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Miopericardite como complicação tardia de infecção por COVID-19 / Myopericarditis as a late complication of COVID-19 infection

Santos, Barbara Vidigal dos; Fonseca, Isabella Moreira Gonzalez; Oliveira, Jose Ayrton Macedo Guimaraes de.
Arq. bras. cardiol ; 117(4 supl.1): 24-24, out., 2021.
Artigo Português | CONASS, SES-SP, SES SP - Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, SES-SP | ID: biblio-1292864

INTRODUÇÃO:

Infecção viral é uma das causas mais comuns de miocardite. O novo coronavírus (Sars-Cov-2) tem um amplo espectro clínico, desde pacientes assintomáticos e oligossintomáticos até a síndrome respiratória aguda grave. A patogênese da miocardite na COVID-19 é incerta, mas são descritas a disfunção endotelial, a ligação linfocitária aos miócitos cardíacos e a ação de citocinas inflamatórias. O PCR, que detecta RNA viral, pode ser positivo após 37 dias do início dos sintomas. DESCRIÇÃO DO CASO Feminina, 48 anos, hígida, procurou o pronto-socorro em junho de 2020 com dispneia de caráter progressivamente limitante às atividades diárias que se iniciou há um mês, evoluindo, em três semanas, para dor torácica ventilatório-dependente. Referiu febre e tosse seca no início do quadro, sem outros sintomas. O eletrocardiograma inicial mostrava ritmo sinusal, bloqueio de ramo esquerdo e sobrecarga de câmaras esquerdas. Medida da troponina não-reagente. Tomografia de tórax admissional com vidro fosco bilateral < 50%, e PCR para Sars-Cov-2, mesmo após um mês de sintomas, foi positiva. O ecocardiograma transtorácico (06 de junho) demonstrou hipocinesia difusa de VE com fração de ejeção (FEVE) de 28% (Simpson), além de derrame pericárdico (DP) discreto, lâmina de 12 mm, sem sinais de repercussão hemodinâmica. Na internação, evoluiu com insuficiência cardíaca (IC) descompensada, necessitando da administração parenteral de inotrópico e vasopressor. A ressonância magnética cardíaca evidenciou áreas de fibrose mesocárdica no segmento septal nas porções basal e média, além de realce tardio mesoepicárdico com edema em segmentos inferior e inferolateral médio e basal, sugerindo processo inflamatório miocárdico agudo/subagudo. A inflamação se estendia também ao pericárdio, com DP circunferencial adjacente. Após 3 dias de internação, as drogas parenterais foram suspensas, com introdução de medicações orais para tratamento de IC, com otimização gradativa. Evoluiu com importante melhora sintomática, mantendo disfunção ventricular (FEVE 30%) e DP discreto. Recebeu alta no início de julho e, atualmente, está em seguimento ambulatorial na seção de miocardiopatias. Em última consulta, encontrava-se em classe funcional I de NYHA em uso de terapia medicamentosa para IC.

CONCLUSÃO:

Relatamos o caso de uma miopericardite subaguda como provável complicação tardia de uma infecção por coronavírus em paciente jovem hígida.

Assuntos

COVID-19 Miocardite
Biblioteca responsável: BR79.1
Selo DaSilva