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Células HEK-293: uma alternativa para isolamento viral no diagnóstico da raiva

Zamudio, Raphaela Mello.
São Paulo; s.n; 2020. 38 p. tab.
Tese Português | SES-SP | ID: biblio-1053182
A raiva é uma zoonose que afeta o Sistema Nervoso Central (SNC) de todos os mamíferos, causada pelo Rabies lyssavirus (RABV) esta doença é de grande importância para a saúde pública mundial. A prova padrão ouro utilizada para a identificação do RABV é a Imunofluorescência Direta (IFD), recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O isolamento viral em cultivo celular (IVCC) pode ser utilizado como teste complementar, a fim de confirmar a detecção do antígeno viral identificado pela IFD. No Brasil, o Instituto Pasteur é o laboratório Referência Nacional para o diagnóstico da raiva, este realiza a técnica de IVCC em células neuroblastoma de murino (Neuro-2a) desde 2004. O RABV, porém, é capaz de infectar diversas linhagens celulares além das células Neuro-2a, incluindo células renais de filhotes de hamster (Baby Hamster Kidney - BHK-21), células embrionárias de pintinhos (Chicken Embryo Related ­CER) e células embrionárias de rim humano (Human Embryonic Kidney cells- HEK-293). As células Neuro-2a e BHK-21 são as mais utilizadas respectivamente para IVCC e testes sorológicos ou produção de vírus. As células HEK-293, no entanto, podem ser uma opção nesse contexto, pela presença de proteínas neuronais, como receptores muscarínicos de acetilcolina. Considerando a referência nacional atribuída ao Instituto Pasteur e as características das células HEK-293, este trabalho avaliou a capacidade de adaptação de amostras de RABV nestas células e ainda sua sensibilidade para o IVCC. Para o protocolo de adaptação de vírus, seis amostras de RABV com linhagens genéticas de morcegos não hematófagos foram inoculadas em células HEK-293 em placas de 6 orifícios incubadas por 72 horas à 37°C e 5% de CO2, descongeladas e congeladas 3 vezes e então passadas novamente em células HEK- 293 até completar 10 passagens. Já para o IVCC foi realizada a adição de suspensões cerebrais de 20 amostras de diferentes animais em placa de 96 poços com célula HEK-293 com posterior incubação à 5% de CO2 e 37°C em diferentes tempos (24, 48 e 72h), adotando duas condições diferentes com adsorção de 2 horas e sem adsorção. Ambos os protocolos foram fixados e revelados com anticorpo policlonal antivírus da raiva conjugado com isotiocianato de fluoresceína (FITC) e lidos em microscópio de fluorescência. Tanto para a adaptação de vírus como para o IVCC, foi realizada a comparação com os resultados obtidos em células Neuro-2a. Os resultados mostram que para adaptação de amostras de RABV provenientes de morcegos não hematófagos, a linhagem celular Neuro-2a foi mais eficaz. Já em relação ao IVCC com célula HEK-293, observou-se resultados satisfatórios comparado ao IVCC em células Neuro-2a. Assim, esses resultados sugerem que a linhagem celular HEK-293 é uma potencial alternativa para uso no âmbito laboratorial da raiva (AU).
Biblioteca responsável: BR84.1
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