RESUMO
Analisar sob a ótica da Nova História Cultural os vestígios da loucura em Barbacena no conto de João Guimarães Rosa Sorôco, sua mãe, sua fi lha. Metodologia: O percurso metodológico contempla o universo da Nova História Cultural, pautado nas representações e apropriações apresentadas neste campo, pelo historiador Roger Chartier. Destacaram-se três categorias temáticas: As representações da loucura no trem de doido; Os vestígios da loucura presentes nos atos da mãe e filha de Sorôco; Convivendo com a loucura sob o olhar de Sorôco. Resultado/Discussão: O trem é descrito por Guimarães Rosa como um local inóspito, repleto de marcas da tristeza dos familiares que a cada viagem do trem embarcam seus parentes que não voltarão mais. Ele compara os vagões repletos de grades a uma prisão. O autor se propõem a caracterizar a loucura nos trejeitos, modo de vestir e atos das duas personagens, que como coadjuvantes, compuseram a representação da loucura da época. Considerações Finais: Os sentimentos apresentados pelo autor no conto estão presentes na atualidade, a sociedade ainda se indigna com tamanha cantoria e expressão dos ditos malucos, loucos, alienados. Os trens não tem mais celas, mas suas representações, as imagens formadas no imaginário sobre o fato histórico não podem se apagar.