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"A gente vive em cima da corda bamba": experiência de profissionais da saúde que trabalham com o HIV/aids em uma área remota do Nordeste brasileiro / "We live on the tightrope": the experience of health professionals working with HIV/AIDS in a remote area of Northeast Brazil / "Vivimos sobre una cuerda floja": experiencia de profesionales de salud que trabajan con VIH/SIDA en una área remota del Nordeste brasileño

Tavares, Thais Raquel Pires; Melo, Lucas Pereira de.
Cad. Saúde Pública (Online) ; 34(11): e00063618, 2018.
Artigo em Português | LILACS | ID: biblio-974591
Resumo Esta etnografia objetivou compreender a experiência de profissionais da saúde que trabalham em um Serviço de Atenção Especializada em HIV/aids num contexto de área remota, no Nordeste brasileiro. Para a coleta de dados, utilizaram-se observação participante e entrevista semiestruturada com sete profissionais que compunham a equipe do serviço estudado. Por meio da técnica de codificação temática, obtiveram-se três categorias "eu não sabia nem o que era" aspectos do vir a ser profissional especializado em HIV/aids; "está todo mundo lá meio que escondido" estratégias de enfrentamento à (in)visibilidade do status sorológico; e "a gente vive em cima da corda bamba" experiências no processo de trabalho. O aspecto mais relevante deste estudo diz respeito à invisibilidade institucional do serviço como reflexo da atual configuração do dispositivo da aids no Brasil. Os resultados assinalaram algumas dificuldades próprias de serviços localizados em áreas remotas, notadamente a inexperiência dos profissionais e seu agravamento pela carência de educação permanente, necessidades infraestruturais, o lugar das ações de saúde em HIV/aids na agenda política local e a centralidade do fazer médico na organização do processo de trabalho. Destacou-se, ainda, a agência dos interlocutores na produção de estratégias de enfrentamento dessas dificuldades. Este estudo acrescenta ao ressaltar a dimensão local como um marcador social da diferença que modelava as experiências dos interlocutores, pois é ali onde as diretrizes e os princípios da política de saúde são performados por profissionais, gestores e usuários compondo materialidades diversas.
Biblioteca responsável: BR1.1