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As crenças dos enfermeiros relacionadas ao cuidado de recém-nascidos que morrem em UTI neonatal / Nurses beliefs associated to the care of newborns who die in the Neonatal Intensive Care Unit (NICU)

Ferro, Taís de Abreu.
São Paulo; s.n; 2019. 101 p
Tese em Português | LILACS, BDENF | ID: biblio-1397804

Introdução:

Conhecer quais as crenças dos enfermeiros que podem influenciar seu cuidado aos recém-nascidos que morrem na UTI Neonatal e suas famílias, adicionando evidencias para discussões sobre os aspectos culturais e pessoais dos enfermeiros no cuidado de fim de vida neonatal. O avanço da tecnologia estendeu a vida de muitos recém-nascidos prematuros e de alto risco na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. A UTI Neonatal é caracterizada por recursos tecnológicos sofisticados, que permitem oferecer suporte para manutenção da vida, mesmo que em condições de extrema gravidade. Atualmente a morte não é mais parte da vida e sim algo a ser escondido e desconfortável. Os profissionais envolvidos no cuidado seguem a dinâmica da luta incessante pela vida e pela cura e não se permitem questionar, conversar e pensar na morte. Acompanhar pacientes na morte ou em processo de morte gera, no profissional, inúmeros sentimentos. A morte é um tabu social, não sendo tarefa fácil discuti-la, tornando-se um tema ainda mais difícil quando está diretamente relacionado com recém-nascidos. Entender as crenças são uma forma de entender verdades sobre aquilo que as pessoas acreditam, movendo-se a partir disso para determinar seus comportamentos.

Objetivo:

Conhecer as crenças dos enfermeiros relacionadas ao cuidado durante a morte em UTI Neonatal e reconhecer crenças facilitadoras e limitantes para a prática de enfermagem no atendimento de recém nascidos que morrem em UTI Neonatal.

Método:

Trata-se de um estudo qualitativo que utilizou o Modelo de Crenças, como referencial teórico, e a Análise Temática, como referencial metodológico, para a análise das entrevistas dos enfermeiros. A coleta dos dados foi realizada pela pesquisadora no período de julho a novembro de 2018. Participaram do estudo 9 enfermeiros, que tinham idade entre 25 e 48 anos. O tempo de formação e o período de atuação em UTI Neonatal de 2 a 21 anos.

Resultados:

A análise possibilitou a revelação de onze categorias 1. Os enfermeiros podem prever a morte 2. O cuidado envolve empatia à família 3. A morte intimida 4. A morte envolve rituais 5. A morte comove 6. Recém-nascidos não deveriam morrer 7. A morte como falha 8. O recém-nascido pode ser salvo 9. A morte como solução 10. O cuidado envolve respeito ao recém-nascido 11. A morte acontece na UTI.

Conclusões:

O interesse em se pesquisar sobre morte e luto no período neonatal está em expansão, mas, mais do que pesquisar as reflexões após a prática, devemos entender o porquê fazemos o que fazemos e como podemos ajudar os enfermeiros a lidarem de forma mais adequada com um tema tão complexo entendendo sua ótica e suas verdades. Conhecer quais possíveis crenças movem os comportamentos e as decisões de cuidados dos enfermeiros durante a morte de recém-nascidos pode auxiliar as buscas de formas para sensibilizar e orientar esses profissionais. Não há crenças certas ou erradas, há somente crenças que facilitam ou limitam nossas práticas de cuidado. Entender os comportamentos que são reflexos das crenças dos profissionais auxilia e abre espaço para o acolhimento e a discussão por todos os membros da equipe.
Biblioteca responsável: BR41.1
Localização: BR41.1