A fibrilaçäo atrial é uma arritmia comum na clínica, acompanhando-se de sintomas exuberantes, quando sua manifestaçäo é aguda. Pode ser secundária a causas cardíacas (insuficiência cardíaca, coronariopatias), distúrbios metabólicos, endócrinos, eletrolíticsos e do sistema nervoso central. A identificaçäo da causa básica tem importância fundamental para a terapêutica. Se houver descompensaçäo hemodinâmica, a cardioversäo elétrica é imperativa. Em pacientes estáveis, o controle da resposta ventricular, a sedaçäo e o repouso säo suficientes para se obter reversäo do distúrbio. O tratamento medicamentosos será indicado se näo for conseguido o restabelecimento do ritmo normal com as medidas anteriormente citadas. A anticoagulaçäo nem sempre é necessária nas crises agudas; entretanto, nos casos com episódios frequentes ou com cardiopatia manifesta, essa conduta deverá ser tomada, antes da cardioversäo. A prevençäo de recorrências, com o uso de medicamentos, estará indicada nos enfermos com antecedentes de paroxismos frequentes, podendo ser temporária em indivíduos sem cardiopatia.