RESUMO
Physical activity engagement is a key strategy to improve population health and quality of life. How-ever, studies show that physical activity counseling by physicians is low, and one of the main barriers reported is lack of specific knowledge. The aim of this study is to describe the existence of health-related physical activity content in the curricula of Brazilian Medicine undergraduate courses. A census-type descriptive study was carried out. Online documentation available in institutional websites of all Brazilian Medicine courses curricula were assessed and, when not available, faculty members were contacted. In 2015 we identified 233 medicine courses in Brazil, using data from the Brazilian Ministry of Education. We assessed the documentation in detail of 158 courses (67.8%). We ob-served that only 12% of curricula presented health-related physical activity and/or physical exercise contents. This proportion was higher in public Medical schools compared to private ones (21.5% vs. 5.4%; p = 0.002). Teaching of health-related physical activity in Brazilian Medicine courses is scarce. We highlight the need for adjustment of curricula considering the well-established benefits of physical activity for public health.
A prática de atividade física é uma estratégia fundamental para melhorar a saúde e a qualidade de vida populacional. No entanto, estudos mostram que o aconselhamento de atividade física por parte dos médicos é baixo e uma das principais barreiras relatadas é a falta de conhecimento específico. O objetivo deste estudo é descrever a existência de conteúdo de atividade física relacionada à saúde nos currículos dos cursos de graduação em Medicina no Brasil. Foi realizado um estudo descritivo do tipo censo, avaliando a documentação on-line disponível em sites institucionais de todos os currículos dos cursos de Medicina do país e quando esta documentação não estava disponível, foi feito contato com os coordenadores. Em 2015 foram identificados 233 cursos de medicina no Brasil, utilizando dados do Ministério da Educação do Brasil. Em 158 cursos (67,8%) foi possível avaliar a documentação em detalhes. Observamos que apenas 12% dos currículos apre-sentavam em seus currículos/disciplinas conteúdo sobre atividade física e/ou exercício físico relacionado à saúde. Essa proporção foi maior nas instituições públicas em comparação às escolas particulares de Medicina (21,5% vs. 5,4%; p = 0,002). O ensino de atividade física relacionada à saúde nos cursos de Medicina no Brasil é escasso. Destacamos a necessidade de ajuste curricular considerando os benefícios conhecidos da atividade física para a saúde pública.