Estudo da correlação clínico-patológica e da freqüência da expressão imunoistoquímica de e-erbB-2, E-Caderina, Pan-Caderina, ß-Catenina e APC, em pacientes portadores de Osteossarcomas convencionais de extremidades / Study of the clinical-pathological and immunohistochemical expression of the frequency of e-erbB-2, E-Cadherin, Pan-Cadherin, ß-Catenin and APC in patients with conventional osteosarcomas of the extremities

RESUMO

Introdução: Osteossarcoma é o tumor ósseo maligno mais freqüente na criança e adulto jovem, cujo tratamento a partir dos anos 70 consiste em cirurgia e quimioterapia. Atualmente mesmo no grupo de pacientes sem doença metastática ao diagnóstico as taxas de cura estão entre 60 e 70% e naqueles com doença metastática ao diagnóstico entre 10 a 15%. Fatores clínicos e anatomopatológicos tradicionais são em geral insuficientes para predizer evolução e resposta tumoral, estudos de novos fatores prognósticos imunoistoquímicos e moleculares estão sendo realizados para auxiliar na seleção de pacientes de risco e realização de terapêutica mais efetiva com menor toxicidade. Pacientes e métodos: foram avaliados retrospectivamente 97 pacientes portadores de osteossarcoma de extremidade metastáticos ou não ao diagnóstico, com confirmação anatomopatológica, tratados com cirurgia e/ou quimioterapia na Fundação Antonio Prudente no período entre 1985 a 2000, com disponibilidade dos blocos de parafina do tumor primário e material adequado para novos cortes e estudo imunoistoquímico. Conclusão: dos marcadores imunoistoquímicos apenas o APC apresentou correlação com dados clínicos. Apesar da pequena casuística, a imunorreatividade negativa da Pan-caderina foi uma variável significativa para a sobrevida livre de doença (2 casos, p<0,001) e global (3 casos, p<0,001). Enquanto aqueles com APC positivo sem quimioterapia pós-operatória apresentaram prognóstico tão reservado quanto aquelas com perda da expressão do APC independente da quimioterapia. Como a literatura que associa estes marcadores Pan-caderina e APC com osteossarcoma é pobre, esses achados são importantes por estratificar grupos prognósticos. Assim poderemos oferecer uma terapêutica mais individualizada, mais agressiva no grupo de maior risco e poupar de maior toxicidade aqueles de menor risco. Para validação destes dados, estudos prospectivos, com maiores casuísticas são necessários