RESUMO
BACKGROUND: Malignant infarction of the middle cerebral artery (MCA) occurs in a subgroup of patients with ischemic stroke and early decompressive craniectomy (DC) is one of its treatments. OBJECTIVE: To investigate the functional outcome of patients with malignant ischemic stroke treated with decompressive craniectomy at a neurological emergency center in Northeastern Brazil. METHODS: Prospective cohort study, in which 25 patients were divided into two groups: those undergoing surgical treatment with DC and those who continued to receive standard conservative treatment (CT). Functionality was assessed using the modified Rankin Scale (mRS), at follow-up after six months. RESULTS: A favorable outcome (mRS≤3) was observed in 37.5% of the DC patients and 29.4% of CT patients (p=0.42). Fewer patients who underwent surgical treatment died (25%), compared to those treated conservatively (52.8%); however, with no statistical significance. Nonetheless, the proportion of patients with moderate to severe disability (mRS 4â5) was higher in the surgical group (37.5%) than in the non-surgical group (17.7%). CONCLUSION: In absolute values, superiority in the effectiveness of DC over CT was perceived, showing that the reduction in mortality was at the expense of increased disability.
Assuntos
Craniectomia Descompressiva , Acidente Vascular Cerebral , Brasil , Humanos , Infarto da Artéria Cerebral Média/diagnóstico por imagem , Infarto da Artéria Cerebral Média/cirurgia , Estudos Prospectivos , Acidente Vascular Cerebral/cirurgia , Resultado do TratamentoRESUMO
ABSTRACT Background: Malignant infarction of the middle cerebral artery (MCA) occurs in a subgroup of patients with ischemic stroke and early decompressive craniectomy (DC) is one of its treatments. Objective: To investigate the functional outcome of patients with malignant ischemic stroke treated with decompressive craniectomy at a neurological emergency center in Northeastern Brazil. Methods: Prospective cohort study, in which 25 patients were divided into two groups: those undergoing surgical treatment with DC and those who continued to receive standard conservative treatment (CT). Functionality was assessed using the modified Rankin Scale (mRS), at follow-up after six months. Results: A favorable outcome (mRS≤3) was observed in 37.5% of the DC patients and 29.4% of CT patients (p=0.42). Fewer patients who underwent surgical treatment died (25%), compared to those treated conservatively (52.8%); however, with no statistical significance. Nonetheless, the proportion of patients with moderate to severe disability (mRS 4‒5) was higher in the surgical group (37.5%) than in the non-surgical group (17.7%). Conclusion: In absolute values, superiority in the effectiveness of DC over CT was perceived, showing that the reduction in mortality was at the expense of increased disability.
RESUMO Introdução: O infarto maligno da artéria cerebral média (ACM) ocorre em um subgrupo de pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico e a craniectomia descompressiva (CD) precoce é um de seus tratamentos. Objetivo: Investigar o desfecho funcional de pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico maligno submetidos à craniectomia descompressiva em um centro de emergência neurológica do nordeste do Brasil. Métodos: Nesta coorte prospectiva, os pacientes foram divididos em dois grupos: aqueles submetidos a tratamento cirúrgico com craniectomia descompressiva (CD) e aqueles que mantiveram tratamento conservador (TC) padrão. A funcionalidade foi avaliada por meio da Escala de Rankin modificada (ERm) ao final de seis meses de seguimento. Resultados: Evidenciou-se desfecho favorável (ERm≤3) em 37,5% dos pacientes craniectomizados e em 29,4% dos pacientes não craniectomizados (p=0,42). A mortalidade foi menor no grupo de pacientes que se submeteram a tratamento cirúrgico (25%) do que entre aqueles tratados conservadoramente (52,8%), porém sem significância estatística. Por outro lado, a proporção de pacientes com incapacidade moderada a grave (ERm 4‒5) foi maior no grupo cirúrgico (37,5%) do que no grupo não cirúrgico (17,7%). Conclusão: Em valores absolutos, percebeu-se superioridade na eficácia do tratamento cirúrgico sobre o conservador, mostrando que a redução de mortalidade se dá à custa de aumento da incapacidade funcional.
Assuntos
Humanos , Acidente Vascular Cerebral/cirurgia , Craniectomia Descompressiva , Brasil , Estudos Prospectivos , Resultado do Tratamento , Infarto da Artéria Cerebral Média/cirurgia , Infarto da Artéria Cerebral Média/diagnóstico por imagemRESUMO
Descrevemos nossa experiência em 32 pacientes submetidos a fixaçao da coluna vertebral cervical por via posterior através de amarrilho interespinhoso com fios de aço e enxerto ósseo, retirado do ilíaco, no período de janeiro-1996 a maio-1997 no Serviço de Neurocirurgia do Hospital Municipal Dr. José Frota. Os resultados no período de um ano, de acordo com a escala funcional de Frankel, indicam que dos pacientes que no ingresso apresentavam algum grau de lesao neurológica, 11 melhoraram, 1 piorou e 1 faleceu de infecçao respiratória. Nao houve piora em nenhum daqueles que na admissao apresentavam ausência de lesao neurológica. Mostramos que o método cirúrgico utilizado é eficaz na fusao da coluna cervical após lesao aguda traumática com comprometimento dos ligamentos posteriores, além de ser uma abordagem de baixo custo.
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Criança , Adolescente , Adulto , Pessoa de Meia-Idade , Transplante Ósseo , Fixação Interna de Fraturas/métodos , Traumatismos da Coluna Vertebral/cirurgiaRESUMO
Quarenta e um pacientes com fraturas e deslocamentos agudos da coluna vertebral cervical, secundários a trauma, foram tratados no Hospital Municipal Instituto Dr.JosT Frota e no Hospital Neurocentro em Fortaleza, no período de 2 anos (maio de 1994 a maio de 1996). Dezessete pacientes apresentavam-se, na admissäo, com lesäo medular completa, 6 pacientes com mielopatia incompleta e 18 pacientes sem lesäo medular. Após o alinhamento da coluna, empregamos a técnica cirúrgica de fixaçäo com amarrilho posterior e enxerto ósseo em 17 pacientes, 3 dos quais com fratura luxaçäo cervical alta. Em 19 pacientes empregamos a discectomia por via anterior ou corpectomia quando se fez necessßrio, com enxerto ósseo intersomático. Em 5 pacientes, que apresentavam lesöes dos ligamentos posteriores com material extruso dentro do canal, empregamos a combinaçäo das duas técnicas, sempre iniciando pela via anterior. No seguimento mínimo de 3 meses após a lesäo e máximo de 23 meses, houve melhora de A para D, de acordo com a escala funcional de Frankel, em 2 pacientes, de A para C em 2 pacientes e de A para B em 4 pacientes. Dois pacientes com deslocamento de C4 sobre C5 e que foram admitidos em grau A faleceram por insuficiência respiratória até 15 dias após o tratamento cirúrgico. Dos pacientes que na admissäo apresentavam-se com mielopatia incompleta, só 2, até o presente momento, näo apresentaram melhora evidente.