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Muitos termos, pouco conhecimento, políticas relegadas / Too many terms, too little knowledge, policies left behind

Malik, Ana Maria.
Consensus (Brasília) ; 33: 36-41, nov.-dez. 2019.
Artigo em Português | CONASS | ID: biblio-1127996
O tema do cuidado aos pacientes pós-agudos ainda soa estranho aos ouvidos do público, mas também dos profissionais de saúde. Independentemente de a área de cuidados paliativos existir há mais de 50 anos enquanto corpo de conhecimentos, ela tornou-se mais conhecida do público ­ pelo menos de técnicos ­ com o lançamento do livro Being Mortal. O Autor questiona a validade dos avanços das ciências da saúde no sentido de manter as pessoas vivas por muitos anos, a rigor, com elevados graus de dependência. Esse livro tem sido classificado, nas livrarias, de maneira equivocada, como de autoajuda, mas presta um serviço por lembrar as pessoas que somos todos mortais. No Brasil, falar em saúde confunde-se, no imaginário dos cidadãos, com acesso aos serviços de saúde. Esses, por sua vez, restringem-se ­ na prática ­ aos cuidados a pacientes agudos, no modelo tradicional queixa, consulta, conduta (intervenção) e alta. Esse modelo não prevê, de maneira geral, vínculo entre cidadão/paciente e profissional/serviço, retorno ao mesmo profissional/serviços nem acompanhamento por parte de algum sistema. Ou seja, nega, a priori, o termo integralidade dos cuidados, princípio do Sistema Único de Saúde (SUS) e premissa das chamadas redes de atenção à saúde. Em uma sociedade em que os indivíduos estão cada vez mais longevos, a assistência episódica é pouco eficiente, de baixa eficácia e apresentando qualidade discutível, estimulando repetição desnecessária de procedimentos e acumulando prescrições. No entanto, ainda se verifica desconhecimento das práticas dos chamados cuidados pós-agudos. Observa-se grande dificuldade de discutir seus componentes em um momento em que as definições de suas diferentes modalidades ainda são pouco claras e conhecidas. Mesmo no âmbito das definições dos estabelecimentos assistenciais do País, encontram-se, basicamente, as mais conhecidas, como hospital geral, hospital especializado, policlínica e clínica especializada. O conceito há muito não é novo. Desde os anos 1970, foi descrita no Brasil a experiência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, embora esta fosse centrada no centro hospitalar, e não no sistema.
Biblioteca responsável: BR1.1