Cardiac arrhythmias in patients presenting with COVID-19 treated in Portuguese hospitals: A national registry from the Portuguese Association of Arrhythmology, Pacing and Electrophysiology.
Rev Port Cardiol
; 40(8): 573-580, 2021 Aug.
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| MEDLINE
| ID: mdl-34629726
RESUMO
INTRODUÇÃO E OBJETIVOS: Em dezembro de 2019, o SARS-CoV-2 foi descoberto como agente da doença Covid-19. As arritmias cardíacas são reportadas como frequentes, mas a sua incidência é desconhecida. O objetivo deste trabalho foi entender a incidência de arritmias em doentes Covid-19 tratados em hospitais portugueses e entender as suas implicações prognósticas. MÉTODOS: A Associação Portuguesa de Arritmologia, Pacing e Electrofisiologia (APAPE) conduziu um inquérito em hospitais portugueses, documentando a ocorrência de arritmias em doentes com Covid-19, as suas caraterísticas clínicas, o uso de terapêutica experimental e o seu impacto no intervalo QT. RESULTADOS: Participaram 20 hospitais, reportando 692 doentes hospitalizados. Ocorreram episódios arrítmicos em 81 (11,7%), 64 (79%) com informação adicional. Documentaram-se arritmias de novo em 41 (64%) doentes, 45 (79%) do sexo masculino, idade mediana 73,5 (61-80,3) anos. Destes, 51 (79,7%) tinham comorbilidades associadas, maioritariamente hipertensão arterial (41, 64,1%). Dos 53 (82,3%) doentes sob terapêutica experimental, 7 (10,9%) tiveram aumento do intervalo QTc. Tiveram taquicardia ventricular 2 (3,1%) doentes, 5 (7,8%) bradicardia sinusal, 17 (26,6%) taquicardia paroxística supraventricular e 40 (7,8%) fibrilhação ou flutter auricular. Nenhum doente teve morte por causa arrítmica ou complicações associadas, à data do registo. CONCLUSÕES: Numa população de doentes com Covid-19, a incidência de arritmias é elevada, mas não associada a aumento de mortalidade cardíaca, apesar da ocorrência mais frequente em doentes graves e com falência multiorgânica. Independentemente do uso de terapêuticas experimentais, a incidência de arritmias ventriculares é baixa e a fibrilhação auricular e outras arritmias supraventriculares são as arritmias mais prevalentes.
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MEDLINE
Tipo de estudo:
Prognostic_studies
/
Risk_factors_studies
Idioma:
En
Ano de publicação:
2021
Tipo de documento:
Article