O artigo apresenta a discussão dos controles sociais que cercam a prática sexual de
adolescentes no
Brasil e que visam a contenção da
atividade sexual destes indivíduos, principalmente das
meninas , e a atualização desses
discursos na
construção do problema da
gravidez na adolescência , colocando-os como objetos de intervenção e de individualização
fruto de problemas e responsabilidades femininas, influenciados por uma
visão desigual de
gênero que desconsidera o desejo
feminino .
Chama também a
atenção para a responsabilidade do
Estado e da área de
Saúde Pública em democratizar informações e
acesso às tecnologias contraceptivas que permitam o direito ao livre
exercício da
sexualidade deste público, não relacionando a prática com a
gravidez , atendendo o
interesse que os
adolescentes têm enquanto sujeitos de direitos, inclusive de
autonomia , com
proteção e
sigilo de sua
intimidade .