Adesão ao tratamento é o fator mais importante para o controle efetivo da pressão arterial. É difícil detectar-se a falta de adesão e ainda mais difícil quantificá-la. Ela pode variar de zero a mais de 100 por cento em pacientes que usam mais do que as medicações prescritas. Cerca de 40 por cento a 60 por cento dos pacientes em tratamento não fazem uso da medicação anti-hipertensiva. A porcentagem é maior quando a falta de adesão relaciona-se a estilo de vida, como dieta, .atividade física, tabagismo, etilismo etc. Existe escassez de dados de índices de adesão no Brasil e no mundo, sendo que foram obtidos em diferentes tipos de população e com critérios variados. Estudos no Japão, Noruega, Estados Unidos, China, Alemanha, Gâmbia, Seychelles, Grécia e Eslováquia apresentaram respectivos índices de adesão à medicação de 65 por cento, 58 por cento, 51 por cento, 43 por cento, 32,3 por cento, 27 por cento, 26 por cento, 15 por cento e 7 por cento, mas a meta seria de ao menos 80 por cento. A não adesão ao tratamento da hipertensão é o principal fator para a falta de controle da pressão arterial em mais de dois terços dos indivíduos hipertensos