Experiencias en la atención en salud de mujeres con anormalidades citológicas o cáncer de cuello uterino en dos departamentos fronterizos: una lucha entre la vida y el sistema de salud colombiano / Experiences in the Health Care of Women with Cytological Abnormalities or Cervix Cancer in Two Border Departments: A Struggle between Life and the Colombian Health System / Experiências na atenção em saúde de mulheres com anormalidades citológicas ou câncer de colo de útero em dois estados da fronteira: uma luta entre a vida e o sistema de saúde colombiano
Describir la experiencia en la atención en salud de mujeres con anormalidades citológicas con biopsia negativa para malignidad o cáncer de cuello uterino invasor no mayor a 2 meses, en los departamentos de La Guajira y Nariño, en Colombia, entre 2016 y 2017.
Metodología:
Se presenta el componente cualitativo de un estudio de métodos mixtos de triangulación convergente, a través de 10 entrevistas y 3 grupos focales. Participaron 9 mujeres con cáncer y 6 con anormalidades citológicas entre los 43 y 65 años de edad, 6 de ellas indígenas y 14 pertenecientes al régimen subsidiado.
The qualitative component of a mixed methods study of convergent triangulation is presented, through ten interviews and three focus groups. Nine women with cancer and six women with cytological abnormalities between 43 and 65 years of age participated; six of them were indigenous, and fourteen are enrolled to the subsidized health regime.
Barriers of various kinds for the timely access to treatment are exacerbated by baseline characteristics such as poverty and belonging to ethnic groups, turning survival into a daily struggle, which goes beyond the specific characteristics of the disease itself.
Foi apresentado o componente qualitativo de um estudo de métodos mistos de triangulação convergente, através de 10 entrevistas e 3 grupos de foco. Participaram 9 mulheres com câncer e 6 com anormalidades citológicas entre 43 e 65 anos da idade, 6 delas indígenas e 14 pertencentes ao sistema subsidiado.
Resultados:
As participantes mencionaram experiências negativas na atenção em saúde, pois enfrentaram múltiplos obstáculos para ter acesso ao diagnóstico e ao tratamento, como demora na marcação e autorização de consultas, exames e procedimentos; despesas com transporte para cidades capitais onde se oferece o serviço; dificuldades para ter acompanhamento familiar fora das suas comunidades de origem e barreiras idiomáticas para mulheres de comunidades indígenas. Apresentaram-se também, dificuldades de comunicação efetiva com o pessoal de saúde, o que levou a algumas participantes a não entender seu diagnóstico ou tratamento e a não se sentirem escutadas. A experiência do câncer gerou sofrimento, rejeição de pessoas do entorno social e despersonalização.
Conclusões:
As barreiras de diversas índoles para o acesso oportuno ao tratamento foram agudizadas por características de base como a pobreza e ao fato de pertencer a grupos étnicos, transformando a sobrevivência numa luta diária, que vai além das características próprias da enfermidade.