Your browser doesn't support javascript.
loading
Mostrar: 20 | 50 | 100
Resultados 1 - 20 de 810
Filtrar
Mais filtros

Intervalo de ano de publicação
1.
Serv. soc. soc ; 147(2): e, 2024. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1565893

RESUMO

Resumo: Objetiva identificar, selecionar e categorizar as principais fontes de informação sobre a violência contra a mulher no Brasil. É uma pesquisa bibliográfica e documental, quali-quantitativa, com a análise de conteúdo de 204 documentos, publicados entre os anos 2000 e 2023. Os resultados indicam que 53% das fontes são pesquisas de registros oficiais; 14% de opinião e percepção; 10% de vitimização; 8% sobre a rede de serviços de atendimento às mulheres; e 15% se enquadram em mais de uma categoria.


Abstract: It aims to identify, select and categorize the main sources of information about violence against women in Brazil. It is a qualitative and quantitative bibliographic and documentary research, with content analysis of 204 documents published between 2000 and 2023. The results indicate that 53% of the sources are official records; 14% are opinion and perception surveys; 10% are victimization surveys; 8% are about the network of services for women; and 15% fall into more than one category.

2.
Saúde em Redes ; 10(1): 20, fev. 2024.
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1554267

RESUMO

Objetivo: Descrever as características epidemiológicas das notificações das mulheres que sofreram violências, residentes em Pernambuco, no período 2014 a 2019. Métodos: Estudo epidemiológico, transversal, com dados das notificações do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Resultado: Identificamos 31.439 casos. Predominaram mulheres na faixa etária dos 10 a 29 anos (16.730), raça/cor parda (20.384). As solteiras foram as que mais sofreram violências (14.405). A zona urbana (26.005) foi a mais frequente. Quanto ao local de ocorrência, predominou a residência (19.013). No que diz respeito à natureza das violências, os maiores registros foram física (19.049), psicológica (9.609) e sexual (4.983). A força corporal/espancamento alcançou (13.662). Os parceiros íntimos foram os autores mais prováveis (9.964), frequentemente do sexo masculino (17.879). Conclusão: Por meio da notificação completa e adequada é possível conhecer o perfil da violência, identificar os fatores de risco e realizar um planejamento estratégico, tendo em vista a prevenção e assistência de qualidade às mulheres que sofrem violência.

3.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 29(3): e10202023, 2024. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1534187

RESUMO

Resumo O objetivo deste estudo é avaliar as taxas de homicídios contra mulheres residentes no Brasil, segundo unidades da federação e raça/cor, no período de 2016 a 2020. Trata-se de um estudo ecológico de tendência temporal. Foi realizada análise múltipla adotando-se modelo de regressão para dados longitudinais. No período, ocorreram no Brasil 20.405 homicídios de mulheres e as taxas padronizadas mostraram que as mulheres negras (6,1/100.000) apresentaram as maiores taxas, em comparação às brancas (3,4/100.000). O Brasil apresentou queda de 25,2% de 2016 a 2020. A taxa de homicídio variou de 4,7 mortes por 100 mil mulheres em 2016 para 3,5 em 2020, mas a tendência decrescente e estatisticamente significante foi observada nas taxas de mulheres negras e brancas. As variáveis IDH, taxa de analfabetismo e proporção de causas mal definidas apresentaram uma relação inversa e estatisticamente significante com as taxas de homicídio de mulheres. Nos anos de 2019 e 2020 houve uma diminuição da taxa média de homicídio em relação ao ano de 2016. Apesar do decrescimento na evolução temporal das taxas para negras e brancas, houve diferenças raciais importantes nos homicídios de mulheres, com piores resultados para as mulheres negras.


Abstract This ecological, time-trend study examined rates of homicide against women residing in Brazil, by state and race/colour, from 2016 to 2020, by performing. Multiple analysis by regression model on longitudinal data. During the study period, 20,405 homicides of women were recorded in Brazil. Standardised homicides rates were higher among black women (6.1/100,000) than among white women (3.4/100,000). From 2016 to 2020, rates decreased 25.2%, from 4.7 deaths per 100,000 women in 2016 to 3.5 in 2020, with a statistically significant downward trend among both black and white women. Statistically significant inverse relationships were found between female homicide rates and HDI, illiteracy rate and proportion of ill-defined causes. The average homicide rate decreased in 2019 and 2020, as compared with 2016. Despite the decreasing time trend in homicide rates for both black and white women, they differed substantially by race, with worse outcomes for black women.

4.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 29(7): e02522024, 2024. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1564273

RESUMO

Resumo Este estudo se dedica, através de histórias de vida, a analisar a violência contra as mulheres que vivem em contextos rurais, seu silenciamento e os desafios de rompê-lo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa a partir de 20 entrevistas com mulheres rurais em dois municípios do Rio Grande do Sul. Através da Análise de Narrativas chegamos a duas categorias: "Eu sofria calada e certamente toda mulher é assim" - A violência e o silenciamento; e "A gente cuida dela" - Rompendo o silêncio. A primeira, faz referência a opressão do silenciamento e como as mulheres foram afetadas através da violência e do isolamento. A segunda, apresenta os desafios enfrentados pelas mulheres ao romper o silenciamento e sair da relação abusiva, e como, através de suas narrativas, acessamos a histórias de outras mulheres que sofrem violência. As narrativas reforçam que o silenciamento, advindo dos papeis de gênero e do cerceamento de liberdade, contribuiu para a permanência na relação abusiva. A violência teve sustentáculo no contexto rural, no qual as mulheres ficavam ainda mais isoladas, sozinhas e sem apoio, acentuando seus medos, culpa, vergonha, dependência financeira. É fundamental haver um trabalho intersetorial para o enfrentamento a essa problemática com mais informação e assistência às mulheres rurais.


Abstract By way of life stories drawn from 20 interviews of women in two municipalities of Rio Grande do Sul, this qualitative study examined how violence against women living in rural areas is silenced and the challenges involved in breaking that silence. Narrative Analysis arrived at two categories: "I suffered in silence and certainly all women are like that" (Violence silenced) and "We take care of her" (Breaking the silence). The first relates to the oppression of imposed silence and how women were affected by violence and isolation. The second shows the challenges facing women who break the silence and leave abusive relationships and how, through their narratives, to access the stories of other women who suffer violence. The narratives stress that the imposition of silence, which arose from gender roles and constraints on freedom, contributed to their continuing in the abusive relationship. The violence was sustained by the rural setting, where women were even more isolated, alone and unsupported, which heightened their fears, guilt, shame and financial dependence. An inter-sector approach, with more information and care for rural women, is fundamental to addressing this problem.

5.
Rev. Ciênc. Plur ; 10 (1) 2024;10(1): 33880, 2024 abr. 30. ilus
Artigo em Português | LILACS, BBO - odontologia (Brasil) | ID: biblio-1553423

RESUMO

Introdução: O cenário pandêmico trouxe à tona e de forma potencializada alguns indicadores preocupantes acerca da violência domésticacontra a mulher.Dessa maneira, questiona-se: a pandemia de COVID-19 provocou diferença no número de ocorrências de casos de Violência Doméstica?Objetivo:Comparar a ocorrência de casos de violência doméstica contra mulheres em um estado brasileiro nos períodos de 2015 a 2018 e 2019a 2021 segundo dados da Polícia Civil do estado.Metodologia:Trata-se de um estudo documental e descritivo, realizado com dados secundários. As informações foram colhidas através da ouvidoria da Polícia Civil em 11 de março de 2021,a partir dos registros de boletins de ocorrências policiais sobre violência doméstica contra a mulher dos anos de 2015 a 2021.Resultados:Durante os anos de 2015 a 2021 foram registrados um total de 26.671 boletins de ocorrência por violência contra a mulher. De 2015 a 2018,a média mensal foi de 360,1ocorrênciase durante a pandemia, de 2019 a 2021, a média mensal foi de 360,9ocorrências. Notou-se um discreto aumento na quantidade de boletins de ocorrência feito durante a pandemia deCOVID-19, com destaque para 2020, que apresentou média mensal de 387,4ocorrências, período mais recrudescido da pandemia. A principal violência perpetrada foi a lesão corporal dolosa principalmente contra mulheres de 18 a 24 anos, que trabalhavam em casa ou estavam desempregadas.Conclusão:Apesar da falta de diferenças expressivas entre os anos pré e pós-pandemia, a análise reforça a urgência de discutir os fatores subjacentes à violência contra a mulher, especialmente a violência doméstica. Destaca-se a importância de medidas preventivas e de apoio às vítimas para enfrentar esse problema social. É essencial promover políticas visando uma sociedade mais segura e igualitária para todas as mulheres (AU).


Introduction:The pandemic scenario has brought to light, and in a intesified manner, some concerning indicators regarding domestic violence against women. Thus, the question arises: did the COVID-19 pandemic make a difference in the number of domestic violence cases? Objective: To compare the occurrence of domestic violence cases against Brazilian women in the periods from 2015 to 2018 and 2019 to 2021 according to data from the state's Civil Police. Methodology: This is a documentary and descriptive study, conducted with secondary data. The information was collected through the Civil Police ombudsman on March 11, 2021, based on police reports of domestic violence against women from 2015 to 2021. Results: During the year of 2015 to 2021, a total of 26,671 police reports of violence against women were registered. From 2015 to 2018, the monthly average was 360.1 occurrences, and during the pandemic, from 2019 to 2021, the monthly average was 360.9 occurrences. There was a slight increase in the number of police reports during the COVID-19 pandemic, with a peak in 2020, which had a monthly average of 387.4 occurrences, the most intense period of the pandemic. The main violence perpetrated was intentional bodily harm, mainly against women aged 18 to 24, who were either working from home or unemployed. Conclusion: Despite the lack of significant differences between pre and post-pandemic years, the analysis reinforces the urgency of discussing the underlying factors of violence against women, especially domestic violence. The importance of preventive measures and support for victims to address this social problem is emphasized. It is essential to promote policies aimed at a more equal and safer society for all women (AU).


Introducción: El escenario pandémico ha sacado a la luz algunos indicadores preocupantes sobre la violencia doméstica contra las mujeres. Entonces, surge la pregunta: ¿la pandemia de COVID-19 ha provocado una diferencia en el número de ocurrencias de casos de Violencia Doméstica?Objetivo:Comparar la ocurrencia de casos de violencia doméstica contra las mujeres en un estado brasileño en los períodos de 2015 a2018 y de 2019 a 2021 según datos de la Policía Civil del estado. Metodología:Se trata de un estudio documental y descriptivo, realizado con datos secundarios. La información fue recabada a través de la Defensoría del Pueblo de la Policía Civil el 11 de marzo de 2021,a partir de los registros de las denuncias policiales sobre violencia intrafamiliar contra las mujeres de 2015 a 2021.Resultados:De 2015 a 2021 se presentaron un total de 26.671 denuncias policiales por violencia contra las mujeres. De 2015 a 2018, el promedio mensual fue de 360,1 ocurrencias y durante la pandemia, de 2019 a 2021, el promedio mensual fue de 360,9 ocurrencias. Hubo un ligero aumento en el número de denuncias policiales realizadas durante la pandemia de COVID-19, especialmente en 2020, que tuvo un promedio mensual de 387,4 ocurrencias, el período más severo de la pandemia. La principal violencia perpetrada fueron lesiones corporales intencionales, principalmente contra mujeres de 18 a 24 años, que trabajaban en el hogar o estaban desempleadas.Conclusión:A pesar de la falta de diferencias significativas entre los años pre y post pandemia, el análisis refuerza la urgencia de discutir los factores que subyacen a la violencia contra las mujeres, especialmente la violencia doméstica. Se destaca la importancia de las medidas preventivas y de apoyo a las víctimas para hacer frente a esta problemática social. Es esencial promover políticas encaminadas a lograr una sociedad más segura e igualitaria para todas las mujeres (AU).


Assuntos
Humanos , Feminino , Adolescente , Adulto , Violência Doméstica , Violência contra a Mulher , COVID-19 , Homicídio , Sub-Registro , Análise Documental , Direitos Humanos
6.
Physis (Rio J.) ; 34: e34037, 2024. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1564888

RESUMO

Resumo Objetivo: Identificar a prevalência e os fatores associados à violência contra mulheres durante a pandemia de Covid-19 no mundo. Método: O levantamento foi realizado em outubro de 2021, nos bancos de dados Embase, Scopus e Web of Science, publicados em 2020 e 2021, apenas no idioma inglês. Foram incluídos estudos empíricos, com população feminina, no período da Covid-19, e foram excluídos artigos que incluíam homens ou crianças em sua amostra. Para avaliar a qualidade dos estudos, foi usado o instrumento MMAT, e o resultado final foi organizado e sintetizado a partir de tabelas. Resultados: Foram selecionados 35 artigos, predominaram estudos quantitativos, on-line e investigando violência por parceiro íntimo. A prevalência foi significativa, com aumento e agravamento da violência; os principais fatores associados foram o estresse econômico, a pandemia e relações de gênero. Discussão: O viés de publicação foi estudos publicados apenas em inglês e os resultados envolvem o viés dos estudos primários referente a subnotificação e não generalização das amostras. É possível concluir que a pandemia e as medidas para conter a Covid-19 aumentaram a vulnerabilidade das mulheres coabitadas em ambiente violento.


Abstract Objective: To identify the prevalence and factors associated with violence against women during the Covid-19 pandemic in the world. Method: The survey was carried out in October 2021, in the Embase, Scopus and Web of Science databases, published in 2020 and 2021, only in the English language. Empirical studies were included, with a female population, during the Covid-19 period and articles that included men or children in their sample were excluded. To evaluate the quality of the studies, the MMAT instrument was used and the final result was organized and summarized using tables. Results: Thirty-five articles were selected, predominantly quantitative, on-line studies investigating intimate partner violence. The prevalence was significant, with an increase and worsening of violence and the main associated factors were economic stress, the pandemic and gender relations. Discussion: The publication bias was studies published only in English and the results involve the bias of primary studies regarding underreporting and non-generalization of the samples. It is possible to conclude that the pandemic and measures to contain Covid-19 increased the vulnerability of women cohabiting in a violent environment.

7.
Saúde Soc ; 33(2): e210308pt, 2024. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1560503

RESUMO

Resumo Neste artigo, objetiva-se refletir sobre as estratégias no campo da saúde que possam colaborar para a mitigação da vulnerabilidade de mulheres à violência íntima (VI) em meio a crises econômicas e sociais que ocorrem em contextos de pandemias, epidemias e catástrofes climáticas. Trata-se de um ensaio teórico-reflexivo elaborado a partir do diálogo entre os referenciais teóricos da vulnerabilidade e direitos humanos e o modelo ecológico de compreensão da violência. A composição desses referenciais permitiu elencar estratégias de enfrentamento da VI, analisando-as nos âmbitos individual, familiar, comunitário e social, entendendo que as dimensões da vulnerabilidade necessitam ser abordadas de forma indissociável. Tal análise indicou ser fundamental compreender os marcadores sociais da diferença e como as opressões de classe social, raça e gênero se articulam na constituição de vulnerabilidades à VI. À luz dessa compreensão, também foi possível ressaltar o papel essencial da Atenção Primária à Saúde no atendimento às mulheres em situação de violência. Recomenda-se que o poder público, a academia e os serviços de saúde possam coproduzir respostas que mitiguem essas vulnerabilidades e que as medidas sejam tomadas como prioridade.


Abstract In the midst of economic and social crises that occur in the context of pandemics, epidemics and climate disasters, there was an increase in women's vulnerabilities to Intimate Violence (IV). In this article, the objective is to reflect on strategies in the health field that can collaborate to mitigate these vulnerabilities. It is a theoretical-reflective essay elaborated from the dialogue between the theoretical references of vulnerability and human rights and the ecological model for understanding violence. These references made it possible to list strategies for coping with IV, analyzing them at the individual, family, community and social levels, understanding that the dimensions of vulnerability need to be addressed inseparably. This analysis emphasized that it is essential to understand the social markers of difference and how oppressions of social class, race and gender are articulated in the constitution of vulnerabilities to IV. By this understanding, it was also possible to highlight the essential role of Primary Health Care in assisting women in situations of violence. It is recommended that public authorities, university and health services can co-produce responses that mitigate these as strategies become a priority.

8.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 29(1): e20452022, 2024. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1528322

RESUMO

Resumo Este estudo transversal objetivou estimar a prevalência e os fatores associados à violência contra as mulheres rurais e descrever os casos positivos segundo autoria, local e frequência, com dados da Pesquisa Nacional de Saúde (2019). Calcularam-se as prevalências brutas e ajustadas de violência contra as mulheres rurais de todo o Brasil nos últimos 12 meses, segundo perfil demográfico, apoio e saúde por meio da regressão de Poisson. A violência psicológica foi de 18%, a física, de 4,4% e a sexual, de 1,5%. Os principais autores eram pessoas conhecidas, a maior parte dos casos ocorreu na residência e as agressões eram recorrentes. As maiores prevalências: mulheres adultas jovens (24,2%), solteiras e divorciadas (20% cada), com ensino fundamental completo ao superior incompleto (22%),, percepções de saúde muito ruim (34%), ruim (30%) e aquelas com problema de saúde mental (30%). Após o ajuste, permaneceram no modelo as de 30-39 anos e de 40 a 49 anos, casadas, com estado de saúde muito ruim, ruim e regular e com problema de saúde mental. Aponta-se para a alta prevalência de violência contra as mulheres rurais.


Abstract The aim of this cross-sectional study was to estimate the prevalence of violence against women living in rural areas, explore associated factors, and characterize cases of violence according to perpetrator, place of occurrence, and frequency. Based on data from the 2019 National Health Survey, using Poisson's regression we calculated crude and adjusted prevalence ratios for violence committed during the last 12 months against women living in rural areas across Brazil, focusing on the following variables: sociodemographic characteristics, income, social support, and self-reported health status. The prevalence of psychological, physical, and sexual violence was 18%, 4.4%, and 1.5%, respectively. Perpetrators were mainly people known to the victim and violence was mainly committed at home and repeated over time. Prevalence was highest among young women (24.2%), single and divorced women (20% each), women who had complete elementary school till not complete higher education (22% each), women with very poor (34%) and poor (30%) self-perceived health status; and women with a mental health problem (30%). After adjustment, the following variables were retained in the model: women aged 30-39 years and 40-49 years; married women; women with very poor, poor, and fair perceived health; and women diagnosed with a mental health problem.

9.
Ciênc. Saúde Colet. (Impr.) ; 29(2): e03232023, 2024. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1528362

RESUMO

Resumo O objetivo é identificar impactos culturais, sociais e de saúde causadas pela violência na parceria íntima (VPI) em mulheres homoafetivas (MOH) e biafetivas (MOB). Estudo de revisão integrativa da literatura que buscou e analisou estudos indexados nas bases de dados PubMed e Lilacs, sendo considerados os idiomas: inglês, português e espanhol. O estudo buscou responder a seguinte pergunta de pesquisa: "Quais impactos a VPI traz para as MOB e MOH?". Foram encontrados 42 estudos e após aplicado os critérios de exclusão, 19 compuseram a amostra final. Os dados foram analisados a partir da metodologia de análise de conteúdo, modalidade análise temática de Bardin (2009). A análise na íntegra dos artigos revelou duas categorias: 1) A violência na parceria íntima e os impactos socioculturais; e 2) A violência na parceira íntima e os impactos na saúde. A vivência de situações de violência na parceria íntima entre mulheres homo e/ou biafetivas afeta suas dimensões socioculturais e de saúde, já que elas estão sob o viés da dupla vulnerabilidade: mulher em relações homo/biafetivas. Existe também invisibilidade do fenômeno nos serviços de saúde já que os profissionais não são formados para abordar as diferentes orientações sexuais entre mulheres e menos ainda as situações de violência advindas dessas relações.


Abstract The aim is to identify cultural, social and health impacts caused by intimate partner violence (IPV) in homoaffective (MOH) and biaffective (MOB) women. This is an integrative literature review that sought and analyzed studies indexed in the PubMed and Lilacs databases, considering the following languages. The study sought to answer the following research question: "What impacts does IPV bring to MOB and MOH?". Forty two studies were found and after applying the exclusion criteria, 19 went into the final sample. Data were analyzed using the content analysis methodology, Bardin's thematic analysis modality (2009). The full analysis of the articles revealed two categories: 1) Intimate partner violence and sociocultural impacts; and 2) Intimate partner violence and health impacts. The experience of situations of violence in intimate partnerships between homo and/or biaffective women affect their sociocultural and health dimensions, since they are under the bias of double vulnerability: women in homo/biaffective relationships. There is also an invisibility of the phenomenon in health services, since professionals are not trained to address the different sexual orientations among women and even less the situations of violence resulting from these relationships.

10.
Rev. bras. epidemiol ; 27: e240030, 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1559521

RESUMO

ABSTRACT Objective: To analyze the trend and spatial pattern of intimate partner rape reports against women in Northeast Brazil. Methods: Ecological time-series study and spatial analysis with secondary data from the Notifiable Diseases Information System between 2013 and 2022. Gross rape rates were calculated by type of intimate partner and by age group of the victim. Prais-Winsten regression was used to calculate the trend, and the global and local Moran indices were used for spatial analysis. Results: A total of 5,542 cases of intimate partner rape were reported. Spousal rates ranged from 0.34/100,000 women in 2013 to 0.51/100,000 in 2017, with greater increases between 2018 (1.04/100 thousand) and 2022 (1.28/100 thousand). There was an upward trend in the Northeast as a whole (APC=19.47; 95%CI 15.88-23.22) and in almost all states, except Paraíba and Sergipe. Cases perpetrated by boyfriends (APC=23.90; 95%CI 12.80-36.09) and among women aged 15 to 19 years (APC=22.63; 95%CI 4.18-44.35) showed the highest annual variation. A concentration of high rates was observed in several municipalities in the northwest of Ceará and southeast of Pernambuco. Conclusion: The trend in intimate partner rape rates against women increased in the Northeast, especially among younger women and by boyfriends, with a greater agglomeration of notifications in Ceará and Pernambuco.


RESUMO Objetivo: Analisar a tendência e o padrão espacial das notificações de estupro por parceiro íntimo contra mulheres no Nordeste do Brasil. Métodos: Estudo ecológico de série temporal e análise espacial com dados secundários do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) entre 2013 e 2022. Foram calculadas taxas brutas de estupro por tipo de parceiro íntimo e por faixa etária da vítima. Para o cálculo de tendência, utilizou-se a regressão de Prais-Winsten e, para a análise espacial, adotou-se o índice global e local de Moran. Resultados: Foram notificados 5.542 casos de estupro pelo parceiro íntimo. As taxas perpetradas pelo cônjuge variaram de 0,34/100 mil mulheres em 2013 para 0,51/100 mil em 2017, com maiores elevações entre 2018 (1,04/100 mil) e 2022 (1,28/100 mil). Houve tendência de aumento no Nordeste como um todo (VPA=19,47; IC95% 15,88-23,22) e em quase todos os estados, exceto Paraíba e Sergipe. Os casos perpetrados por namorados (VPA=23,90; IC95% 12,80-36,09) e entre mulheres de 15 a 19 anos (VPA=22,63; IC95% 4,18-44,35) exibiram maior variação anual. Observou-se concentração de altas taxas em diversos municípios no noroeste do Ceará e no sudeste de Pernambuco. Conclusão: A tendência das taxas de estupro contra mulheres perpetrado pelo parceiro íntimo aumentou no Nordeste, principalmente entre as mais jovens e por namorados, tendo maior aglomerado de notificações no Ceará e em Pernambuco.

11.
Rev. Esc. Enferm. USP ; 58: e20230282, 2024.
Artigo em Inglês | LILACS, BDENF - enfermagem (Brasil) | ID: biblio-1559047

RESUMO

ABSTRACT Objective: To characterize and analyze violence committed against Venezuelan immigrant female sex workers, from the perspective of an intersectional look at social class, gender and race-ethnicity. Method: Exploratory study with a qualitative approach. Data sources: interviews with 15 Venezuelan immigrant women sex workers and 37 Brazilian online media reports that addressed the topic. Data were submitted to thematic content analysis, with the support of Qualitative Data Analysis (WebQDA) software. Results: Thematic analysis of data from reports and interviews allowed the emergence of three empirical categories: Structural violence and reasons that led to prostitution: a question of social class; Among the forms of violence, the most feared: physical violence; Violence based on gender and race-ethnicity. Conclusion: The study made it possible to recognize that Venezuelan immigrant women who are sex workers in Brazil are subject to different types of violence and exploitation. This scenario is due to a reality of life and work that is based on the exploitation of female workers who experience the consequences of the interweaving of subalternities characteristic of their social insertion of class, gender and race-ethnicity.


RESUMEN Objetivo: Caracterizar y analizar la violencia ejercida contra trabajadoras sexuales inmigrantes venezolanas, desde una mirada interseccional de clase social, género y raza-etnia. Método: Estudio exploratorio con enfoque cualitativo. Fuentes de datos: entrevistas con 15 trabajadoras sexuales inmigrantes venezolanas y 37 informes de medios en línea brasileños que abordaron el tema. Los datos fueron sometidos al análisis de contenido temático, con el apoyo del software Qualitative Data Analysis (WebQDA). Resultados: El análisis temático de los datos de los informes y entrevistas permitió la emergencia de tres categorías empíricas: Violencia estructural y motivos que llevaron a la prostitución: una cuestión de clase social; Entre las formas de violencia, las más temidas: la violencia física; Violencia basada en el género y la raza-etnia. Conclusión: El estudio permitió reconocer que las mujeres inmigrantes venezolanas que ejercen el trabajo sexual en Brasil están sujetas a diferentes tipos de violencia y explotación. Este escenario obedece a una realidad de vida y de trabajo que se fundamenta en la explotación de los trabajadores que experimentan las consecuencias del entrecruzamiento de subalternidades propias de su inserción social de clase, género y raza-etnia.


RESUMO Objetivo: Caracterizar e analisar violências praticadas contra mulheres imigrantes venezuelanas profissionais do sexo, na perspectiva de um olhar interseccional de classe social, gênero e raça-etnia. Método: Estudo exploratório de abordagem qualitativa. Fontes dos dados: entrevistas com 15 mulheres imigrantes venezuelanas trabalhadoras do sexo e 37 reportagens da mídia online brasileira que abordavam o tema. Os dados foram submetidos à análise de conteúdo temática, com o apoio do software Qualitative Data Analysis (WebQDA). Resultados: A análise temática dos dados das reportagens e das entrevistas permitiu a emergência de três categorias empíricas: Violência estrutural e motivos que levaram à prostituição: uma questão de classe social; Entre as violências, a mais temida: a violência física; Violências baseadas no gênero e na raça-etnia. Conclusão: O estudo permitiu reconhecer que mulheres imigrantes venezuelanas profissionais do sexo no Brasil estão sujeitas a diferentes tipos de violência e exploração. Este cenário deve-se a uma realidade de vida e trabalho que se fundamenta na exploração de trabalhadoras que vivenciam as consequências do entrelaçamento das subalternizações características da sua inserção social de classe, gênero e raça-etnia.


Assuntos
Humanos , Feminino , Violência contra a Mulher , Emigrantes e Imigrantes , Profissionais do Sexo , Perspectiva de Gênero
12.
Cad. Ibero-Am. Direito Sanit. (Online) ; 13(1): 102-118, jan.-mar.2024.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1538389

RESUMO

Objetivo: analisar as percepções de profissionais da atenção primária à saúde de Paranaguá/PR sobre as relações entre a pandemia de COVID-19 e casos de violência doméstica em seus territórios adscritos, identificando desafios na abordagem, impactos nas famílias e manejo dos casos. Metodologia: pesquisa qualitativa com entrevistas semiestruturadas e grupos focais com 36 profissionais de duas unidades básicas de saúde de Paranaguá, litoral paranaense. Resultados: profissionais da atenção primária à saúde foram unânimes em relatar o aumento no número de casos de violência doméstica naquelas comunidades, com impactos tanto para mulheres, quanto para crianças e adolescentes, sendo o fechamento das escolas um fator agravante. Como principais desafios, foram reportados: a desestruturação da atenção primária à saúde durante o auge da pandemia com deslocamento de profissionais e recursos; desinformação sobre fluxos de encaminhamento nos casos de violência doméstica na rede intersetorial; medo dos profissionais, tanto da pandemia, quanto de denunciar casos de violência doméstica; e rotatividade de profissionais. Conclusão: o período de isolamento social causado pela pandemia intensificou os casos de violência doméstica segundo as percepções de profissionais da atenção primária à saúde de Paranaguá. O desmonte da rede intersetorial prejudicou ainda mais o cuidado de pessoas em situação de vulnerabilidade e/ou violência. A ausência de diretrizes nacionais do governo federal deixou municípios e profissionais da atenção primária à saúde à própria sorte para lidar com o problema.


Objective: to analyze the perceptions of primary health care professionals in Paranaguá/PR about the relationship between the COVID-19 pandemic and cases of domestic violence in their assigned territories, identifying challenges in the approach, impacts on families and case management. Methodology: qualitative research was conducted using semi-structured interviews and focus groups with 36 professionals from two primary health care units in Paranaguá, on the Paraná coast. Results: primary health care professionals unanimously reported an increase in the number of domestic violence cases in those communities, affecting women, children, and adolescents, with the closure of schools identified as an aggravating factor. The main challenges highlighted were the disruption of primary health care services during the peak of the pandemic due to the reallocation of professionals and resources; misinformation about referral processes for domestic violence cases within the intersectoral network; fear among professionals regarding the pandemic and reporting domestic violence cases; and high staff turnover. Conclusion: the period of social isolation caused by the pandemic intensified domestic violence cases, according to the perceptions of primary health care professionals in Paranaguá. The dismantling of the intersectoral network further compromised the care of individuals in situations of vulnerability and/or violence. The absence of national guidelines from the federal government left municipalities and primary health care professionals on their own to deal with the issue.


Objetivo: analizar las percepciones de los profesionales de la atención primaria de salud de Paranaguá/PR sobre las relaciones entre la pandemia de COVID-19 y los casos de violencia doméstica en sus territorios asignados, identificando desafíos en el abordaje, impactos en las familias y gestión de casos. Metodología: investigación cualitativa con entrevistas semiestructuradas y grupos focales con 36 profesionales de dos unidades básicas de salud de Paranaguá, en la costa de Paraná. Resultados: los profesionales de la atención primaria de salud fueron unánimes al reportar el aumento del número de casos de violencia doméstica en esas comunidades, con afectaciones tanto a mujeres, niños y adolescentes, siendo el cierre de escuelas un agravante. Se informaron los principales desafíos: la interrupción de la atención primaria de salud durante el apogeo de la pandemia con el desplazamiento de profesionales y recursos; desinformación sobre los flujos de derivación de casos de violencia doméstica en la red intersectorial; miedo entre los profesionales, tanto a la pandemia como a denunciar casos de violencia doméstica; y rotación profesional. Conclusión: el período de aislamiento social provocado por la pandemia intensificó los casos de violencia doméstica según la percepción de los profesionales de la atención primaria de salud en Paranaguá. El desmantelamiento de la red intersectorial perjudicó aún más la atención a personas en situación de vulnerabilidad y/o violencia. La ausencia de directrices nacionales por parte del gobierno federal dejó a los municipios y a los profesionales de atención primaria de salud a su suerte a la hora de abordar el problema.


Assuntos
Direito Sanitário
13.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 40(5): e00094223, 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1557436

RESUMO

Abstract: This study aimed to analyze whether there is an association between intimate partner violence during pregnancy and time to return to sexual activity after childbirth in the BRISA cohort in São Luís, Maranhão State, Brazil, between 2010 and 2013. This is a longitudinal study conducted with 665 women. Intimate partner violence during pregnancy was measured using an instrument created and validated by the World Health Organization to measure violence against women. Time to return to sexual activity after childbirth was investigated using a structured questionnaire. Logistic regression models were used to analyze whether there is an association between intimate partner violence during pregnancy and time to return to sexual activity after childbirth. The prevalence of violence by an intimate partner during pregnancy was 24.06%. The prevalence of women who returned to sexual activity within 3 months after childbirth was 67.96%. When analyzing the association between exposure and outcome, no association was found in the crude model (OR = 0.88; 95%CI: 0.60-1.30), nor in the adjusted model (OR = 1.00; 95%CI: 0.61-1.63). The study results highlight the importance of providing comprehensive care to women, considering both physical and psychological aspects, since violence has a significant impact on several aspects of women's lives.


Resumen: El objetivo de este estudio fue analizar si existe asociación entre la violencia por pareja íntima durante el embarazo y el tiempo para volver a la actividad sexual después del parto en la cohorte BRISA, en São Luis, Maranhão, Brasil, entre 2010 y 2013. Se trata de un estudio longitudinal realizado con 665 mujeres. Se midió la violencia por pareja íntima durante el embarazo a través de un instrumento para medir la violencia contra la mujer creado y validado por la Organización Mundial de la Salud. Se investigó el tiempo para volver a la actividad sexual después del parto a través de un cuestionario estructurado. Se utilizaron modelos de regresión logística para verificar si existe asociación entre la violencia por pareja íntima durante el embarazo y el tiempo para volver a la actividad sexual después del parto. La prevalencia de violencia perpetrada por pareja íntima durante el embarazo fue del 24,06%. La prevalencia de mujeres que volvieron a la actividad sexual dentro de los tres meses posteriores al parto fue del 67,96%. Al analizar la asociación entre la exposición y el resultado, se constató que no hubo asociación en el modelo crudo (OR = 0,88; IC95%: 0,60-1,30), ni en el modelo ajustado (OR = 1,00; IC95%: 0,61-1,63). Los resultados del estudio resaltan la importancia de proporcionar asistencia integral a la salud de la mujer, teniendo en cuenta tanto aspectos físicos como psicológicos, una vez que la violencia afecta significativamente varios aspectos de la vida femenina.


Resumo: O objetivo deste estudo foi analisar se existe associação entre violência por parceiro íntimo na gestação e o tempo de retorno das atividades sexuais após o parto na coorte BRISA, em São Luís, Maranhão, Brasil, entre os anos de 2010 e 2013. Trata-se de estudo longitudinal conduzido com 665 mulheres. A violência por parceiro íntimo na gestação foi medida por meio de instrumento criado e validado pela Organização Mundial da Saúde para medir violência contra a mulher. O tempo de retorno das atividades sexuais após o parto foi investigado por meio de questionário estruturado. Modelos de regressão logística foram utilizados para verificar se existe associação entre violência por parceiro íntimo na gestação e tempo de retorno das atividades sexuais após o parto. A prevalência de violência perpetrada pelo parceiro íntimo na gestação foi de 24,06%. A prevalência de mulheres que retornaram às atividades sexuais em até três meses após o parto foi de 67,96%. Ao analisar a associação entre exposição e desfecho, observou-se que não houve associação no modelo bruto (OR = 0,88; IC95%: 0,60-1,30), nem no modelo ajustado (OR = 1,00; IC95%: 0,61-1,63). Os resultados do estudo evidenciam a importância de prestar assistência integral à saúde da mulher, considerando tanto aspectos físicos quanto psicológicos, uma vez que a violência tem impacto significativo em diversas áreas da vida feminina.

14.
Acta Paul. Enferm. (Online) ; 37: eAPE00682, 2024. tab, graf
Artigo em Português | LILACS-Express | LILACS, BDENF - enfermagem (Brasil) | ID: biblio-1533327

RESUMO

Resumo Objetivo Mapear e sumarizar as principais evidências disponíveis sobre a violência por parceiro íntimo contra a mulher parda e preta durante a pandemia COVID-19. Métodos Trata-se de uma revisão de escopo nas bases de dados National Library of Medicine, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, Web of Science, Excerpa Medica DataBASE, PsycINFO - APA PsycNET e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde. Os critérios de inclusão foram estudos sobre violência interpessoal contra a mulher parda e preta após o decreto de pandemia COVID-19, perpetrada por parceiro íntimo, publicados a partir de 2020, nos idiomas português, espanhol ou inglês. Excluíram-se editoriais, cartas resposta, retratações e estudos voltados à violência autoprovocada. Foi realizada análise descritiva. Resultados Foram obtidos 26 estudos e após a seleção obteve-se a amostra de oito artigos, publicados entre 2020 e 2022. Os resultados evidenciaram estudos majoritariamente norte-americanos, contudo apontaram para a violência por parceiro íntimo contra a mulher parda e preta como um fenômeno global durante a pandemia. As vítimas apresentavam múltiplas condições de vulnerabilidade e encontraram várias barreiras de acesso aos serviços de saúde e segurança pública, incluindo o racismo. Medidas de prevenção e controle foram escassas e geraram consequências à saúde integral da mulher. Conclusão O fenômeno foi caracterizado como um agravo global durante a pandemia COVID-19. Estratégias de enfrentamento individuais, coletivas e políticas foram criadas pelas vítimas. Políticas públicas de prevenção e controle da violência por parceiro íntimo não foram adequadamente aplicadas em muitos países durante a pandemia.


Resumen Objetivo Mapear y resumir las principales evidencias disponibles sobre la violencia contra mujeres pardas y negras por parte de la pareja íntima durante la pandemia de COVID-19. Métodos Se trata de una revisión de alcance en las bases de datos National Library of Medicine, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, Web of Science, Excerpa Medica DataBASE, PsycINFO - APA PsycNET y Literatura Latinoamericana y del Caribe en Ciencias de la Salud. Los criterios de inclusión fueron estudios sobre violencia interpersonal contra mujeres pardas y negras después del decreto de pandemia de COVID-19, ejercida por su pareja íntima, publicados a partir de 2020, en idioma portugués, español o inglés. Se excluyeron editoriales, cartas de respuesta, retractaciones y estudios sobre violencia autoprovocada. Se realizó análisis descriptivo. Resultados Se obtuvieron 26 estudios y, después de la selección, se obtuvo una muestra de ocho artículos, publicados entre 2020 y 2022. Los resultados evidenciaron estudios mayormente norteamericanos, pero señalaron que la violencia contra mujeres pardas y negras por parte de su pareja íntima fue un fenómeno global durante la pandemia. Las víctimas presentaron múltiples condiciones de vulnerabilidad y encontraron varias barreras de acceso a los servicios de salud y seguridad pública, inclusive racismo. Las medidas de prevención y control fueron escasas y generaron consecuencias en la salud integral de las mujeres. Conclusión El fenómeno fue caracterizado como un agravio global durante la pandemia de COVID-19. Las estrategias de enfrentamiento individuales, colectivas y políticas fueron creadas por las víctimas. Las políticas públicas de prevención y control de la violencia por parte de pareja íntima no fueron aplicadas adecuadamente en muchos países durante la pandemia. Open Science Framework: https://osf.io/bdsf7/


Abstract Objective To map and summarize the main available evidence on intimate partner violence against brown and black women during the COVID-19 pandemic. Methods This is a scoping review carried out in the National Library of Medicine, Cumulative Index to Nursing and Allied Health Literature, Web of Science, Excerpa Medica DataBASE, PsycINFO - APA PsycNET and Latin American and Caribbean Literature in Health Sciences databases. Studies on interpersonal violence against brown and black women after the COVID-19 pandemic decree, perpetrated by an intimate partner, published from 2020 onwards in Portuguese, Spanish or English, were included. Editorials, response letters, retractions and studies focused on self-inflicted violence were excluded. Descriptive analysis was carried out. Results A total of 26 studies were obtained, and after selection, a sample of eight articles was obtained, published between 2020 and 2022. The results showed mostly North American studies, however, they pointed to intimate partner violence against brown and black women as a global phenomenon during the pandemic. The victims presented multiple conditions of vulnerability and encountered several barriers to accessing health and public safety services, including racism. Prevention and control measures were scarce and had consequences for women's overall health. Conclusion The phenomenon was characterized as a global problem during the COVID-19 pandemic. Individual, collective and political coping strategies were created by the victims. Public policies to prevent and control intimate partner violence were not adequately implemented in many countries during the pandemic. Open Science Framework: https://osf.io/bdsf7/

15.
Texto & contexto enferm ; 33: e20230403, 2024. tab
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS, BDENF - enfermagem (Brasil) | ID: biblio-1565923

RESUMO

ABSTRACT Objective: to analyze how Primary Health Care professionals experience domestic violence against women. Method: qualitative research, conducted from January to June 2023, through interviews with 20 Primary Health Care professionals, in a medium-sized municipality in the state of São Paulo, Brazil. The data obtained were interpreted using the Content Analysis Technique, thematic modality. Results: professionals emphasize the need for a sensitive approach and early identification, expressing feelings of perplexity and powerlessness during care. The impacts of violence are perceived by the victims, families, and society, causing physical, psychological, and social consequences. Challenges include lack of training, fear of reprisals, and lack of institutional support. The limitations faced by women in confronting violence are linked to lack of information, financial and emotional dependence, generating fear and insecurity. Conclusion: professionals experience the complexity of providing health care to women who are victims of domestic violence, and it is inferred that investments in professional training, institutional protection, and the creation of spaces that can support women are necessary to prevent re-victimization.


RESUMEN Objetivo: analizar cómo los profesionales de Atención Primaria de Salud viven la violencia doméstica contra las mujeres. Método: investigación cualitativa, desarrollada de enero a junio de 2023, a través de entrevistas a 20 profesionales de la Atención Primaria de Salud, en un Municipio Mediano del interior de São Paulo. Los datos obtenidos fueron interpretados mediante la Técnica de Análisis de Contenido, modalidad temática. Resultados: los profesionales enfatizan la necesidad de abordaje sensible e identificación temprana, expresando sentimientos de perplejidad e impotencia durante la prestación de cuidados. Los impactos de la violencia son percibidos por las víctimas, los familiares y la sociedad y provocan consecuencias físicas, psicológicas y sociales. Los desafíos incluyen la falta de capacitación, el miedo a represalias y la falta de apoyo institucional. Las limitaciones que afrontan las mujeres quando se enfrentan con la violencia están vinculadas a la falta de información y a la dependencia financiera y emocional, lo que genera miedo e inseguridad. Conclusión: los profesionales experimentan la complejidad que representa la atención de la salud para las mujeres víctimas de violencia doméstica advirtiéndose la necesidad de inversiones en formación profesional, protección institucional y creación de espacios que puedan acoger a las mujeres y evitar la revictimización.


RESUMO Objetivo: analisar como os profissionais da Atenção Primária à Saúde vivenciam a violência doméstica contra as mulheres. Método: pesquisa Qualitativa, desenvolvida no período de janeiro a junho de 2023, por meio de entrevistas com 20 profissionais da Atenção Primária à Saúde, em um Município de Médio Porte do Interior Paulista. Os dados obtidos foram interpretados pela Técnica de Análise de Conteúdo, modalidade temática. Resultados: os profissionais enfatizam a necessidade de abordagem sensível e identificação precoce, expressando sentimentos de perplexidade e impotência durante o atendimento. Os impactos da violência são percebidos pelas vítimas, famílias e sociedade, causando consequências físicas, psicológicas e sociais. Os desafios incluem falta de capacitação, medo de represálias e carência de apoio institucional. As limitações enfrentadas pelas mulheres no confronto com a violência estão ligadas à falta de informação, dependência financeira e emocional, gerando medo e insegurança. Conclusão: os profissionais vivenciam a complexidade que representa o cuidado em saúde às mulheres vítimas de violência doméstica e, depreende-se que são necessários investimentos na capacitação dos profissionais, proteção institucional e criação de espaços, que possam acolher as mulheres, evitando assim a revitimização.

16.
RECIIS (Online) ; 18(1)jan.-mar. 2024.
Artigo em Português | LILACS, Coleciona SUS (Brasil) | ID: biblio-1553559

RESUMO

O estudo apresentado neste artigo objetivou descrever a produção científica entre 2012 e 2022 sobre o cuidado médico na Atenção Primária à Saúde a mulheres em situação de violência. Trata-se de um estudo bibliométrico e descritivo de abordagem quantitativa, a partir de publicações indexadas na base de dados Web of Science mediante o uso dos descritores "Violence Against Women", "Medical Care", "Primary Health Care". Diante do que foi analisado, é perceptível uma falta de priorização de estratégias de cuidados pelos serviços de saúde, apesar de uma produção científica consideravelmente importante, bem como uma falta de atuação de alguns nichos dos profissionais de saúde. O desenho metodológico permitiu um mapeamento do perfil dos estudos voltados para a temática, assim como a necessidade de estudos sobre intervenções multidisciplinares, em especial o cuidado médico, na Atenção Primária à Saúde, a mulheres em situação de violência.


The study presented in this article aimed to describe the scientific production between 2012 and 2022 on medical care in Primary Health Care for women in situations of violence. This is a bibliometric and descriptive study of quantitative approach, from publications indexed in the Web of Science database through the use of the follow descriptors: "Violence Against Women", "Medical Care", "Primary Health Care". In the light of what has been analyzed, it is visible a lack of prioritisation of care strategies by the health services, despite a considerably important scientific production, as well as a lack of action by certain niches of health professionals. The methodological design made it possible to map out the profile of studies on the subject, as well as the need for studies on multidisciplinary interventions, especially the medical care by health services in Primary Health Care for women in situations of violence.


El estudio presentado en este artículo tuvo como objetivo describir la producción científica entre 2012 y 2022 sobre el cuidado médico en la Atención Primaria de Salud a mujeres en situación de violencia. Se trata de un estudio bibliométrico y descriptivo con enfoque cuantitativo, basado en publicaciones indexadas en la base de datos Web of Science utilizando el descriptores "Violence Against Women", "Medical Care", "Primary Health Care". Frente a lo analizado, es notoria una falta de priorización de las estrategias de atención por parte de los servicios de salud, a pesar de una producción científica considerable y importante, así como de una falta de actuación de determinados nichos de profesionales de la salud. El diseño metodológico permitió mapear el perfil de los estudios acerca del tema, así como la necesidad de estudios sobre intervenciones multidisciplinarias, especialmente el cuidado médico en los servicios de salud de la Atención Primaria de Salud a mujeres en situación de violencia.


Assuntos
Atenção Primária à Saúde , Serviços de Saúde da Mulher , Bibliometria , Assistência Integral à Saúde , Violência contra a Mulher , Serviços de Saúde , Estratégias de Saúde Nacionais , Saúde Pública , Agressão , Registros Públicos de Dados de Cuidados de Saúde
17.
Epidemiol. serv. saúde ; 33: e20231075, 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1557744

RESUMO

Abstract Objective: To analyze the temporal trend of completeness and consistency of data on notifications of violence against indigenous women in the health macro-region of Dourados, state of Mato Grosso do Sul, Brazil, between 2009 and 2020. Methods: An ecological time series study was conducted using data from the Notifiable Health Conditions Information System; Prais-Winsten regression was used to analyze the trend of data completeness and consistency, as well as the proportion of completed and coherent fields. Results: A total of 2,630 cases were reported; completeness was found to be very poor in the variable "occupation" (48.9%) and poor in the variables "schooling" (68.3%) and "time of occurrence" (67.9%); in the analysis of temporal trends, only the variable "occupation" showed a decreasing trend (p = 0.045). Conclusion: The data analyzed demonstrated the need for improvement in the completeness of the variables "schooling", "occupation" and "time of occurrence" of the violent act.


Resumen Objetivo: Analizar la tendencia temporal en el grado de completitud y consistencia de los datos de notificación sobre violencia contra mujeres indígenas en la macrorregión sanitaria de Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil, entre los años 2009-2020. Métodos: Estudio de series de tiempo ecológicas con datos del Sistema de Información de Enfermedades de Declaración Obligatoria; se utilizó la regresión de Prais-Winsten para analizar la tendencia de completitud; para mantener la coherencia, se utilizó la proporción de campos completados y coherentes. Resultados: Se notificaron 2.630 casos; la exhaustividad fue muy pobre en la variable ocupación (48,9%) y pobre en las variables educación (68,3%) y tiempo de ocurrencia (67,9%); en el análisis de tendencia temporal, sólo la variable ocupación mostró una tendencia decreciente (p = 0,045). Conclusión: Los datos analizados demuestran la necesidad de mejorar la completitud de las variables educación, ocupación y tiempo de ocurrencia del acto violento.


Resumo Objetivo: Analisar a tendência temporal do grau de completitude e a consistência dos dados de notificação de violência contra as mulheres indígenas da macrorregião de saúde de Dourados, Mato Grosso do Sul, Brasil, entre os anos de 2009 e 2020. Métodos: Estudo ecológico de série temporal, sobre dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação; utilizou-se a regressão de Prais-Winsten para analisar a tendência da completitude dos dados e sua consistência, a proporção de campos preenchidos e coerentes. Resultados: Foram notificados 2.630 casos; a completitude revelou-se muito ruim na variável "ocupação" (48,9%) e ruim nas variáveis "escolaridade" (68,3%) e "hora da ocorrência" (67,9%); na análise de tendência temporal, apenas a variável "ocupação" apresentou tendência de redução (p = 0,045). Conclusão: Os dados analisados demonstraram a necessidade de melhoria na completitude das variáveis "escolaridade", "ocupação" e "hora da ocorrência" do ato violento.

18.
Epidemiol. serv. saúde ; 33: e2023993, 2024. tab, graf
Artigo em Inglês | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1557749

RESUMO

ABSTRACT Objective To analyze the association between intimate partner violence during pregnancy (IPVP) and quality of life (QOL). Methods A cross-sectional study was conducted with pregnant women receiving care in Primary Health Care in the municipality of Criciúma, Santa Catarina state, Brazil, in 2022; QOL was assessed in the physical, psychological, social relationship and environmental domains using WHOQOL-Bref instrument; IPVP was evaluated by means of the World Health Organization Violence Against Women; Crude and adjusted linear regression analyses were performed. Results A total of 389 pregnant women were evaluated; IPVP was observed in 13.6% of cases; in the adjusted analysis, IPVP remained associated with physical, psychological and social relationship domains; pregnant women who experienced IPVP had a reduction in their QOL score by 9.77, 11.07 and 8.95 points, respectively, when compared to those who did not experience IPVP. Conclusion IPVP was associated with poorer QOL in the physical, psychological and social relationships domains. Health services equipped to address and prevent violence against pregnant women are essential.


RESUMEN Objetivo Analizar la asociación entre violencia de pareja durante el embarazo (VPE) y calidad de vida (CV). Métodos Estudio transversal con mujeres embarazadas en Atención Primaria de Salud, se evaluó la CV en los dominios físico, psicológico, relaciones sociales y entorno (WHOQOL-Bref); la VPE fue evaluada por la Organización Mundial de la Salud; se realizaron análisis de regresión lineal bruta y ajustada. Resultados Se evaluaron 389 gestantes. La VPE estuvo presente en el 13,6% de las gestantes; en el análisis ajustado, la violencia de género permaneció asociada a aspectos físicos, psicológicos y a las relaciones sociales; las mujeres embarazadas que sufrieron VPE presentaron disminución de 9,77; 11,07 y 8,95 puntos de CV en comparación con quienes no sufrieron VPE. Conclusión La VPE se asocia con una peor calidad de vida en los ámbitos físico, psicológico y de relaciones sociales; los servicios de salud preparados para combatir la violencia son esenciales para prevenir los casos de violencia durante el embarazo.


RESUMO Objetivo Analisar a associação entre violência por parceiro íntimo na gestação (VPIG) e qualidade de vida (QV). Métodos Estudo transversal, com gestantes atendidas na Atenção Primária à Saúde, em Criciúma, Santa Catarina, Brasil, em 2022; avaliou-se a QV quanto aos domínios físico, psicológico, das relações sociais e do meio ambiente (WHOQOL-Bref); a VPIG foi avaliada pela World Health Organization Violence Against Women; foram realizadas análise de regressão linear bruta e ajustada. Resultados Foram avaliadas 389 gestantes; a VPIG esteve presente em 13,6%; na análise ajustada, a VPIG manteve-se associada aos aspectos físico, psicológico e das relações sociais; gestantes que sofreram VPIG tiveram reduzidos 9,77, 11,07 e 8,95 pontos no escore de QV, respectivamente, quando comparadas às que não sofreram VPIG. Conclusão A VPIG esteve associada à pior QV nos domínios físico, psicológico e das relações sociais; serviços de saúde preparados para o enfrentamento e prevenção da violência contra gestantes são essenciais.

19.
Saúde Soc ; 32(4): e230595pt, 2023.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-1530401

RESUMO

Resumo Neste artigo, retomo uma cena de violência contra a mulher que vivenciei no ano de 2003 no curso de uma pesquisa etnográfica sobre relações de gênero no Programa Saúde da Família em Recife (PE), para refletir sobre os dilemas éticos da pesquisa antropológica e, especificamente, sobre as dimensões afetivas e emocionais do fazer etnográfico em campos sensíveis. Para isso, reproduzo os trechos do diário de campo que compõem a cena de violência e faço uma análise pormenorizada dos eventos que se sucederam à agressão, pela chave de duas emoções: "medo dos homens" e "impotência", que ajudam a compreender as reações da equipe de saúde e da própria antropóloga. O reencontro da cena em questão, 20 anos depois, no contexto da apresentação de uma pesquisa contemporânea sobre violência contra a mulher, me permite problematizar mudanças e permanências dos modos de fazer etnografias em saúde em campos sensíveis.


Abstract In this article, I look back at an ethnographic scene of violence against women that I observed in 2003, during ethnographic research on gender relations in the Family Health Program, in Recife (Brazil), to discuss the ethical dilemmas of anthropological research and, specifically, the affective dimensions and emotional aspects of ethnographic work in sensitive fields. To that end, I reproduce the excerpts from my fieldnotes comprising the scene of violence and analyze in detail the series of events that took place after the aggression, based on two emotions: "fear of men" and "impotence," which help to understand the reactions of health team and the anthropologist herself. Reencountering the scene, 20 years later, in the context of the presentation of a contemporary research on violence against women allows me to discuss changes and continuities in the ways we do ethnographic research on health issues in sensitive fields.


Assuntos
Ética , Antropologia Cultural
20.
Mundo saúde (Impr.) ; 47: e13932022, 2023.
Artigo em Inglês, Português | LILACS-Express | LILACS | ID: biblio-1443850

RESUMO

A violência contra a mulher é considerada um problema de saúde pública em decorrência de sua magnitude e transcendência no mundo. Assim, estudos sobre a temática são relevantes para subsidiar a articulação de ações de prevenção, redução dos casos e atenção às vítimas. O objetivo desse estudo foi analisar os casos de violência contra a mulher no estado do Maranhão, no período de 2011 a 2019. Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal, ecológica e com abordagem quantitativa, realizada a partir de dados secundários de notificações de violência contra mulheres em idade reprodutiva (10 a 49 anos), obtidos no Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Foram registrados 12.275 casos no estado, com predomínio dos episódios de vitimização entre mulheres na faixa etária de 20 a 29 anos (n=3.863; 31,5%), na raça parda (n= 8.883; 72,4%) e com escolaridade entre a 5º e 8ª série do ensino fundamental (n= 3.200; 26,1%). Verificou-se o predomínio de violência contra a mulher perpetrada de repetição (n= 4.784; 39,0%), com ocorrência na residência da vítima (n= 8.374; 68,2%), sendo praticada sobretudo na forma de violência física (n= 8.239; 67,1%) e tendo parceiro íntimo como principal perpetrador. Além disso, notou-se um número elevado de campos em branco nas informações referentes ao encaminhamento da vítima para o setor saúde. Os resultados apresentados mostram a relevância da violência contra a mulher, a prevalência, recorrência e gravidade no estado do Maranhão, evidenciando a necessidade de intervenções mais efetivas.


Violence against women is considered a public health problem due to its magnitude and transcendence in the world. Thus, studies on the subject are relevant to support the creation of actions toward prevention, the reduction of cases, and care for victims. The objective of this study was to analyze cases of violence against women in the state of Maranhão, from 2011 to 2019. This is a descriptive, cross-sectional, ecological study with a quantitative approach, carried out from secondary data of notifications of violence against women of reproductive age (10 to 49 years old), obtained from the Notifiable Diseases Information System of the Department of Informatics of the Unified Health System. A total of 12,275 cases were registered in the state, with a predominance of victimization episodes among women aged 20 to 29 years (n=3,863; 31.5%), of mixed race (n=8,883; 72.4%), and with an education between the 5th and 8th grades of elementary school (n= 3,200; 26.1%). There was a predominance of violence against women perpetrated repeatedly (n= 4,784; 39.0%), occurring in the victim's residence (n= 8,374; 68.2%), practiced mainly in the form of physical violence ( n= 8,239; 67.1%), and having an intimate partner as the main perpetrator. In addition, there was a high number of blank fields in the information regarding the referral of the victim to the healthcare sector. The results presented show the relevance of violence against women, its prevalence, recurrence, and severity in the state of Maranhão, highlighting the need for more effective interventions.

SELEÇÃO DE REFERÊNCIAS
Detalhe da pesquisa