação , Consumo de Oxigênio , Análise da Demanda Biológica de Oxigênio , Hemodinâmica , Músculo Esquelético , Metabolismo Energético , Fluxo Sanguíneo Regional , Medicina Esportiva , Desempenho Atlético , Desempenho Físico Funcional , 51654 , Teste de Esforço , Treinamento Resistido , Exercício Físico , Futebol Americano , FadigaRESUMO
ABSTRACT We aimed to analyze the influence of cardiorespiratory fitness (CRF) on ventilatory threshold identification (VT1) using the Ventilatory Equivalents (VEq) and V-slope methods. Twenty-two male runners (32.9 ± 9.4 years) were divided into two groups: G1 - group with less cardiorespiratory fitness (CRF: VO2max 40 to 51 ml·kg-1·min-1) and G2 - higher CRF (G1; VO2max ?56,4 to 72 ml·kg-1·min-1) divided by the 50th percentile. An incremental cardiopulmonary exercise test was applied to identify VT1 using VEq and V-slope methods to compare heart rate (HR), oxygen consumption (VO2), and speed. Two-way ANOVA was used to compare HR, VO2, and speed (groups vs. methods). The Effect size was calculated using Cohen's d. The intraclass correlation coefficient, variation coefficient, typical error, and Bland Altman were applied to verify reliability and agreement. No significant differences (p < 0.05) were found between methods for G1 (VO2, HR, and speed), and Bland Altman showed good agreement (mean difference: VO2 0.35ml·kg-1·min-1; HR 2.58bpm; speed 0.33km·h-1). However, G2 presented statistical differences between methods (VO2 and speed) and a more significant mean difference (VO2 2.68ml·kg-1·min-1; HR 6.87 bpm; speed 0.88km·h-1). The small effect size was found in G1 between methods (VO2: 0.06; speed: 0.20; HR: 0.14), and small and moderate effects were found in G2 between methods (VO2: 0.39; speed: 0.43; HR: 0.51). In conclusion, runners with lower CRF have a better agreement for the V-slope and VEq methods than those with a higher CRF.
RESUMO O objetivo deste estudo foi analisar a influência do nível de aptidão cardiorrespiratória (ACR) entre os métodos Equivalente Ventilatório (VEq) e V-slope para determinação do Limiar Ventilatório 1 (LV1). 22 homens corredores (32,9 ± 9,4 anos) foram divididos em dois grupos: G1 - grupo com menor aptidão cardiorrespiratória (ACR:VO2máx 40 a 51 ml·kg-1·min-1) e G2 - maior ACR (VO2máx 56,4 a 72 ml·kg-1·min-1), divididos pelo percentil 50. Foi aplicado um teste incremental cardiopulmonar para identificar o LV1 através dos métodos VEq e V-slope, comparando as seguintes variáveis: Frequência Cardíaca (FC), Consumo de Oxigênio (VO2) e velocidade. Para comparações entre FC, VO2 e velocidade (grupos vs. métodos) empregou-se ANOVA de duas vias. O tamanho do efeito foi calculado utilizando d'Cohen. Para verificar a confiabilidade e a concordância, foram aplicados o coeficiente de correlação intraclasse, coeficiente de variação, erro típico e Bland Altman. Não foram encontradas diferenças significativas (p < 0,05) entre métodos para G1 (VO2, FC e velocidade) e Bland Altman revelou boa concordância (diferença média: VO2 0,35ml·kg-1·min-1; FC 2,58bpm; velocidade 0,33km·h-1). Contudo, G2 apresentou diferenças estatísticas entre métodos (VO2 e velocidade) e maior diferença média (VO2 2,68ml·kg-1·min-1; FC 6,87 bpm; velocidade 0,88km·h-1). Tamanho de efeito pequeno foi encontrado no G1 entre os métodos (VO2: 0,06; velocidade: 0,20; FC: 0,14) e efeitos Pequenos e moderados foram encontrados no G2 entre os métodos (VO2: 0,39; velocidade: 0,43; FC: 0,51). Conclui-se que corredores com menor ACR apresentam melhor concordância para os métodos V-slope e VEq em comparação aqueles com maior ACR.
Assuntos
Humanos , Masculino , Limiar Anaeróbio , Aptidão Física , Aptidão Cardiorrespiratória , Consumo de Oxigênio , Atletas , Confiabilidade dos DadosRESUMO
ABSTRACT Introduction: Aerobic exercise can improve the physical function of athletes and increase the oxygen content in skeletal muscles. This has a significant reference value for evaluating training effects and judging sports fatigue. Objective: Maximum oxygen uptake is one of the most critical indicators of aerobic work capacity. The thesis analyzes the medical promotion effect of physical exercise on the oxygen content of skeletal muscle. Methods: The thesis performed aerobic exercises on two groups of young rowers. Athletes in group A performed high-load exercise, and athletes in group B performed low-load exercise. At the same time, we placed a detector on the athletes' skeletal muscle to test the volunteer's muscle oxygen content and other physiological indicators. Results: Comparing high-load exercise and low-load exercise, the maximum oxygen uptake and the utilization rate of the maximum oxygen uptake when reaching the anaerobic net were 10% and 16% higher, respectively. There was no difference in the activity of muscle enzymes between the two groups. Conclusions: After aerobic training, the muscle's oxygen utilization capacity is strengthened. Physical exercise promotes the maximum oxygen uptake of skeletal muscles. Level of evidence II; Therapeutic studies - investigation of treatment results.
RESUMO Introdução: O exercício aeróbico pode melhorar a função física de atletas e aumentar o conteúdo de oxigênio nos músculos esqueléticos. Isso tem valor referencial importante na avaliação de efeitos do treinamento e no julgamento da fadiga pela prática de esportes. Objetivo: A captação máxima de oxigênio é um dos indicadores cruciais da capacidade aeróbica. A tese analisa o efeito médico de se incentivar exercícios físicos para o conteúdo de oxigênio do músculo esquelético. Métodos: a tese realizou exercícios aeróbicos em dois grupos de jovens remadores. Os atletas do grupo A realizaram exercícios de alta carga; os atletas do grupo B realizaram exercícios de baixa carga. Ao mesmo tempo, colocamos um detector nos músculos esqueléticos dos atletas para testar o conteúdo de oxigênio no músculo e outros indicadores fisiológicos. Resultados: Ao compararmos exercícios de alta carga e de baixa carga, a captação máxima de oxigênio e o índice de utilização de captação máxima de oxigênio ao atingir o ganho aeróbico foram 10% e 16% mais altos, respectivamente. Não houve diferença na atividade de enzimas musculares entre os dois grupos. Conclusões: Após o treino aeróbico, a utilização de oxigênio do músculo se fortalece. O exercício físico promove a máxima captação de oxigênio dos músculos esqueléticos. Nível de evidência II; Estudos terapêuticos - investigação de resultados de tratamento.
RESUMEN Introducción: El ejercicio aeróbico puede mejorar la función física de atletas y aumentar el contenido de oxígeno en los músculos esqueléticos. Eso tiene valor referencial importante en la evaluación de efectos del entrenamiento y al juzgar la fatiga por la práctica de deportes. Objetivo: El consumo máximo de oxígeno es uno de los indicadores cruciales de la capacidad aeróbica. La tesis analiza el efecto médico de incentivar ejercicios físicos para el contenido de oxígeno del músculo esquelético. Métodos: La tesis realizó ejercicios aeróbicos en dos grupos de jóvenes remeros. Los atletas del grupo A realizaron ejercicios de alta carga, y los atletas del grupo B realizaron ejercicios de baja carga. Al mismo tiempo, pusimos un detector en los músculos esqueléticos de los atletas para probar el contenido de oxígeno en el músculo y otros indicadores fisiológicos. Resultados: Al comparar ejercicios de alta carga y de baja carga, el consumo máximo de oxígeno y el índice de utilización del consumo máximo de oxígeno al atingir el gano aeróbico fueron 10% y 16% más altos, respectivamente. No hubo diferencia en la actividad de enzimas musculares entre los dos grupos. Conclusiones: Tras el entrenamiento aeróbico, la utilización de oxígeno del músculo se fortalece. El ejercicio físico promueve el máximo consumo de oxígeno de los músculos esqueléticos. Nivel de evidencia II; Estudios terapéuticos - investigación de resultados de tratamiento.
RESUMO
Introdução: A utilização de métodos específicos de mensuração é de fundamental importância para a identificação da capacidade aeróbia e prescrição da intensidade de exercício. Normalmente esta definição é feita pela determinação do limiar anaeróbio (Lan) que corresponde à máxima fase estável entre produção e remoção de lactato sanguíneo (MFEL). Dentre as mais variadas formas de se det ermin ar a MFEL estão os testes de lactato mínimo (LM) e carga crítica (CC). No entanto, não se sabe se a utilização dessas formas de avaliação pode acarretar em resultados distintos. Objetivo: O objetivo do presente estudo foi comparar os valores de Lan obtidos por meio dos testes de CC e de LM em rat o s W istar. Método : Foram utilizados 32 ratos machos (Wistar), com peso médio 411,0 (± 4 0 ,7 gramas), o s quais fo ram submetidos às baterias de testes de CC e de LM. O teste de LM foi realizado com a indução à hiperlactacidemia com dois estímulos correspondentes a 13% do peso corporal (PC), seguido de intervalo passivo de nove minutos e teste incremental composto por estágios com duração de cin co m inut os e cargas equivalentes a 4.0, 4.5, 5.0, 5.5, 6.0 e 7.0 % do PC. Já a CC foi obtida p o r m eio da in dução ao exercício em quatro diferentes estímulos randomizados, com cargas correspondentes a 7, 9, 11 e 1 3 % do PC. Resultados: Os resultados demonstraram que o Lan médio determinado pelo Teste de CC foi de 5,8 ± 1,2% do peso corporal (PC) e 4,9 ± 0,6% do PC determinado pelo Teste de LM. Co nclusão: P ode se concluir que o limiar anaeróbio determinado por meio do teste CC superestimou em 18,4% o valor obtido por meio do teste de LM...(AU)
Introduction: The utilization of specific measurement methods is of fundamental importance for the identification of aerobic capacity and prescription of exercise. This determination is usually m ade through measurement of the anaerobic threshold (Lan) which corresponds to the maximal lactate st eady state (MLSS). Among the more varied forms of determination of MLSS are the minimum lactate (LM) and critical overload tests (CC). However, it is not known if the utilization of these forms o f ev aluatio n can lead to different results. Objective: The aim of this study was to compare the Lan v alues o btained through the CCand LM tests in Wistar rats. Method: For this purpose, 32 male Wistar rats were used, with an average weight of 411.0 ± 40.7 grams, submitted to CC and LM tests. The LM test was performed fo r the induction of a hyperlactacidemia with two stimuli corresponding to 13% of body weight (BW), followed by a passive interval of nine minutes and an incremental test composed of stages with a duratio n of five minutes and loads equivalent to 4.0, 4.5, 5.0, 5.5, 6.0, and 7.0% of BW . T he CC was o bt ain ed through induced exercise in four randomized stimuli, with loads corresponding to 7, 9 , 1 1, and 1 3 % o f BW. Results: It was observed that the mean anaerobic threshold determined by CC was 5.8 ± 1 .2 % BW , and determined by LM was 4.9 ± 0.6% BW. Conclusion: It is concluded that th e an aero bic th resho ld determined through the critical workload test overestimates the value obtained through the lactate minimum test by 18.4%, thus impeding its use as an aerobic training intensity predictor in Wistar rats. Keywords: Lactic acid, Critical load, Anaerobic threshold, Wistar rats...(AU)
Assuntos
Animais , Ratos , Limiar Anaeróbio , Exercício Físico , Ratos Wistar , Ácido Láctico , Métodos , Peso Corporal , Esforço Físico , TutoriaRESUMO
A diabetes é um problema de saúde pública devido a sua alta prevalência, morbidade e mortalidade. O tipo 2 é mais prevalente e representa de 90 a 95% dos casos, sendo as complicações mais comuns o acúmulo de gordura no músculo esquelético e a resistência à insulina. O exercício físico regular contribui para regulação da glicemia, destacando-se o limiar anaeróbio como importante marcador para prescrição de exercícios físicos. OBJETIVO: Avaliar o limiar anaeróbio de indivíduos com diabetes tipo 2 através da variabilidade da frequência cardíaca. MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo de caráter transversal, recrutou 18 participantes de ambos os sexos em uma unidade básica de saúde do município de Lagarto-SE, esse foram divididos em 2 grupos de 9 indivíduos. Na análise estatística utilizou-se o teste de Shapiro-Wilk para avaliação da normalidade e posteriormente Anova com pós teste de Tukey para comparação dos grupos. O grupo 1 composto de indivíduos diabéticos tipo 2 e o grupo 2 de indivíduos saudáveis. Também foi avaliada a média da frequência cardíaca em repouso e após o teste de esforço progressivo. RESULTADOS: As características de idade foram homogêneas sendo o grupo 1 com média de 62,1 (±13,9) anos e grupo 2 de 62,0 (±7,0) anos. A média da frequência de repouso foi de 79,8 bpm do grupo diabéticos e 78 bpm do grupo comparação, no limiar anaeróbio foi de 111,5 no grupo 1 e 119 no grupo 2. O tempo para atingir o L.A foi similar entre os grupos, 9,5 min no grupo experimental e 8 min no grupo comparação. CONCLUSÃO: Os valores do limiar anaeróbio de ambos os grupos foram considerados de baixo condicionamento físico, estes não apresentaram diferença estatística.
Diabetes is a public health problem due to its high prevalence, morbidity and mortality. Type 2 is more prevalent and accounts for 90 to 95% of cases, with the most common complications being the accumulation of fat in skeletal muscle and insulin resistance. Regular physical exercise contributes to glycemic regulation, highlighting the anaerobic threshold as an important marker for prescribing physical exercises. OBJECTIVE: To assess the anaerobic threshold of individuals with type 2 diabetes through heart rate variability. MATERIALS AND METHODS: A cross-sectional study, recruited 18 participants of both sexes in a basic health unit in the municipality of Lagarto-SE, which were divided into 2 groups of 9 individuals. In the statistical analysis, the Shapiro-Wilk test was used to assess normality and subsequently Anova with Tukey's post-test to compare the groups. Group 1 consisted of type 2 diabetic individuals and group 2 of healthy individuals. The mean heart rate at rest and after the progressive exercise test was also evaluated. RESULTS: Age characteristics were homogeneous, with group 1 averaging 62.1 years (± 13.9) and group 2 62.0 years (± 7.0). The mean resting frequency was 79.8 bpm in the diabetic group and 78 bpm in the comparison group, at the anaerobic threshold it was 111.5 in group 1 and 119 in group 2. The time to reach the LA was similar between groups , 9.5 min in the experimental group and 8 min in the comparison group. CONCLUSION: The values of the anaerobic threshold of both groups were considered of low physical conditioning, these did not present statistical difference.
Assuntos
Diabetes Mellitus , Limiar Anaeróbio , Frequência CardíacaRESUMO
Abstract Due to the high intensity of competitive sports, the anaerobic power is a very important physical capacity for most sports. However, the diverse surfaces were these sports may interfere in the performance of this capacity. In running-based sports, the Running Anaerobic Sprint Test - RAST is largely used to evaluate anaerobic power. Considering the specificity of each sport, it is suggested to apply this test on the surface that it is played. Thus, the aim of the present study is to analyze the performance of RAST on different surfaces. The sample was composed by 10 subjects, mean age 20.2 ± 0.9 years old, mean height 1.8 ± 0.1 meters, mean body weight 77.4 ± 15.9 kg, and practice time of 6.0 ± 2.0 years. RAST was conducted on three different surfaces (hard, grass and sand). The maximum and minimum power and the fatigue index were compared between the surfaces. The results indicate that maximum and minimum power were lower in sand when compared to grass and hard surfaces. However, the fatigue index did not change. So, we observed that the surface is an important factor in RAST performance.
Resumo Devido à alta intensidade do esporte competitivo, a potência anaeróbia é uma capacidade física de natureza decisiva para a maioria das modalidades esportivas. Entretanto, diferentes tipos de superfícies onde são jogadas estas modalidades podem interferir no desempenho dessa capacidade física. Em esportes cuja corrida é base para sua prática, o Running Anaerobic Sprint Test - RAST é largamente utilizado para a avaliação da potência anaeróbia e levando em consideração à especificidade de cada esporte, sugere-se que este teste seja aplicado na superfície onde ele é praticado. Neste sentido, o objetivo do presente estudo foi analisar o desempenho no RAST em diferentes tipos de solo. A amostra foi composta por 10 sujeitos com idade média de 20,2 ± 0,9 anos, estatura média de 1,8 ± 0,1 metros, massa corporal média de 77,4 ± 15,9 kg e histórico médio de treinamento de 6,0 ± 2,0 anos. O RAST foi realizado em três superfícies diferentes (cimento, grama e areia). A potência máxima e mínima e o índice de fadiga foram comparados entre os solos. Os resultados indicam que as potências máxima e mínima foram menores na areia comparadas a grama e ao cimento. No entanto, não houve diferença no índice de fadiga. Conclui-se que o tipo de solo é um fator que influencia no desempenho do RAST.
RESUMO
Objetivo Analisar as alterações impostas pelo treinamento concorrente na composição corporal de ratos submetidos ao consumo de refrigerante. Métodos 32 ratos machos da raça Wistar, distribuídos em quatro grupos: Controle (C); Controle Refrigerante (CR); Treinamento Concorrente (TC) e Treinamento Concorrente e Refrigerante (TCR). Os grupos CR e TCR receberam a bebida (0,41 cal/g) do trigésimo ao nonagésimo dia de vida. Foram submetidos a um protocolo de treinamento concorrente, 3x/semana, pelo período de quatro semanas. O protocolo de treino foi composto por 30 minutos de treinamento aeróbio, à 80% do limiar anaeróbio, seguido do treinamento resistido, composto por 4 séries de 10 saltos e sobrecarga de 50% do peso corporal de cada animal. Após 48 horas da última sessão de treinamento, os animais foram submetidos a procedimentos cirúrgicos e mensuraram-se as variáveis de peso corporal, Índice de Massa Corporal (IMC) e Índice de Lee (Lee). Além disso, foi coletado o tecido adiposo epididimal. Resultados Não foram verificadas diferenças significativas entre os índices antropométricos (p>0,05). Houve aumento do peso corporal e gordura visceral nos animais que consumiram refrigerantes. Apenas a variável peso corporal demonstrou diferença estatisticamente significativa (p<0,05). Foi verificado que a glicose sanguínea de jejum se apresentou mais baixa nos grupos que receberam refrigerantes (p<0,05). Conclusão O refrigerante alterou de forma significativa as variáveis de peso corporal, glicose sanguínea de jejum e consumo de água e ração
Objective To analyze the changes imposed by concurrent training on the body composition of rats submitted to the consumption of soda. Methods 32 male Wistar rats, divided into four groups: Control (C); Refrigerant Control (CR); Concurrent Training (TC) and Concurrent Training and Refrigerant (TCR). The CR and TCR groups received the beverage (0.41cal/g) from the 30th to the 90th day of life. They underwent a concurrent training protocol, 3x / week, for a period of four weeks. The training protocol consisted of 30 minutes of aerobic training at 80% of the anaerobic threshold, followed by resistance training consisting of 4 sets of 10 jumps and 50% overload of each animal's body weight. 48 hours after the last training session, the animals underwent surgical procedures and the variables body weight, body mass index (BMI) and Lee index (Lee) were measured. In addition, epididymal adipose tissue was collected. Results No significant differences were found between anthropometric indices (p> 0.05). There was an increase in body weight and visceral fat in animals that consumed soda. Only the body weight variable showed a statistically significant difference (p <0.05). It was found that fasting blood glucose was lower in the groups that received soda (p <0.05). Conclusion The soda significantly changed the variables of body weight, fasting blood glucose and water and feed intake
Assuntos
Animais , Ratos , Educação Física e Treinamento , Composição Corporal , Bebidas Gaseificadas , Limiar Anaeróbio , Tecido Adiposo , Peso Corporal , Controle GlicêmicoRESUMO
ABSTRACT Objective To describe and identify the importance of different indicators of the aerobic and anaerobic fitness of male ultra-trail runners according to their level of participation (regional or national). Methods Forty-four male ultra-trail runners were assessed (36.5±7.2 years). They were classified as regional (n=25) and national (n=19). Wingate test was used to assess the anaerobic pathway. A progressive incremental running test was performed and ventilatory thresholds registered, in parallel to heart rate and lactate concentration at the end of the protocol. Comparison between groups was performed using independent samples t-test. Results No significant differences were found between outputs derived from Wingate test. For aerobic fitness, while examining absolute values, differences were uniquely significant for the second ventilatory threshold (ultra-trail regional runners: 3.78±0.32L.min-1; ultra-trail national runners: 4.03±0.40L.min-1 p<0.05). Meantime, when aerobic fitness was expressed per unit of body mass, differences were significant for the second ventilatory threshold (ultra-trail regional runners: 50.75±6.23mL.kg-1.min-1; ultra-trail national runners: 57.88±4.64mL.kg-1.min-1 p<0.05) and also maximum volume of oxygen (ultra-trail regional runners: 57.33±7.66mL.kg-1.min-1; ultra-trail national runners: 63.39±4.26mL.kg-1.min-1 p<0.05). Conclusion This study emphasized the importance of expressing physiological variables derived from running protocols per unit of body mass. Also, the second ventilatory threshold appears to be the best and the only aerobic fitness variable to distinguish between trail runners according to competitive level. Maximal oxygen uptake seems of relative interest to distinguish between long distance runners according to competitive level.
RESUMO Objetivo Descrever e comparar indicadores de aptidão metabólica em corredores de trilhas de longa distância (ultra trail running) adultos do sexo masculino, de acordo com o nível de competição (regional ou nacional). Métodos Foram avaliados 44 corredores masculinos com média de idade de 36,5±7,2 anos classificados como de nível regional (n=25) ou nacional (n=19). Foi utilizado o teste de Wingate para avaliação da via anaeróbica, enquanto o teste incremental de corrida em esteira também foi realizado para determinar os limiares ventilatórios, o consumo máximo de oxigênio, a frequência cardíaca e a concentração de lactato ao final do protocolo. A comparação entre os grupos foi realizada por estatística teste t para amostras independentes. Resultados As variáveis obtidas do teste Wingate não diferiram de forma significativa entre os grupos. No que diz respeito à aptidão aeróbica, foram encontradas diferenças significativas entre variáveis expressas em valores absolutos no segundo limiar ventilatório (corredores de nível regional: 3,78±0,32L.min-1; corredores de nível nacional: 4,03±0,40L.min-1; p<0,05). Quando considerados os valores expressos por unidade de massa corporal, o segundo limiar ventilatório (corredores de nível regional: 50,75±6,23mL.kg-1.min-1; corredores de nível nacional: 57,88±4,64mL.kg-1.min-1; p<0,05) e o volume máximo de oxigênio (corredores de nível regional: 57,33±7,66mL.kg-1.min-1; corredores de nível nacional: 63,39±4,26mL.kg-1.min-1; p<0,05) também diferiram de forma significativa. Conclusão Este estudo destacou a importância de se expressarem variáveis fisiológicas derivadas de protocolos de corrida por unidade de massa corporal. Além disso, o segundo limiar ventilatório pareceu ser o melhor e único indicador de aptidão aeróbica para a diferenciação de corredores de trilha de longa distância, segundo o nível competitivo. O consumo máximo de oxigênio não é especialmente relevante para distinguir os corredores de trilha de longa distância, segundo o nível competitivo.
Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Corrida/fisiologia , Atletas , Oxigênio/metabolismo , Valores de Referência , Fatores de Tempo , Limiar Anaeróbio/fisiologia , Índice de Massa Corporal , Estudos Transversais , Estatísticas não Paramétricas , Teste de Esforço/métodos , Frequência Cardíaca/fisiologiaRESUMO
Este artigo objetivou realizar uma revisão sistemática, relatando os métodos utilizados na literatura para a identificação do limiar anaeróbio em nadadores e, além disso, verifi-car a existência de possíveis lacunas que justifiquem a realização de novos estudos. Para isso, buscou-se artigos nas bases de dados eletrônicas Pubmed, Web Of Science, Sci-ELO e Science Direct.O Protocolo de 200 m mostrou-se o mais utilizado, indicando ser o mais adequado para grupos de provas distintas. Porém, constatou-se que a literatura carece de delineamentos adequados para cada estilo de nado, assim como para a especi-alidade de cada atleta. Conclui-se que é possível utilizar diferentes métodos para identi-ficação do limiar anaeróbio e empregá-los na prescrição e controle do treinamento de nadadores.
The objective of this systematic review was to report the methods used in the literature for the identification of the anaerobic threshold in swimmers and to verify the existence of possible gaps that justify the realization of new studies. Articles were searched in the electronic databases of Pubmed, Web Of Science, SciELOeScience Direct.The 200m Protocol is the most used, indicating that it is the most appropriate for different test groups. However, we found that the literature lacks adequate designs for each style of swimming, as well as forthe specialty of each athlete. It is concluded that it is possible to use different methods to identify the anaerobic threshold, providing its use for the prescription and control of training of swimmers.
El objetivo de esta revisión sistemática fue describirlos métodos utilizados en la literatu-ra para la identificación del umbral anaeróbico en nadadores y, verificar la existencia de posibles lagunas que justifiquen la realización de nuevos estudios.Se buscaronartículos en las bases de datos electrónicasPubmed, Web of Science, SciELOyScience Direct. El protocolo de 200 m fue el más utilizado, lo que indica que es el más adecuado para grupos de pruebas distintas.Se constató que la literatura carece de delineamientos para cada estilo de nado, así como para la especialidad de los atletas.Se concluye que es pos-sible utilizar diferentes métodos para identificar el umbral anaeróbico, proporcionando el uso de es te para la prescripción y control del entrenamiento de nadadores.
RESUMO
Abstract The main of the present study was to identify the heart rate threshold based on heart rate kinetics during graded maximal exercise in football players. Twenty-six male football players performed a maximal exercise test (Bruce protocol) on a motor-driven treadmill. Oxygen uptake (VO2) and heart rate (HR) were monitored, recorded and resampled at 3.5Hz. The ventilatory threshold (VT), and respiratory compensation (RC), heart rate deflection points (HRDP1 and HRDP2) and heart rate kinetics threshold (HRT) were determined by computerized methods. The heart rate variability (HRV) was assessed in the frequency domain. The HRT averaged 89.9 ± 1.2 % of the VO2 peak. The HRT showed poor correlations and significant differences compared with HRDP1 (r = 0.46) and VT (r = 0.51), but was not different from, and highly correlated with, HRDP2 (0.98) and RC (0.90). Bland Altman plots showed all athletes into 95% of limits of agreement, and intraclass correlation coefficient showed good agreements between points obtained from HRT compared with HRDP2 (0.96) and RC (0.98). The HRT was highly correlated with HRDP2 and RC, suggesting it could be a marker for cardiorespiratory fatigue.
Resumo O objetivo do presente estudo foi identificar o limiar de frequência cardíaca baseado na cinética da frequência cardíaca durante o exercício máximo graduado em jogadores de futebol. Vinte e seis jogadores de futebol masculino realizaram um teste de exercício máximo (protocolo de Bruce) em uma esteira motorizada. O consumo de oxigênio (VO2) e a freqüência cardíaca (FC) foram monitorados, registrados e reamostrados a 3,5Hz. O limiar ventilatório (LV), a compensação respiratória (CR), os pontos de deflexões da frequência cardíaca (PDFC1 e PDFC2) e o limiar da cinética da frequência cardíaca (LCFC) foram determinados por métodos computadorizados. A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) foi avaliada no domínio da frequência. A média do LCFC foi de 89,9 ± 1,2% do VO2 de pico. O LCFC demonstrou correlações e diferenças significativas em relação ao PDFC1 (r = 0,46) e ao LV (r = 0,51), mas não foi diferente e altamente correlacionado com PDFC2 (0,98) e CR (0,90). Os gráficos de Bland Altman mostraram todos os atletas em 95% dos limites de concordância, e o coeficiente de correlação intraclasse apresentou boas concordâncias entre os pontos obtidos com o LCFC em comparação com o PDFC2 (0,96) e CR (0,98). A LCFC foi altamente correlacionada com PDFC2 e CR, sugerindo que poderia ser um marcador de fadiga cardiorrespiratória.
RESUMO
ABSTRACT Introduction The individual glucose threshold (IGT) has been used to estimate the anaerobic threshold with low-cost analyses and shorter times. However, the reliability of the glycemic analysis using a portable pharmacy glucose meter has received little attention. Objective To identify the IGT using a portable glucose meter and to compare it with the ventilatory threshold (VT). Methods Fourteen active, healthy men (25.9 ± 3.2 years; %BF = 17.9 ± 3.7%) performed an incremental treadmill test. The anaerobic threshold was identified by two different methods: (1) IGT, corresponding to the intensity of the lowest glucose value during the test; and (2) VT, corresponding to the break in linearity of the ventilation curve and an increase in the respiratory oxygen equivalent, without an equivalent increase in carbon dioxide. Results There were significant differences between VT (9.9 ± 1.2 km/h) and IGT (9.5 ± 1/1 km/h), corresponding to 75.4 ± 9.2 and 72.5 ± 10.4 %VO2max, respectively. The methods presented high correlation (r = 0.82, p = 0.002) and the Bland-Altman technique showed agreement between IGT and VT, with a mean difference of 0.5 km/h. Conclusion It was possible to determine the intensity of IGT by the glycemic response in the incremental test using a portable glucose meter. The IGT underestimated the intensity of VT by approximately 0.5 km/h, but with a high correlation and agreement between them. Level of evidence III, Case-Controle Study.
RESUMO Introdução O limiar glicêmico individual (LGI) tem sido utilizado para estimar o limiar anaeróbico com baixo custo das análises e também em menor tempo. Entretanto, dá-se pouca atenção para a confiabilidade das análises glicêmicas por meio do glicosímetro portátil de farmácia. Objetivo Determinar o LGI por meio de glicosímetro portátil e comparar com o limiar ventilatório (LV). Métodos: Catorze homens saudáveis e ativos (25,9 ± 3,2 anos; %G = 17,9 ± 3,7%) realizaram teste incremental em esteira. Determinou-se o limiar anaeróbico por duas metodologias: (1) LGI, correspondendo à intensidade do menor valor glicêmico durante o teste; (2) LV, correspondendo à quebra da linearidade da curva da ventilação e aumento do equivalente respiratório de oxigênio sem aumento do equivalente de dióxido de carbono. Resultados Foram observadas diferenças significativas entre LV (9,9 ± 1,2 km/h) e LGI (9,5 ± 1,1 km/h), correspondendo a 75,4 ± 9,2 e 72,5±10,4 %VO2máx, respectivamente. As duas metodologias apresentaram correlação alta (r = 0,82; p = 0,002) entre si. A técnica de Bland-Altman evidenciou concordância entre os métodos LGI e LV, com uma diferença média de 0,5 km/h. Conclusão Foi possível determinar a intensidade do LGI por meio da resposta glicêmica em teste incremental com o uso de glicosímetro portátil de farmácia. O LGI subestimou em aproximadamente 0,5 km/h a intensidade do LV, no entanto, com alta correlação e concordância entre eles. Nível de evidência III, Estudo de Caso-controle.
RESUMEN Introducción El umbral glucémico individual (UGI) ha sido utilizado para estimar el umbral anaeróbico con bajo costo de los análisis y también en menor tiempo. Sin embargo, se presta poca atención a la confiabilidad de los análisis glucémicos a través del glucómetro portátil de farmacia. Objetivo Determinar el UGI a través de glucómetro portátil y comparar con el umbral de ventilación (UV). Métodos Catorce hombres sanos y activos (25,9 ± 3,2 años; %G = 17,9 ± 3,7%) realizarán una prueba incremental en cinta. El umbral anaeróbico se determinó mediante dos metodologías: (1) UGI correspondiente a la intensidad del valor glucémico más bajo durante la prueba; (2) UV, correspondiente a la quiebra de la linealidad de la curva de la ventilación y aumento del equivalente respiratorio de oxígeno sin aumento del equivalente de dióxido de carbono. Resultados Se observaron diferencias significativas entre UV (9,9 ± 1,2 km/h) y UGI (9,5 ± 1,1 km/h), correspondiendo a 75,4 ± 9,2 y 72,5 ± 10,4, %VO2max, respectivamente. Las dos metodologías presentaron una correlación alta (r = 0,82, p = 0,002) entre sí. La técnica de Bland-Altman evidenció concordancia entre los métodos UGI y UV, con una diferencia media de 0,5 km/h. Conclusión Fue posible determinar la intensidad del UGI por medio de la respuesta glucémica en prueba incremental con el uso de glucómetro portátil de farmacia. El UGI subestimó en aproximadamente 0,5 km/h la intensidad del UV, sin embargo, con alta correlación y concordancia entre ellos. Nivel de evidencia III, Estudio de caso-control.
RESUMO
Abstract Background: Physical exercise should be part of the treatment of post-acute myocardial infarction (AMI) patients. Objective: To evaluate the effects of two training prescription models (continuous x interval) and its impact on ventricular function in rats after AMI with normal ventricular function. Methods: Forty Wistar rats were evaluated by echocardiography 21 days after the AMI. Those with LVEF = 50% (n = 29) were included in the study and randomized to control group (CG n = 10), continuous training group (CTG n = 9) or interval training group (ITG, n = 10). Then, a swimming test with control of lactate production was performed. Based on its result, the lactate threshold (LT) was established to define the training intensities. After six weeks, the animals were reassessed by echocardiography and lactate production. Outcome measures were end-diastolic diameter (EDD), end-systolic diameter (ESD), left ventricular ejection fraction (LVEF, %) lactate at rest, lactate without overload, and lactate with 12g and 13.5g of additional load. Group comparisons of quantitative variables of the study were performed by one-factor analysis of variance (ANOVA). The Newman-Keuls test was used for multiple comparisons of the groups. Within-group comparisons of dependent variables between the two training protocols were performed by Student's t-test. Normality of the variables was tested by the Shapiro-Wilks test. Values of p < 0.05 indicated statistical significance. Results: EDD, ESD, and LVEF before and after the training period were similar in within-group comparisons. However, EDD was significantly different (p=0.008) in the CG. Significant differences were found for L12g (p=0.002) and L13.5g (p = 0.032) in the ITG, and for L12g (p = 0.014) in the CG. No differences were found in the echocardiographic parameters between the groups. Significant differences were found in lactate without overload (p = 0.016) and L12 (p = 0.031) in the second assessment compared with the first, and between the groups - ITG vs. CG (p = 0.019) and CTG vs. CG (p = 0.035). Conclusion: Both methods produced a training effect without altering ventricular function.
Resumo Fundamento: O exercício físico deve fazer parte do tratamento de pacientes pós-infarto agudo do miocárdio (IAM). Objetivo: Avaliar os efeitos de treinamento produzidos por dois modelos distintos (contínuo x intervalado) e sua repercussão sobre a função ventricular de ratos pós-IAM com função ventricular normal. Métodos: Quarenta ratos Wistar pós-IAM foram avaliados ecocardiograficamente 21 dias após o evento. Aqueles com FEVE = 50% (n = 29) foram incluídos e randomizados: controle (GC n = 10), treinamento contínuo (GTC n = 9) e treinamento intervalado (GTI n = 10). Após, foi realizado um teste de natação com controle de lactato. A partir do resultado foi definido o limiar de lactato (LL) para determinar as intensidades do treinamento. Após seis semanas, foram reavaliados com ecocardiografia e controle de lactato. Como desfecho, foram avaliados: diâmetros diastólico e sistólico final (DDF, DSF, mL), fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE, %), lactato de repouso, livre de carga (LC), lactato com 12 g e 13,5 g de carga adicional. Para a comparação dos grupos em relação às variáveis quantitativas do estudo, foi considerado o modelo de análise da variância com um fator (ANOVA). Nas comparações múltiplas dos grupos foi usado o teste de Newman-Keuls. Na comparação entre as duas avaliações, dentro de cada grupo, foi usado o teste t de Student para amostras dependentes. A condição de normalidade das variáveis foi avaliada pelo teste de Shapiro-Wilks. Valores de p < 0,05 indicaram significância estatística. Resultados: Com relação à análise intragrupos, entre o período pré- e pós-treinamento foi identificado semelhança para DDF, DSF, FEVE, porém o GC apresentou diferença significativa para a variável DDF (p = 0,008). Houve diferença do GTI para L12g (p = 0,002) e L13,5g (p = 0,032) e para o GTC na variável L12g (p = 0,014). Não houve diferença para as variáveis ecocardiográficas entre os grupos. Houve diferença nas variáveis LC e L12g na segunda avaliação (p = 0,016 e p = 0,031, respectivamente) e entre os grupos: GTI vs. GC (p = 0,019) e GTC vs. GC (p = 0,035). Conclusão: Os dois métodos produziram efeito de treinamento sem alterar a função ventricular.
Assuntos
Animais , Masculino , Condicionamento Físico Animal/métodos , Função Ventricular Esquerda/fisiologia , Treinamento Intervalado de Alta Intensidade/métodos , Infarto do Miocárdio/fisiopatologia , Valores de Referência , Volume Sistólico/fisiologia , Natação/fisiologia , Sístole/fisiologia , Fatores de Tempo , Ecocardiografia , Distribuição Aleatória , Resultado do Tratamento , Ratos Wistar , Ácido Láctico/sangue , Diástole/fisiologia , Teste de Esforço/métodos , Infarto do Miocárdio/diagnóstico por imagemRESUMO
Abstract The identification of physiological transition thresholds (TT) is commonly used for prescribing and evaluating the performance of endurance athletes; however, the methods need further investigation in mountain runner athletes. The aim of the present review was to analyze the different methods used to determine TT in mountain runners. After analyzing 1,176 articles found in different databases, 4 articles that presented a relationship with the theme were selected. Varied proposals were observed, in which the surveys searched for physical and/or cardiorespiratory performance, as well as the effect of acclimatization and training at different altitudes in mountain runners. All studies used spirometry to identify the anaerobic threshold through visual methods and a relative mean intensity in thresholds occurred at 80 - 90% of VO2max. The results of studies analyzed evidenced the limited use of methodologies in the identification of exercises for training evaluation and prescription, as well as the use of effective and low-cost alternative methods to determine these thresholds in mountain runners.
Resumo A identificação dos limiares de transição fisiológica (LT) é comumente utilizada para prescrição e avaliação do desempenho de atletas de endurance, no entanto, os métodos precisam de maiores investigações em atletas corredores de montanhas. O objetivo da presente revisão foi analisar os diferentes métodos utilizados para a determinação dos LT em corredores de montanhas. Após a análise de 1176 artigos encontrados em diferentes bases de dados, foram selecionados 4 artigos que apresentaram relação com o tema. Pode-se observar propostas variadas, nas quais as pesquisas buscaram investigar o desempenho físico e/ou cardiorrespiratório, bem como o efeito da aclimatização e treinamento em diferentes altitudes nos corredores de montanhas. Todos os artigos utilizaram a espirometria para a identificação do limiar anaeróbio, através de métodos visuais e a intensidade média relativa nos limiares ocorreu próxima a valores de 80 - 90% VO2máx. Os resultados dos estudos analisados evidenciam o uso limitado de metodologias na identificação dos LT para a avaliação e prescrição de treinamento, bem como a utilização de métodos alternativos eficazes e de baixo custo para a determinação destes limares em atletas corredores de montanhas.
Assuntos
Corrida , Limiar Anaeróbio , MontanhismoRESUMO
RESUMO Introdução: A intolerância ao exercício e a dispneia são os principais sintomas da insuficiência cardíaca (IC). Objetivo: Avaliar os efeitos de um programa de exercícios aeróbicos e de fortalecimento sobre a aptidão cardiorrespiratória, o pico de torque dos flexores e extensores de joelho e a qualidade de vida de pacientes com IC. Métodos: Estudo prospectivo, com avaliação pré e pós-reabilitação cardiovascular (RCV) de sete pacientes, com idade de 61 ± 6 anos, classe funcional II e III e fração de ejeção do ventrículo esquerdo 45,4 ± 2,3%. O programa de RCV consistiu em 24 sessões de 60 minutos com treinamento aeróbico na intensidade do limiar de anaerobiose (LA) e fortalecimento dos membros inferiores usando caneleiras de 3 a 5 kg. No início e após RCV os pacientes realizaram prova de esforço, dinamometria isocinética do joelho dominante e responderam o questionário WHOQOL-bref. Resultados: Após RCV, o tempo de exercício para atingir o LA foi atrasado (p= 0,04) e houve aumento significativo no consumo de oxigênio (VO2) (p < 0,01), da frequência cardíaca (FC) (p= 0,04), pulso de oxigênio (VO2/FC) (p = 0,02) e ventilação (VE) (p = 0,01) na intensidade do LA. Houve aumento do pico de torque dos músculos extensores de joelho (p = 0,02) e melhora significativa do domínio psicológico (p = 0,04) do questionário de qualidade de vida. Conclusão: O programa de RCV foi seguro e resultou em melhora do desempenho de exercícios submáximos, da força dos músculos extensores de joelho e da qualidade de vida de pacientes com IC.
ABSTRACT Introduction: Exercise intolerance and dyspnea are the main symptoms of heart failure (HF). Objective: To evaluate the effects of a program of aerobic exercises and strengthening on cardiorespiratory fitness, maximum torque of knee flexors and extensors, and quality of life of patients with HF. Methods: Prospective, pre- and post-cardiovascular rehabilitation (CVR) study of seven patients, aged 61 ± 6 years, functional class II and III and left ventricular ejection fraction 45.4 ± 2.3%. The CVR program consisted of 24 sessions of 60 minutes with aerobic training in intensity of the anaerobic threshold (AT) and strengthening of the lower limbs using ankle weights of 3 to 5 kg. At the beginning and after CVR, the patients performed stress test, isokinetic dynamometry of the dominant knee and completed the WHOQOL-bref questionnaire. Results: After CVR, exercise time to reach AT was delayed (p=0.04) and there was a significant increase in oxygen consumption (VO2) (p<0.01), heart rate (HR) (p=0.04), pulse of oxygen (VO2/HR) (p=0.02) and ventilation (VE) (p=0.01) in the intensity of AT. There was an increase in maximum torque of knee extensor muscles (p=0.02) and significant improvement in the psychological domain (p=0.04) of the quality of life questionnaire. Conclusion: The CVR program was safe and resulted in improved performance of submaximal exercises, knee extensor muscles strength and quality of life of patients with HF.
RESUMEN Introducción: La intolerancia al ejercicio y la disnea son los síntomas principales de la insuficiencia cardiaca (IC) . Objetivo: Evaluar los efectos de un programa de ejercicio aeróbico y fortalecimiento en la capacidad cardiorrespiratoria, el par máximo de los flexores y extensores de rodilla y la calidad de vida de los pacientes con IC. Métodos: Estudio prospectivo, con evaluación pre y post-rehabilitación cardiovascular (RCV) de siete pacientes, edad 61 ± 6 años, clase funcional II y III y fracción de eyección del ventrículo izquierdo de 45,4 ± 2,3%. El programa de RCV consistió en 24 sesiones de 60 minutos con la intensidad del entrenamiento aeróbico en el umbral de anaerobiosis (UA) y el fortalecimiento de las extremidades inferiores utilizando pesos de tobillo de 3 a 5 kg. Al principio y después de la RCV los pacientes se sometieron a la prueba de esfuerzo, dinamometría isocinética de la rodilla dominante y respondieron el cuestionario WHOQOL-bref. Resultados: Después de la RCV, el tiempo de ejercicio para alcanzar UA se retrasó (p = 0,04) y hubo un aumento significativo en el consumo de oxígeno (VO2) (p < 0,01), frecuencia cardiaca (FC) (p = 0,04), pulso de oxígeno (VO2/FC) (p = 0,02) y la ventilación (VE) (p = 0,01) en la intensidad del UA. Hubo un aumento del par máximo de los músculos extensores de la rodilla (p = 0,02) y una mejora significativa en el dominio psicológico (p = 0,04) del cuestionario de calidad de vida. Conclusión: El programa de RCV fue seguro y mejoró el rendimiento de los ejercicios submáximos, la fuerza de los músculos extensores de la rodilla y la calidad de vida de los pacientes con IC.
RESUMO
Abstract The aim of this study was to verify the influence of body composition on the CAER of animals submitted to different types of physical training. Twenty-three Wistar rats were divided into groups according to the training protocol: control (CTLE); aerobic training (TAE); anaerobic training (TAN); and concurrent physical training (TCc). The critical load test (CC) was carried out for determining the anaerobic threshold at the beginning and end of the training period. TAE was composed of swimming exercise with intensity corresponding to 70% of the anaerobic threshold; TAN was composed of water jumps with overload of 50% of the body weight of each animal; and TCc was composed of a combination of aerobic and anaerobic protocols described above. After four weeks of training, the weight of epididymal adipose tissue and soleus, plantar and gastrocnemius muscles was collected and measured. Dispersion analysis was used to draw graphics and analysis of the simple linear regression model was performed to identify the influence of each variable on CAER. Body Fat demonstrated positive influence of 5% on the relationship with the Anaerobic Threshold. Soleus and gastrocnemius muscles showed negative influence of 13.1% and 37.0%, respectively. The plantaris muscle showed no influence on the Anaerobic Threshold. Body composition influenced the CAER of the animals analyzed. Moreover, it was verified that body fat favored floatability, while higher muscle mass impaired it.
Resumo Objetivou-se verificar a influência da composição corporal na CAER de animais submetidos a diferentes tipos de treino físico. Foram utilizados 23 ratos Wistar, divididos em grupos de acordo com o protocolo de treino: controle (CTLE); treino aeróbio (TAE); treino anaeróbio (TAN); e treino físico concorrente (TCc). Foi realizado o Teste de carga crítica (CC) para a determinação do limiar anaeróbio no início e no final do período de treino. O TAE foi composto por exercício de natação com intensidade correspondente a 70% do Limiar Anaeróbio; o TAN por meio de saltos aquáticos com sobrecarga de 50% do peso corporal de cada animal; e o TCc pela combinação dos protocolos aeróbio e anaeróbio, descritos anteriormente. Após quatro semanas de treino, foi coletado e mensurado o peso do tecido adiposo epididimal e dos músculos sóleo, plantar e gastrocnêmio. Foi utilizada a análise de dispersão para a elaboração e gráficos e a análise do modelo de regressão linear simples para identificar a interferência de cada uma das variáveis na CAER. A Gordura Corporal demonstrou influência positiva de 5% na relação com o Limiar Anaeróbio. Os músculos sóleo e gastrocnêmio mostraram influência negativa de 13,1% e 37,0%, respectivamente. Enquanto o músculo plantar não mostrou qualquer influência no limiar anaeróbio. A composição corporal influenciou na CAER dos animais analisados. Além disso, notou-se que a gordura corporal favoreceu a flutuabilidade, enquanto a maior massa muscular a prejudicou.
Assuntos
Animais , Masculino , Ratos , Natação , Composição Corporal , Limiar Anaeróbio , Terapia por Exercício/métodosRESUMO
Introdução: O limiar anaeróbio é comumente identificado em exercícios cíclicos, contudo, também pode ser determinado no exercício resistido (ER) por diferentes métodos, e assim, estimar a carga de trabalho relacionada ao estresse metabólico. No entanto, sua identificação a partir de outros métodos como o modelo matemático da DMáx e principalmente por variáveis mais acessíveis, como a percepção subjetiva de esforço (PSE), ainda não foi analisada. Objetivo: Comparar o limiar de lactato (LL) identificado pelo método de inspeção visual (LLIV) com o método da DMáx aplicado nas respostas do lactato (LLDMáx) e da PSE (PSE12/13 e PSEDMáx) durante exercício resistido incremental. Métodos: Dez praticantes de ER (24,8 ± 3,0 anos) foram submetidos ao teste de uma repetição máxima (1-RM) e a um teste incremental no leg-press, obtendo-se a PSE e o lactato em cada estágio. Resultados: Foi possível identificar o limiar anaeróbio por todos os métodos, entre 30% a 40% de 1-RM. As cargas absolutas, concentrações de lactato sanguíneo e PSE não foram diferentes entre os métodos empregados e apresentaram boa concordância entre si. Conclusão: É possível identificar o limiar anaeróbio tanto por inspeção visual quanto pelo modelo matemático de DMáx para o lactato e PSE, ampliando as possibilidades de determinação do limiar anaeróbio no exercício resistido por métodos de baixo custo e não invasivos.
Introduction: The anaerobic threshold is commonly identified in cyclic exercises, however it can also be identified on resistance exercise (RE) by different methods, and thus can estimate the workload related to metabolic stress. However, its identification by other methods such as mathematical model of DMax and primarily by more accessible variables such as perceived exertion (PE) has not yet been analyzed. Objective: To compare the lactate threshold (LT) identified by visual inspection method (LTVI) with DMax method applied in lactate responses (LTDMax) and PE (PE12/13 and PEDMax) during incremental resistance exercise. Methods: Ten practitioners of RE (24.8±3.0 years) underwent the test of one repetition maximum (1-RM) and an incremental load test in leg-press, obtaining the PE and lactate in each stage. Results: It was possible to identify the anaerobic threshold by all methods, between 30 and 40% of 1-RM. The absolute load, blood lactate concentrations, and PE were not different between the methods used and showed good agreement with each other. Conclusion: It is possible to identify the anaerobic threshold both by visual inspection and by the mathematical model of DMax for lactate and PE, expanding the possibilities for determining the anaerobic threshold in resistance exercise by low cost and non-invasive methods.
Introducción: El umbral anaeróbico se identifica comúnmente en los ejercicios cíclicos, sin embargo, también se puede determinar en el ejercicio de resistencia (ER) por diferentes métodos, y por lo tanto, se puede estimar la carga de trabajo relacionada con el estrés metabólico. No obstante, su identificación por otros métodos como el modelo matemático de DMáx y sobre todo mediante variables más accesibles, como el esfuerzo percibido (EP), todavía no se ha analizado. Objetivo: Comparar el umbral de lactato (UL) identificado por el método de inspección visual (ULIV) con el método DMáx aplicado a las respuestas de lactato (ULDMáx) y EP (EP12/13 y EPDMáx) durante los ejercicios de resistencia incremental. Métodos: Diez practicantes de ER (24,8 ± 3,0 años) fueron sometidos a la prueba de una repetición máxima (1-RM) y una prueba incremental en la prensa de piernas, obteniendo el EP y el lactato en cada etapa. Resultados: Fue posible identificar el umbral anaeróbico por todos los métodos, entre el 30% y el 40% de 1-RM. Las cargas absolutas, las concentraciones de lactato en sangre y EP no fueron diferentes entre los métodos utilizados y mostraron buena concordancia entre sí. Conclusión: Es posible identificar el umbral anaeróbico tanto por inspección visual como por el modelo matemático de DMáx de lactato y el EP, ampliando las posibilidades de determinar el umbral anaeróbico en el ejercicio de resistencia por métodos de bajo costo y no invasivos.
RESUMO
Abstract The aims of the study were: 1) to analyze the exercise intensity in several phases (six phases of 15 min) of soccer matches; 2) to compare the match time spent above anaerobic threshold (AT) between different age groups (U-17 and U-20); and 3) to compare the match time spent above AT between players’ positions (backs, midfielders, forwards and wingabcks). Forty-four male soccer players were analyzed. To express players’ effort, the heart rate (HR) was continuously monitored in 29 official matches. Further, HR corresponding to the intensity at the onset of blood lactate accumulation (OBLA) was obtained in a field test. The highest exercise intensity during match was observed in the 15-30 min period of the first half (p< 0.05). Match time spent above AT was not different between players from U-17 and U-20. In the comparison among players’ positions, wingbacks showed lower time above AT (p< 0.05) than players of other positions. The intensity of effort is higher in the 15 to 30 minutes of play (intermediate phase), probably because the players are more rested in the beginning and wearing out is progressive throughout the game. It is also noteworthy that the intensity of exercise (HR and time above AT) of wingbacks was lower, probably because they usually are required to run a larger number of sprints and need more time below the AT to recover.
Resumo Os principais objetivos do presente estudo foram: 1) comparar a intensidade de exercício em diversas fases (seis fases de 15 min) de partidas de futebol; 2) comparar o tempo de partida acima do limiar anaeróbio (LAN) entre diferentes categorias (sub-17 e sub-20); e 3) comparar o tempo de partida acima do LAN entre jogadores de diferentes posições (zagueiros, meio campistas, atacantes e laterais). Quarenta e quatro jogadores foram analisados. A intensidade de esforço como frequência cardíaca (FC) foi monitorada em 29 jogos oficiais. A FC correspondente à intensidade do OBLA (onset of blood lactate accumulation) foi obtida em um teste de campo. A maior intensidade de exercício foi observada no período 15-30 min do primeiro tempo (p< 0,05). O tempo de partida gasto acima do LAN não foi diferente entre jogadores das categorias sub-17 e sub-20. Os laterais apresentaram menor tempo acima do LAN (p< 0,05). Pode concluir-se que a intensidade do esforço foi maior em 15 a 30 min (fase intermediária), provavelmente porque os jogadores estão mais descansados no início e o desgaste é progressivo ao longo do jogo. A intensidade de exercício (FC e tempo acima LAN) dos laterais foi menor, provavelmente porque eles executam um maior número de sprints e necessitam de mais tempo abaixo do LAN para se recuperar.
RESUMO
ABSTRACT CONTEXT AND OBJECTIVE: This study aimed to evaluate different mathematical post-analysis methods of determining lactate threshold in highly and lowly trained endurance runners. DESIGN AND SETTING: Experimental laboratory study, in a tertiary-level public university hospital. METHOD: Twenty-seven male endurance runners were divided into two training load groups: lowly trained (frequency < 4 times per week, < 6 consecutive months, training velocity ≥ 5.0 min/km) and highly trained (frequency ≥ 4 times per week, ≥ 6 consecutive months, training velocity < 5.0 min/km). The subjects performed an incremental treadmill protocol, with 1 km/h increases at each subsequent 4-minute stage. Fingerprint blood-lactate analysis was performed at the end of each stage. The lactate threshold (i.e. the running velocity at which blood lactate levels began to exponentially increase) was measured using three different methods: increase in blood lactate of 1 mmol/l at stages (DT1), absolute 4 mmol/l blood lactate concentration (4 mmol), and the semi-log method (semi-log). ANOVA was used to compare different lactate threshold methods and training groups. RESULTS: Highly trained athletes showed significantly greater lactate thresholds than lowly trained runners, regardless of the calculation method used. When all the subject data were combined, DT1 and semi-log were not different, while 4 mmol was significantly lower than the other two methods. These same trends were observed when comparing lactate threshold methods in the lowly trained group. However, 4 mmol was only significantly lower than DT1 in the highly trained group. CONCLUSION: The 4 mmol protocol did not show lactate threshold measurements comparable with DT1 and semi-log protocols among lowly trained athletes.
RESUMO CONTEXTO E OBJETIVO: O objetivo do presente estudo é avaliar modelos matemáticos de pós-análise do limiar de lactato em grupos de corredores de longa distância muito ou pouco treinados. TIPO DE ESTUDO E LOCAL: Estudo laboratorial experimental. Hospital Público Universitário Terciário. MÉTODO: Vinte e sete corredores homens foram divididos em: pouco treinados (frequência < 4 vezes por semana, < 6 meses, velocidade ≥ 5,0 minutos/km) e muito treinados (frequência ≥ 4 vezes por semana, ≥ 6 meses, velocidade < 5,0 minutos/km). Os participantes foram submetidos a protocolo de esteira escalonado (1% inclinação) = 1 km/h por fase (4 minutos). Ao fim de cada estágio, análise da "impressão digital" metabolômica foi realizada. O limiar do lactato (i.e. velocidade em que o lactato sanguíneo aumenta exponencialmente) foi medido utilizando-se três métodos: aumento de 1 mmol/l da concentração, concentração absoluta de 4 mmol e método semi-log. ANOVA foi utilizada para comparar os diferentes limiares de lactato e grupos. RESULTADO: Atletas muito treinados apresentaram limiares de lactato maiores que os corredores pouco treinados, independentemente do método de cálculo utilizado. Comparando todos os corredores juntos, as análises de aumento de 1 mmol/l e semi-log não foram diferentes, enquanto a concentração absoluta de 4 mmol/l foi significativamente mais baixa que as dos dois outros métodos. Essas mesmas tendências foram observadas ao se compararem os métodos de limiar de lactato no grupo menos treinado. Entretanto, a análise absoluta de 4 mmol/l foi menor do que a do aumento de 1 mmol/l no grupo muito treinado. CONCLUSÃO: O método concentração absoluta de 4 mmol não mostrou mensurações comparáveis de limiar do lactato quando comparado com os protocolos aumento de 1 mmol/l e semi-log nos atletas pouco treinados.