Tripsina é necessária na ativação da clivagem do vírus influenza A
in vitro. Esta clivagem é importante para
entrada do vírus na célula por
endocitose mediada pelo receptor celular.
Bactérias presentes no
trato respiratório são fontes de
proteases que podem contribuir na replicação do vírus influenza in vivo. Entre 47 amostras coletadas de
cavalos,
suínos e
humanos, a
influenza foi isolada e confirmada em 13 que estavam co-infectadas com
bactéria flagelada
Stenotrophomonas maltophilia desde o início destes experimentos. Apesar do
tratamento das amostras com
antibióticos, as
bactérias resistiram em diversas delas (48.39%). A
protease (
elastase), secretada pela
Stenotrophomonas maltophilia, desenvolveu
papel decisivo na potencialização da
infecção pelo vírus influenza. Essa atividade proteolítica foi detectada pelo teste de
ágar-
caseína. Amostras positivas para o vírus influenza isolado em
animais, bem como em
humanos tiveram potencialização da
infectividade (ECP) em
células MDCK e NCI-H292, sempre que a
Stenotrophomonas maltophilia esteve presente. Os referidos microorganismos,
bactéria e
vírus foram observados ultra-estruturalmente. Esses achados
in vitro demonstram como
complicações respiratórias podem ocorrer in vivo, através da contribuição de
protease microbiana, provocando aumento da
inflamação ou destruição dos inibidores celulares de
proteases endógenas, nos hospedeiros susceptíveis à
influenza.