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Espessura tumoral como fator de risco independente para a recorrência precoce em portadores de carcinomas espinocelulares da cavidade oral / Tumor thickness as an independent risk factor of early recurrence in oral cavity squamous cell carcinoma

Matos, Leandro Luongo de; Pinto, Fábio Roberto; Kulcsar, Marco Aurélio Vamondes; Cavalheiro, Beatriz Godoi; Mello, Evandro Sobroza de; Alves, Venâncio Avancini Ferreira; Cernea, Cláudio Roberto; Brandão, Lenine Garcia.
Rev. bras. cir. cabeça pescoço (Online) ; 43(1): 6-11, jan.-mar. 2014. tab
Artigo em Português | LILACS-Express | ID: lil-733517

Introdução:

A espessura tumoral é reconhecidamente um fator de risco para a presença de metástases ocultas e para menor sobrevivência em carcinoma espinocelular da cavidade oral, porém o tratamento adjuvante desses pacientes não foi alterado. O intervalo livre de doença é outro fator associado a pior prognóstico, e é sabido que as recorrências precoces também diminuem a sobrevivência desses pacientes.

Objetivo:

Determinar se a espessura tumoral é um fator de risco para recorrências precoces em portadores de carcinomas espinocelulars de cavidade oral operados. Pacientes e

Métodos:

Estudo de coorte retrospectivo conduzido no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP) com 57 pacientes portadores de carcinomas espinocelulars de boca, exceto lábios, e virgens de tratamento prévio. Analisou-se o desenvolvimento de recorrência de doença (locorregional ou a distância) nos primeiros 12 meses após o tratamento inicial. Os aspectos histopatológicos dos espécimes foram analisados.

Resultados:

Espessura tumoral maior do que 10 mm (p=0,034), invasão angiolinfática (p=0,001), invasão perineural (p=0,041) e metástases linfonodais cervicais (p=0,021) apresentaram associação com menor sobrevivência livre de doença no primeiro ano após o tratamento (teste de LogRank). À análise multivariada, a espessura tumoral maior que 10 mm foi identificada como um fator de risco independente de progressão inicial da doença. A radioterapia pós-operatória pareceu representar um fator protetor contra a progressão inicial dos tumores com espessura superior a 10 mm.

Conclusão:

A espessura tumoral superiores a 10 mm representa um fator de risco independente para a progressão precoce do carcinoma espinocelular de cavidade oral cirurgicamente tratado. Terapias adjuvantes, especialmente a radioterapia, devem ser consideradas, a despeito da coexistência de outros fatores histológicos de risco bem estabelecidos.
Biblioteca responsável: BR1.1