RESUMO
O tratamento endodôntico dos dentes decíduos com comprometimento pulpar é importante, pois dessa forma poderá ser mantido na cavidade bucal e servir de guia para os permanentes sucessores. Contudo algumas vezes esse procedimento determina o aparecimento de alterações no dente permanente. O objetivo da pesquisa foi analisar possíveis alterações produzidas nos dentes permanentes associadas ao número de sessões realizadas nos dentes decíduos (uma ou duas sessões) e aos tipos de medicamentos empregados como curativo de demora (paramonoclorofenol canforado (PMCC), formocresol (FC) tricresol-formalina (TF)). Considerando-se os números de tratamentos realizados, observou-se que os melhores resultados foram conseguidos quando o tratamento do dente decíduo foi realizado em dois atendimentos, com 90,5 por cento dos dentes permanentes sem alterações; enquanto que quando tratados em uma única sessão, os permanentes apresentaram alterações em 21,5 por cento da amostra. Quanto ao curativo utilizado, o TF apresentou-se como o menos satisfatório, encontrando-se 25 por cento dos dentes permanentes girovertidos, enquanto que com o emprego do FC, observou-se 12,5 por cento de alteração nos dentes permanentes. Para o grupo tratado com PMCC não foram observadas alterações, após 6 anos da realização do tratamento, podendo estar atribuído ao pequeno número de dentes avaliados. Baseado nos resultados os autores concluíram que o tratamento endodôntico dos dentes decíduos deveria ser realizado em dois atendimentos utilizando-se o curativo Formocresol