Introdução A
doença causada pelo novo
coronavírus (
Covid-19 ), o
SARS-CoV-2 (severe acute respiratory syndrome coronavirus 2), foi declarada uma
pandemia pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) em 11 de março de 2020.1 Por analogia a outras
infecções respiratórias , principalmente com base na
pandemia de 2009 do vírus influenza H1N1,2,3 esperava-se um aumento de
casos de
pneumonia e progressão para
choque séptico com
síndrome do desconforto respiratório agudo entre os receptores de
transplante de órgão sólido com
Covid-19 em comparação com a
população não transplantada.4 Porém, a
imunossupressão no
transplante poderia teoricamente revogar a
síndrome hiperinflamatória secundária à
tempestade de citocinas , responsável pela maioria das mortes pela
Covid-19 .5,6 Dados sobre a
imunossupressão que potencialmente poderiam levar a apresentações clínicas atípicas ou aumentar o
risco de
eventos adversos na presença de
Covid-19 são conflitantes.7,8 Relatamos nossa experiência com
transplantados de
coração (TxC) diagnosticados com
Covid-19 em uma
instituição com programa de TxC desde 1992 em São Paulo,
Brasil .