Modificando estratégias terapêuticas em pacientes em fila cirúrgica de revascularização do miocárdio baseado em novas evidências: decisão por Heart Team / Modifying therapeutic strategies in patients waiting for myocardial revascularization surgery based on new evidence: decision by Heart Team
Artigo
Português
| CONASS, SES-SP, SES SP - Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, SES-SP | ID: biblio-1284164
INTRODUÇÃO:
Novos fármacos e procedimentos percutâneos têm modificado a evolução da doença aterosclerótica coronariana. Estudos recentes demonstraram importantes modificações nas estratégias terapêuticas. Durante a pandemia de Covid-19 houve uma significativa redução dos procedimentos cirúrgicos. Neste cenário, a lista cirúrgica para revascularização do miocárdio foi reavaliada por um Heart Team (HT), consistindo em clínicos, hemodinamicistas e cirurgiões, todos seniors.
Dos 157 pacientes originalmente incluídos em fila cirúrgica, 29 pacientes (18%) tiveram sua estratégiaterapêutica modificada, sendo 12 para tratamento clínico e 17 para tratamento percutâneo. A idade média dos pacientes foi 65,6 anos, sendo 66 anos no grupo clínico e 62,2 anos no gruposubmetido à ICP. 72% eram do sexomasculino, 86% eram hipertensos, 62% diabéticos, 17% tinham doença renal crônica, 51% com história de tabagismo e 20% eram obesos. 65% tinham história de Infarto Agudo do Miocárdio e 13% já haviam sido submetidos à angioplastia coronária. A fração de ejeção de ventrículo esquerdo média foi 51,6%. 27% eram assintomáticos, 27,6% referiam angina CCS 1 ou 2, e 33% dispneia NYHA I ou II. 44% das indicações de CRM iniciais foram realizadas por um único cardiologista assistente. Discussão Pacientes com anatomia passível e graves lesões coronarianas tiveram sua estratégiaterapêutica modificada para ICP. Pacientes pouco sintomáticos ou de elevado risco cirúrgico foram mantidos em tratamento clínico. Estes pacientes terão acompanhamento específico como parte deste estudo. A maior parte (82%) dos pacientes mantiveram a indicação cirúrgica, baseado em complexidade anatômica e sintomatologia. A impossibilidade de realização de CRM devido a pandemia trouxe grandes desafios na tomada de decisão destes pacientes de alto risco.
CONCLUSÃO:
A reavaliação da fila de CRM por HT, baseado nas atuais evidências permitiu a redução do número de indicações de CRM para pacientes com DAC complexa. O seguimento desses pacientes fornecera informações relevantes sobre modificações de estratégias terapêuticas.