O retorno às atividades presenciais das escolas na pandemia: análise dos casos de covid-19 em crianças no município de Franco da Rocha/SP / The return to the face-to-face activities of schools in the pandemic: analysis of cases of covid-19 in children in the municipality of Franco da Rocha/SP
Tese
Português
| SES-SP, SES SP - Instituto de Saúde, SES-SP, SES SP - Acervo Instituto de Saúde, SES SP - Especializações, SES-SP | ID: biblio-1362342
Introdução:
Frente à declaração de situação de pandemia pelo novo coronavírus pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2020, fez-se necessário a investigação acerca dos impactos na saúde infantil dado as peculiaridades significativas acerca de casos de COVID-19 em crianças, que exigem cautela. Apesar de estudos iniciais indicarem que crianças são menos acometidas pela doença em relação a adultos e que, em geral, apresentam quadros assintomáticos ou leves, a complexidade do fenômeno e as lacunas de conhecimento ainda configuram um cenário de incertezas. Com o retorno às atividades presenciais nas escolas no Brasil em 2021, é importante investigar o impacto desse fenômeno na saúde infantil, assim como identificar o perfil de crianças mais vulneráveis a fim de se construírem políticas de saúde adequadas.
Objetivo:
O presente trabalho busca avaliar os casos de COVID-19 em crianças de 0-9 anos no município de Franco da Rocha, São Paulo, antes e após o retorno presencial às atividades escolares.
Nas EMEBs de Franco da Rocha, 102 casos de COVID-19 foram confirmados no período analisado, sendo 5 casos em crianças, o que corresponde a 4,9% do total. No município, foram 1010 casos notificados de Sg e 117 de Sg por COVID-19, com maior número de notificações no mês de maio e junho de 2021. Os casos leves de COVID-19 foram mais frequentes em crianças brancas, do sexofeminino e menores de 1 ano de idade. A distribuição dos casos por faixa de idadeindica que não houve aumento de casos com a reabertura escolar. No mesmo período, foram notificados 31 casos de Srag e 2 casos de Srag por COVID-19. Os casos graves de COVID-19 foram do sexomasculino, brancos, entre 5 a 9 anos. Não houve necessidade de internação em UTI ou óbitos infantis no período analisado. Entretanto, o preenchimento não adequado das informações dos critérios de raça/cor e classificação final da doença comprometem as análises. No Diálogo Deliberativo, frente aos resultados do estudo, foi apontada a dificuldade de tomada de decisão diante de um cenário sem precedentes na saúde, alívio frente ao não aumento expressivo dos casos de COVID-19 após a reabertura escolar e a necessidade de implementação e adaptação de medidas de mitigação da transmissão do vírus.