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Avaliação muito tardia do uso de stents farmacológicos para tratamento de pacientes com lesões em enxertos de veia safena: experiência de uma década do Registro DESIRE / Very late evaluation of the use of drug-eluting stents for the treatment of patients with saphenous vein graft lesions: one-decade experience of the DESIRE Registry

Bernardi, Bruno Palmieri; Sousa, Amanda G. M. R; Costa Junior, J. Ribamar; Moreira, Adriana; Costa, Ricardo A. da; Cano, Manuel; Maldonado, Galo; Campos Neto, Cantídio; Egito, Enilton; Romano, Edson; Pavanello, Ricardo; Sousa, J. Eduardo.
Rev. bras. cardiol. invasiva ; 21(2): 115-120, abr.-jun. 2013. tab
Artigo Português | LILACS, SES-SP | ID: lil-681943

INTRODUÇÃO:

A intervenção coronária percutânea (ICP) em pontes de safena ainda representa um desafio à cardiologia intervencionista, pelas complicações agudas e pela escassez de dados referentes à efetividade tardia dos stents farmacológicos (SFs).

MÉTODOS:

Entre maio de 2002 e janeiro de 2013, pacientes submetidos a ICP com SF no Hospital do Coração foram incluídos no Registro DESIRE. Avaliamos os resultados de pacientes submetidos a ICP em pontes de safena (grupo 1), que foram comparados aos submetidos a ICP em vasos nativos (grupo 2).

RESULTADOS:

De um total de 4.655 pacientes, 311 foram incluídos no grupo 1 e 4.344, no grupo 2. O grupo 1 contou com pacientes mais idosos (68,4 ± 9,7 anos vs. 64 ± 11,2 anos; P < 0,01), com mais pacientes do sexo masculino (87,1% vs. 76,7%; P < 0,01) e com maior incidência de comorbidades. Angina instável foi a apresentação clínica mais frequente nesse grupo. Pacientes do grupo 1 receberam stents de maior calibre (3,18 ± 1,11 mm vs. 2,86 ± 0,43 mm; P < 0,01) e foram submetidos menos frequentemente a pré-dilatação (36,3% vs. 50,7%; P < 0,01) e a pós-dilatação (38,3% vs. 58,4%; P < 0,01). Apresentaram mais infarto agudo do miocárdio não-fatal na fase hospitalar (11,3% vs. 4,1%; P < 0,01) e mais eventos cardiovasculares adversos maiores na fase tardia (32,8% vs. 13,9%; P < 0,01), à custa de óbito cardíaco (7,7% vs. 3,2%; P = 0,02) e de revascularização da lesão-alvo (9% vs. 4,3%; P < 0,01). Trombose definitiva do stent foi mais frequente no grupo 1 (3,5% vs. 1%; P < 0,01).

CONCLUSÕES:

A despeito do inquestionável benefício dos SFs nos resultados tardios de ICP em pacientes complexos, o tratamento de pacientes com lesões em pontes de safena ainda permanece um desafio, com resultados agudos e tardios menos favoráveis que os de pacientes com lesões em vasos nativos.
Biblioteca responsável: BR44.1
Selo DaSilva