Minimally invasive bypass of the left anterior descending coronary artery.

RESUMO

Introdução: A revascularização minimamente invasiva da artéria descendente anterior tem ganho popularidade. Recentemente, o surgimento de novos instrumentos cirúrgicos e aperfeiçoamento da técnica, permitiu que seja utilizada por rotina. O seu uso em Heart Team permite excelentes resultados. O nosso objetivo é apresentar os resultados do nosso centro, dos doentes submetidos a esta técnica. Métodos: Estudo retrospetivo dos doentes submetidos a revascularização minimamente invasiva da artéria coronária descendente anterior, no nosso centro. Resultados: Foram identificados 14 doentes. A média de idade foi de 67 anos. Do total de procedimentos, 79% foram eletivos e 21% urgentes. A função ventricular encontrava-se conservada em 86% dos doentes. No cateterismo pré-operatório, 64% dos doentes apresentou doença única da descendente anterior, 29% lesão do tronco e 3 vasos e 7% lesão de 2 vasos. O Euroscore II médio foi de 4,8%. O tempo médio de cirurgia foi 103 minutos, com uma perda média de sangue de 250mL. As principais complicações foram deiscência da ferida operatória e revisão da hemóstase. A média de internamento foi de 6,2 dias. A taxa de sobrevida hospitalar foi 100%. Conclusão: A cirurgia minimamente invasiva permite a revascularização da artéria coronária mais importante, com o melhor conduto. A revascularização pode ser total, em doença única da descendente anterior, ou em caso de doença multivaso, conseguida com revascularização híbrida, com angioplastia dos restantes vasos. Esta técnica tem-se mostrado promissora e segura, sendo a discussão dos doentes candidatos em Heart Team, essencial para obter os melhores resultados.