Hieróglifos egípcios, pinturas rupestres e esculturas da Antiguidade demonstram que a mulher sempre buscou instintivamente uma postura verticalizada na hora de parir. Atribui-se o fenômeno da horizontalização do parto ao advento dos cirurgiões obstétricos e à marginalização das parteiras na assistência obstétrica no século XVII. Estudos randomizados revelam que as posturas verticais durante o parto apresentam vantagens tanto do ponto de vista gravitacional como no aumento dos diâmetros pélvicos maternos quando comparado à litotomia dorsal devendo, portanto, ser adotadas preferencialmente na assistência ao parto - nível de evidência A. A mulher pode adotar a postura em que se sentir mais confortável (ereta ou sentada, de cócoras, de quatro ou de mãos-joelho e em decúbito lateral esquedo), e o profissional que a assiste deve conhecer as vantagens e desvantagens de cada uma delas. A posição litotômica tradiocional deve ser reservada somente aos partos vaginais operatórios por restringir a perfusão útero-placentária (síndrome da hipotensão supina) podendo levar à acidemia fetal