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Estudo da influência do processamento das amostras de sistema nervoso central no diagnóstico da raiva em herbívoros pela técnica de imunofluorescência direta

Silveira, Vitória Bueno Vilela.
São Paulo; s.n; 2020. 82 p. ilus. , graf.
Tese Português | SES-SP | ID: biblio-1053175
A raiva é uma doença infecciosa aguda causada por um vírus RNA neurotrópico, que compromete todo o sistema nervoso central (SNC). Seres humanos e animais são susceptíveis à doença gerando um grande impacto econômico e social. A reação de imunofluorescência direta (IFD) para a detecção de antígenos virais nas impressões do tecido nervoso obtidas post-mortem é considerada o teste padrão-ouro pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A sensibilidade e especificidade da técnica de IFD também depende do título, afinidade e do conjugado (fluorocromo e anticorpo) utilizado. Embora seja padrão ouro, estudos indicam que a IFD perde grande sensibilidade quando se diagnostica raiva em equinos. Como o vírus não se distribui uniformemente pelo SNC, é recomendado pela OMS que se faça a IFD com corte transversal do tronco encefálico O presente trabalho tem o objetivo de investigar a influência dos fatores inerentes ao processamento das amostras de SNC relacionada com o diagnóstico da raiva em herbívoros. Além disso, aproveitou-se o ensejo e comparou-se o resultado do uso de anticorpos monoclonal e policlonal na IFD, além de também confrontar se há grande distinção entre uso das glicerinas de pH = 7,6 e 9,0. No período de maio a novembro de 2019, o Instituto Pasteur de São Paulo (IP) recebeu 192 amostras congeladas ou refrigeradas de SNC de herbívoros, sendo que 126 foram bovídeos e 66 equinos. No entanto, apenas 31 bovídeos (24,6%) e 28 equinos (42,4%) destes dispunham do tronco encefálico (TE), totalizando assim 59 animais. Dentre essas amostras com presença de TE, o presente estudo utilizou somente as amostras positivas para raiva que foram diagnosticadas pelo IP [12 bovinos (31,78%) e 5 equinos (17,86%)]. As regiões anatômicas do TE foram identificadas e classificadas da seguinte forma mesencéfalo, ponte e bulbo. Essas regiões foram subclassificadas em cranial, médio, caudal. Para cada região/sub-região que foi feito o corte transversal, quatro lâminas foram utilizadas, sendo duas lâminas para o anticorpo monoclonal (uma utilizando glicerina com pH 7,6 e outra com pH 9,0); e duas lâminas para o anticorpo policlonal (uma utilizando glicerina com pH 7,6 e outra com pH 9,0). A leitura das lâminas foi realizada de acordo com quatro critérios número de corpúsculos de inclusão; intensidade de brilho da fluorescência; tamanho dos corpúsculos de inclusão; e dispersão desses corpúsculos pela lâmina. Observou-se que o mesencéfalo foi a região do tronco encefálico que possui os maiores corpúsculos de inclusão. Além disso, o anticorpo policlonal apresentou melhor performance, o que facilita o diagnóstico. Não se observou grandes diferenças entre as glicerinas de pH 7,6 e pH 9,0. Verificou-se que os profissionais envolvidos na coleta das amostras do SNC geralmente realizam procedimentos incompletos, ou seja, na retirada de material encefálico nem todas as estruturas de SNC são coletadas devido a difícil localização. Os anticorpos policlonal e monoclonal possuem seus valores de importância conforme o presente estudo indica. Quando são utilizados dois tipos de conjugados (monoclonal e policlonal) de modo concomitante para realizar a técnica de IFD, observa-se vantagem diagnóstica, permitindo a detecção de amostras em estado de decomposição, ou mesmo variantes com características mais polimórficas como aquelas observadas em amostras derivadas de sagui (AU).
Biblioteca responsável: BR84.1
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