A
investigaçäo sobre os efeitos da exposiçäo humana à
poluiçäo ambiental iniciou de maneira
sistemática, com abordagem científica, apenas no século XX, como conseqüência de uma
série de
acidentes ambientais percebidos por um significativo aumento na
mortalidade e com a
realizaçäo de
estudos epidemiológicos observacionais e toxicológicos em
animais. Tais estudos têm se concentrado nos países considerados desenvolvidos. Relata a experiência do
Laboratório de
Poluiçäo Atmosférica Experimental (LPAE), da
Faculdade de Medicina da
Universidade de Säo Paulo, no estudo dos mecanismos fisiopatológicos do
sistema respiratório em
face da exposiçäo aos
poluentes, utilizando abordagens experimentais e toxicológicas, complementadas com
estudos epidemiológicos observacionais na cidade de Säo Paulo. Descreve como esses estudos se inserem no panorama mundial, convergindo para um
consenso de que a
poluiçäo do ar é prejudicial à
saúde pública, e que esses efeitos säo observados inclusive em concentraçöes de
poluentes abaixo dos limites estabelecidos pela
legislaçäo ambiental em vigor, fornecendo dados valiosos para subsidiar a
tomada de decisöes políticas e econômicas para a melhoria do
meio ambiente.