Your browser doesn't support javascript.
loading
Mauriac Syndrome: A Rare Hepatic Glycogenosis in Poorly Controlled Type 1 Diabetes.
Patita, Marta; Nunes, Gonçalo; Alves de Matos, António; Coelho, Hélder; Fonseca, Cristina; Fonseca, Jorge.
Afiliação
  • Patita M; Hospital Garcia de Orta, Gastroenterology Department, Almada, Portugal.
  • Nunes G; Hospital Garcia de Orta, Gastroenterology Department, Almada, Portugal.
  • Alves de Matos A; CiiEM, Centro de Investigação Interdisciplinar Egas Moniz, Monte da Caparica, Portugal.
  • Coelho H; Hospital Garcia de Orta, Pathology Department, Almada, Portugal.
  • Fonseca C; Hospital Garcia de Orta, Gastroenterology Department, Almada, Portugal.
  • Fonseca J; Hospital Garcia de Orta, Gastroenterology Department, Almada, Portugal.
GE Port J Gastroenterol ; 26(5): 370-374, 2019 Aug.
Article em En | MEDLINE | ID: mdl-31559328
ABSTRACT

BACKGROUND:

Hepatic glycogenosis (HG) is a complication of poorly controlled type 1 diabetes mellitus (T1DM), characterized by glycogen accumulation in hepatocytes. Mauriac syndrome (MS) is a glycogenic hepatopathy, initially described in 1930, characterized by growth failure, delayed puberty, cushingoid appearance, hepatomegaly with abnormal liver enzymes, and hypercholesterolemia. HG is a condition with good prognosis and fast resolution after adequate glycemic control (although it has potential for relapse), with no case of evolution to end-stage liver disease described. CASE We describe a 26-year-old female, with T1DM complicated by severe retinopathy. The patient maintained poor glycemic control since childhood, presenting glycated hemoglobin persistently higher than 10% and recurrent episodes of ketoacidosis. In adolescence, she developed hepatomegaly and fluctuating elevation of aminotransferases and triglycerides. A small, nonrepresentative hepatic biopsy suggested macrovacuolar steatosis and mild fibrosis. After 15 years of diabetes, the patient was referred for gastroenterology clinic due to chronic diarrhea and exuberant hepatomegaly. Laboratory showed persistent elevation of aminotransferases and triglycerides. Bilirubin, iron metabolism, and coagulation were normal; viral serologies and autoimmune study were negative. Upper endoscopy, ileocolonoscopy, and enteroscopy presented no lesions. Abdominal magnetic resonance imaging displayed massive hepatomegaly. Liver biopsy was repeated showing marked nuclear glycogenization, mild steatosis, and no fibrosis; electron microscopy revealed very large deposits of glycogen and pleomorphic mitochondria with an unusually dense matrix, described for the first time in this entity. The diagnosis of MS variant and diarrhea due to autonomic neuropathy were assumed.

CONCLUSION:

Currently, HG is a well-recognized disease that occurs at any age and can be present without the full spectrum of features initially described for MS. In the era of insulin therapy, this entity represents a rare complication, caused by low therapeutic compliance.
RESUMO

INTRODUÇÃO:

A glicogenose hepática (GH) é uma complicação da diabetes mellitus tipo 1 (DM1) mal controlada, caracterizada pela acumulação de glicogénio nos hepatócitos. A síndrome de Mauriac (SM) é uma hepatopatia glicogénica, descrita inicialmente em 1930, caracterizada por atraso de crescimento, puberdade tardia, fácies cushingoide, hepatomegalia, elevação das enzimas hepáticas e hipercolesterolemia. A GH é uma condição com bom prognóstico e com rápida resolução após controlo adequado da glicémia (apesar de ter potencial para recidiva), não havendo descrito nenhum caso de evolução para end-stage liver disease. CASO Descrevemos o caso de uma mulher de 26 anos, com DM1 complicada por retinopatia grave. A doente manteve inadequado controlo glicémico desde a infância, apresentando hemoglobina glicada persistentemente superior a 10% e episódios recorrentes de cetoacidose. Na adolescência, desenvolveu hepatomegalia, elevação flutuante das aminotransferases e triglicéridos. A biópsia hepática sugeriu esteatose macrovacuolar e fibrose ligeira. Após 15 anos de evolução da diabetes, a doente foi encaminhada para consulta de gastrenterologia por diarreia crónica e hepatomegalia exuberante. Laboratorialmente verificou-se elevação persistente das aminotransferases e dos triglicéridos. A bilirrubina, o metabolismo do ferro e a coagulação eram normais; as serologias virais e o estudo auto-imune foram negativos. A endoscopia digestiva alta, ileocolonoscopia e enteroscopia não apresentavam alterações. A ressonância magnética abdominal mostrou hepatomegalia maciça. A biópsia hepática foi repetida, mostrando glicogenização nuclear acentuada, esteatose leve e ausência de fibrose; a microscopia eletrônica revelou depósitos volumosos de glicogênio e mitocôndrias pleomórficas com uma matriz extraordinariamente densa, descrita pela primeira vez nesta entidade. Foi assumido o diagnóstico de glicogenose hepática no contexto de SM e diarreia devido a neuropatia autonómica.

CONCLUSÃO:

Atualmente, a GH é uma entidade bem reconhecida que pode ocorrer em qualquer idade e pode estar presente sem o espectro completo das características descritas inicialmente para a SM. Na era da insulinoterapia, esta patologia representa uma complicação rara, causada pela baixa adesão à terapêutica.
Palavras-chave

Texto completo: 1 Coleções: 01-internacional Base de dados: MEDLINE Tipo de estudo: Prognostic_studies Idioma: En Ano de publicação: 2019 Tipo de documento: Article

Texto completo: 1 Coleções: 01-internacional Base de dados: MEDLINE Tipo de estudo: Prognostic_studies Idioma: En Ano de publicação: 2019 Tipo de documento: Article