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Mortalidade perinatal: comportamento em um município de grande porte / Perinatal mortality: behavior in a large municipality

Silva, Fernanda Luz Gonzaga da.
São Paulo; s.n; 2020. 116 p.
Tese em Português | LILACS | ID: biblio-1123196
Introdução: Apesar das iniciativas para a redução da mortalidade infantil, a preocupação com relação às causas perinatais de mortalidade tem se restringido à sobrevivência dos nascidos vivos, e pouca atenção tem sido dada às mortes fetais. Propiciar a identificação das ações de prevenção, além de aumentar a visibilidade sobre o problema, pode favorecer o planejamento de ações para a melhoria da assistência à gestante e aos recém-nascidos. Objetivo: Analisar a mortalidade perinatal no município de São Paulo (MSP). Método: Estudo descritivo, de abordagem quantitativa, que utilizou dados secundários extraídos do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e do Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC), nos anos de 2010 a 2018, do MSP. A população do estudo foi composta por todos os fetos e neonatos registrados nos sistemas durante o período (12.593 óbitos fetais e 8.158 óbitos neonatais precoces). Utilizaram-se variáveis de caracterização: do óbito, da criança, sociodemográficas e maternas. Realizou-se a caracterização do MSP de acordo com alguns indicadores demográficos, socioeconômicos e assistenciais. Analisou-se a magnitude das taxas de mortalidade fetal, neonatal precoce e perinatal por mil nascimentos segundo as seis Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) do município, de 2010 a 2018; a completude das variáveis relacionadas ao óbito fetal e neonatal precoce; a caracterização desses óbitos segundo CRS em 2018; e, posteriormente, a análise de tais óbitos de acordo com possíveis critérios de evitabilidade baseados no peso, segundo a lista brasileira de evitabilidade. Resultados: As CRS Leste, Norte e Sul apresentaram maiores coberturas de atenção básica, e a CRS Oeste as menores. Aponta-se uma estabilidade nos indicadores de mortalidade fetal, neonatal precoce e perinatal de 2010 a 2018, sendo que as CRS Leste e Norte tiveram as maiores taxas médias no período para todos os óbitos (fetal=9,1 e 8,0; neonatal precoce=5,9 e 5,7; perinatal=14,9 e 13,6, respectivamente), com valores acima da média do MSP (fetal=8,1; neonatal precoce=5,2 e perinatal=13,3, respectivamente). Observa-se um excelente preenchimento para a maioria das variáveis do SINASC em relação ao SIM. Tanto no óbito fetal quanto no neonatal precoce houve predomínio, no ambiente hospitalar, de fetos do sexo masculino, com muito baixo peso, localizados em áreas com maior exclusão, em mães de 31 a 40 anos, com variação na escolaridade e tipo de maternidade. Já o óbito fetal concentrou-se antes do parto, atestado pelo SVO e de parto vaginal; e o óbito neonatal precoce concentrou-se depois do parto, atestado por médicos, em neonatos de raça/cor branca e sem variação do tipo de parto, conforme a CRS. Identificou-se maior concentração de óbitos potencialmente evitáveis por adequada atenção à mulher no momento do parto (óbitos fetais). Com relação aos óbitos neonatais precoces, houve variação de evitabilidade entre as categorias. Considerações finais: Apesar da necessidade de estudos adicionais, os achados demonstraram estabilização das taxas, destacando a necessidade de investimentos que favoreçam a evitabilidade dos óbitos, como melhoria na atenção ao pré-natal e ao parto. Acrescenta-se a importância de qualificar os registros desses óbitos nos sistemas de informações em saúde.
Biblioteca responsável: BR67.1