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Identificação de doenças genéticas na atenção primária à saúde: experiência de um município de porte médio no Brasil / Identificación de enfermedades genéticas en la atención primaria de salud: experiencia de un municipio mediano en Brasil / Identification of genetic diseases in primary health care: experience of a medium county in Brazil

Santos, Cleyton Soares dos; Kishi, Renata Giannecchini Bongiovanni; Costa, Daniel Lima Gomes da; Silva, Danniel Sann Dias da; Narciso, Tânia Regina Franco; Avó, Lucimar Retto da Silva de; Germano, Carla Maria Ramos; Sandes, Kiyoko Abe; Acosta, Angelina Xavier; Melo, Débora Gusmão.
Rev bras med fam comunidade ; 15(42): 2347, 2020.
Artigo em Português | MMyP | ID: biblio-1127865
Problema Embora individualmente raras, somadas, as doenças genéticas têm prevalência global estimada de 31,5 a 73,0 por 1.000 indivíduos. Além disto, doenças genéticas e defeitos congênitos representam a segunda causa de mortalidade infantil no Brasil. Diante deste cenário, foi instituída a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no Sistema Único de Saúde. Esta política prevê funções específicas para Atenção Primária à Saúde (APS) que incluem diagnóstico precoce e mapeamento de pessoas com ou sob-risco de desenvolver doenças genéticas raras e/ou defeitos congênitos para encaminhamento regulado. Essa experiência objetivou colaborar com o desenvolvimento de métodos para o reconhecimento de indivíduos com ou sob-risco de desenvolver doenças genéticas na APS.

Métodos:

Através de visitas domiciliares e por meio do preenchimento de uma ficha específica, realizou-se busca ativa de casos de doença genética e/ou defeito congênito em uma amostra probabilística aleatória, representativa de uma Unidade de Saúde da Família de um município brasileiro de porte médio.

Resultados:

Foram investigados 295 domicílios, totalizando 1.160 indivíduos e 238 casais. A média de filhos por casal foi de 2,7, a frequência de consanguinidade foi 3,8% e de abortamento espontâneo foi 8,7%. Foram identificadas 29 pessoas (2,5%) com doenças congênitas, 11 (0,9%) com deficiências auditivas, 10 (0,9%) com deficiência mental e 6 (0,5%) com déficits visuais importantes. Atraso no desenvolvimento neuropsicomotor foi relatado em 8,8% das crianças e adolescentes. Doze indivíduos (1%) possuíam câncer e 9,6% relataram história familiar positiva para câncer.

Conclusão:

Os profissionais da APS estão em posição privilegiada para identificar e organizar uma rede de cuidados para indivíduos com doenças genéticas e/ou defeitos congênitos. A utilização sistemática de instrumentos que facilitem o reconhecimento de fatores de risco e de situações suspeitas pode ser uma estratégia útil a ser incorporada pela APS. (AU)
Biblioteca responsável: UY4.1