A
revascularizaçao miocárdica sem circulaçao extracorpórea agora se constitui numa alternativa de
tratamento cirúrgico de
cardiopatia isquêmica de
interesse crescente. O objetivo deste
trabalho é apresentar os resultados obtidos ao longo de 15 anos de experiência ininterrupta. De setembro de l981 a março de 1996, 1549
pacientes foram operados sem o auxílio do
coraçao -
pulmao artificial, o que constitui cerca de 18 por cento do total de
pacientes operados no período. As idades variaram de 28 a 86 anos, oscilando em torno de 57 anos, sendo l126 do
sexo masculino e 423 do
feminino . O número de pontes variou de l a 5, com média de 1,7 pontes/
paciente . A
técnica nao constituiu problema especial para o
emprego de
enxertos arteriais, sendo as
artérias torácicas internas utilizadas em 1140
artérias coronárias . Em 1515
pacientes a via de acesso foi a
esternotomia mediana e, em 34, a
toracotomia anterior esquerda mínima. A
mortalidade operatória global foi de 2,4 por cento (38/1549), sendo a principal
causa o mau
débito cardíaco em
pacientes operados em
isquemia aguda, sendo 8 sob auxílio de
balao intra-aórtico . Os resultados desta experiência permitem concluir que a revascularizaçao do
miocárdio sem
circulaçao extracorpórea é uma excelente alternativa de revascularizaçao para determinado subgrupo de
pacientes , oferecendo baixa
mortalidade e
morbidade pós -operatória, sendo especialmente indicada em
pacientes com
complicaçoes clínicas pré-existentes e de maior
risco operatório.