Secretaria de Estado da Saúde - BVS

A Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo foi descrita pela primeira vez em 1967, por Ashbaugh et al. Seu diagnóstico requer a presença de opacidade radiográfica bilateral na ausência de insuficiência cardíaca esquerda ou com pressão da artéria pulmonar menor ou igual a 18 mmHg, com uma relação entre apressão parcial de oxigênio no sangue arterial e a fração inspirada de oxigênio (PaO2/FiO2) menor que 200 mmHg. As tensões mecânicas próprias desta síndrome podem ser pioradas com o uso inadequado da ventilação mecânica, podendo ocorrer a hiperdistensão de alvéolos normais e abertura e fechamento cíclico de alvéolos comprometidos. Há alguns anos, o propósito da assistência ventilatória consistia em ajustar os ventiladores com parâmetros o mais próximos do fisiológico. Já o conceito atual, busca promover suporte ventilatório protetor, ou seja, ventilar evitando os efeitos adversos da ventilação mecânica. Portanto, o presente estudo tem como objetivo mostrar as diversas formas citadas por vários autores sobre a melhor maneira de ventilar um pulmão acometido pela SDRA, assim como a importância da estratégia protetora e a manobra de recrutamento alveolar como uma tentativa de abrir alvéolos colapsados, para obter uma melhor troca gasosa e permitir redução do suporte ventilatório. Para isso, foi realizada uma revisão bibliográfica através de consulta a artigos experimentais e clínicos, nacionais e internacionais, que abordavam a clínica e o tratamento da SDRA com enfoque na ventilação mecânica. Os artigos foram encontrados na base de dados Bireme, MedLine, SciElo, LILACS, CAPES, além de livros e sites de busca, de 1967 a 2008. Após extensa revisão da bibliografia, pode-se sugerir que a assistência ventilatória é primordial para o sucesso do tratamento de indivíduos acometidos pela SDRA, sendo indispensável a utilização de critérios para a escolha da melhor estratégiaventilatória, com o objetivo de minimizar a ocorrência de LPIV, colaborando com...