Evolução tardia das próteses biológicas e mecânicas em posição aórtica / Late evolution of biological and mechanical prostheses in aortic position
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo
; 30(2 Suppl. B): 194-194, abr-jun., 2020. graf.
Article
em Pt
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| ID: biblio-1117253
Biblioteca responsável:
BR79.1
RESUMO
INTRODUÇÃO:
Apesar da constante renovação e aprimoramento das próteses valvares cardíacas a decisão sobre substituição por prótese biológica ou mecânica permanece controversa.OBJETIVO:
Esse estudo avalia pacientes submetidos à cirurgia para troca valvar aórtica utilizando substituto biológico ou mecânico.MÉTODOS:
Estudo observacional, do tipo coorte histórica por análise de prontuário. Foram selecionados 202 pacientes operados entre 2004 e 2008, com seguimento médio de 10 anos.RESULTADOS:
A probabilidade de sobrevida livre de óbito por qualquer causa e reoperação foi significativamente maior em pacientes tratados com prótese biológica em comparação com a prótese mecânica (HR = 0,33; 95% intervalo de confiança [IC] 0,13-0,79; p =0,013). Foram observados oito óbitos num período de 10 anos no grupo de pacientes portadores de prótese biológica e cinco no grupo de prótese mecânica. Esses dados correspondem a um percentual ajustado de 6,11% de mortalidade para o grupo de prótese biológica e 7,9% para prótese mecânica (p = 0,68). A análise de reoperação isolada evidenciou uma diferença significativa a favor da prótese mecânica (HR = 0,062; IC = 0,008-0,457; p = 0,006), principalmente para menores de 30 anos, quando analisados por subgrupo. Num período de 10 anos, dezenove pacientes portadores de prótese biológica foram reoperados, correspondendo a um percentual de 21,24% e nenhum paciente do grupo de prótese mecânica. O risco de eventos adversos composto de acidente vascular cerebral, sangramento, endocardite, trombose e regurgitação paraprotética não foi diferente entre os grupos (HR = 1,20; IC 95% = 0,74-1,93; p = 0,44). O risco de sangramento foi significativamente maior em pacientes tratados com prótese mecânica em comparação com a prótese biológica (HR = 3,65; IC 95% = 1,43-9,29; p = 0,0064), porém não houve sangramento fatal.CONCLUSÕES:
Não há diferença de mortalidade em 10 anos entre os dois grupos. Há um aumento significativo no risco de reoperação ao se optar por próteses biológicas, principalmente para os menores de 30 anos. Já os pacientes portadores de prótese mecânica têm maior risco de sangramento não fatal. Figura 1 - Curva de Kaplan-Meier para avaliar probabilidade de sobrevida livre de eventos (óbito ou reoperação). Figura 2 - Gráfico de forest plot do efeito dos eventos adversos em relação ao tipo de prótese (mecânica ou biológica).
Texto completo:
1
Coleção SES:
Producao_cientifica
Base de dados:
SES-SP
/
SESSP-IDPCPROD
Assunto principal:
Bioprótese
/
Substituição da Valva Aórtica Transcateter
Tipo de estudo:
Observational_studies
/
Prognostic_studies
Idioma:
Pt
Ano de publicação:
2020
Tipo de documento:
Article
/
Congress and conference