RESUMO
Introdução - Foi analisado o perfil bacteriológico da água utilizada nos reservatórios dos equipamentos odontológicos do Sistema Único de Saúde (SUS), no município de João Pessoa, PB, Brasil. O município possui 54 consultórios odontológicos em 45 Unidades Básicas de Saúde (UBS). Material e Métodos - Foi coletada água em dois pontos: na mangueira onde é adaptada a caneta de alta rotação e no reservatório de água. As amostras foram levadas ao Laboratório de Microbiologia da Superintendência de Administração do Meio Ambiente (SUDEMA) para análise através da técnica da membrana filtrante. Resultados - Foram entrevistados os diretores das UBS e os auxiliares de consultório dentário (ACD). Dos ACD, 62,4 por cento responderam que não tinham realizado nenhum curso de controle de infecção e de acordo com a formação destes, 47 por cento só possuem ensino médio completo. Em 64,7 por cento dos reservatórios, a água utilizada era proveniente de abastecimento público, em 23,5 por cento era proveniente do processo de destilação e 11,8 por cento utilizavam água mineral. A água era trocada em 58,8 por cento dos consultórios e completada em 41,2 por cento. Das 34 amostras analisadas verificou-se a contaminação em 14,7 por cento e resultados negativos em 85,3 por cento. Das cinco amostras contaminadas, três ocorreram na mangueira e duas no reservatório, sendo que uma amostra contaminada era proveniente de água mineral. Através do teste de Mc-Nemar não se comprova diferença significante no percentual de contaminação entre os dois tipos de local de coleta da água. Conclusão - Os resultados sugerem a utilização de água destilada nos equipos, pois a ausência de microrganismos constitui um fator importante na manutenção do controle microbiológico dos reservatórios de água dos equipos odontológicos e da saúde da população.