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Saúde em retrospectiva e prospectivas / Health: looking backwards and forwards
Jacques, Paula.
Afiliação
  • Jacques, Paula; Universidade de Fortaleza. Fortaleza. BR
Rev. bras. promoç. saúde (Impr.) ; 30(4): 1-2, 06/12/2017.
Artigo em Inglês, Português | LILACS | ID: biblio-876510
Biblioteca responsável: BR1881.9
RESUMO
Nesse ano que ora está findando, a Saúde mundial enfrentou inúmeros desafios. Houve desastres sísmicos, furacões, vulcões em erupção, ataques terroristas, guerras e, como consequência, refugiados em situação de risco em vários países(1). (Re)emergiram doenças que poderiam estar controladas(2,3), como tuberculose, sífilis, AIDS, hipertensão, diabetes, hepatites, ebola, cólera, desnutrição grave, dengue, zica, entre outras. Além disso, surgiram síndromes e doenças que desafiam diagnósticos(3) enquanto diversos hospitais públicos agonizavam em diversos pontos do Brasil(4).Por outro lado, verificaram-se relatos de êxitos sucessivos no controle, tratamentos, desenvolvimento de vacinas, cirurgias e aparatos para erradicação de doenças, como a poliomielite nas Américas, que alegram e motivam a Saúde em todo o planeta(5). Nunca houve, como atualmente, tanta veiculação de ajuda humanitária e de solidariedade em notícias televisivas e nas redes sociais. Nobres trabalhadores da Saúde empenhados em, mais do que salvar vidas, resgatar refugiados, trazer esperança e alento a quem sofreu grandes perdas materiais e familiares(6). Se as redes sociais e a globalização expõem o fragilizado, também são capazes de encabeçar campanhas e salvarem, seja um bebê que precisa de um medicamento (Spiraza®) não disponível no Brasil e que custa um milhão de reais para seu tratamento contra a Atrofia Muscular Espinhal (AME)(7), sejam milhares de refugiados que deixam seus países em botes praticamente suicidas resgatados pelo Mar Mediterrâneo(8). A Revista Brasileira em Promoção da Saúde (RBPS) acredita no desenvolvimento da Promoção da Saúde pelo mundo, e se emociona com cada pequena ou grande boa notícia de auxílio ou ajuda a quem está precisando.Nesse ano, estimou-se mais de 500 milhões de pessoas vivendo em área de risco para zica, dengue e chicungunha em dados de março para as Américas(9). Em estados do Nordeste do Brasil, bebês com microcefalia, vitimados pelo terrível vírus zica, lutam bravamente por reabilitação e tratamento, enquanto a Saúde corre atrás de diagnóstico, prevenção, monitoramento e tratamento. Nesse ínterim, o mosquito transmissor continua causando problemas e permanece em latência aguardando o período chuvoso, cabendo ainda divulgar para as gestantes e a população em geral como podem se proteger das picadas do mosquito, bem como do crescimento e reprodução exagerados(10).Basta um breve olhar em notícias da Organização Panamericana de Saúde (OPAS/OPS) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo, para a apreensão de um dos maiores desafios do ano o enfrentamento à depressão(11). Infelizmente, houve aumento no índice de suicídios entre jovens e adolescentes, mas, em toda a parte e nas redes sociais, muito se veicula sobre a prevenção da depressão. Não apenas no Brasil, mas também nas Américas e demais países, campanhas se alastram em prol do bem-estar do paciente e de como a família pode ajudar. A ajuda tem nome e sobrenome. Com uma simples pergunta veiculada nas redes sociais da OPS-Paho "Como você pode ajudar alguém com depressão?", seguida por frases de efeito instruindo a como proceder. Estima-se auxílio e ajuda semeada em todos os lugares(12). Por meio do esporte, da música, da prática de meditação, de grupos de jovens que, pela religiosidade e espiritualidade, tudo e todos auxiliam, o enfrentamento do paciente depressivo à falta de alegria e da vontade de estar vivo, sendo lenta e gradualmente substituído pelo retorno ao normal. A Saúde, então, se beneficia das boas notícias, da rede de apoio e de alternativos substitutos para medicalização e tratamentos invasivos, trazendo à tona métodos que poderão beneficiar outras tantas pessoas. Por meio do saber científico divulgado em seus artigos, a RBPS auxiliou na Promoção da Saúde por meio do básico, como a alimentação. Veiculou nesse ano estudos sobre consumo alimentar e sua relação com doenças infecciosas(13); como fator de risco para câncer de intestino(14); e ainda a diferença entre homens e mulheres(15), ficando o alerta do perigo da ingesta exagerada de doces, alimentos processados, gordurosos e lanches não saudáveis para a saúde populacional. A promoção de saúde fundamenta-se em realizar atividades de modificação dos hábitos e costumes humanos, e a educação em saúde representa uma aliada fundamental nesse percurso, sendo vista na RBPS, por exemplo, sua importância com residentes de lares de adoção na cidade de Santiago, Rio Grande do Sul(16), ou sua atuação através da saúde bucal(17).Para gestantes, recém-nascidos, crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, a RBPS semeou atenção à saúde em suas páginas também neste ano, seja por meio das revisões de literatura, seja pelos dados epidemiológicos e relatos de experiência aqui divulgados. O ano foi profícuo e rico em informações de promoção à saúde a todas as faixas etárias. Não deixou passar esquecido o bem-estar de surdos, homens pós-infarto, hipertensos, diabéticos, pacientes internados em UTIs, internos de abrigos, cuidadores ou moradores de todas as regiões brasileiras e de outros países, de comunidades quilombolas ou de Cabo Verde. A RBPS apresenta resultados de estudos relevantes e eficientes, contribuindo para o papel de efetivar a promoção de saúde em suas páginas, trazendo discussões embriagantes sobre essa temática aos leitores de todas as áreas da saúde e afins. Finalmente, a RBPS continuará focada em contribuir positivamente para o fortalecimento da promoção da saúde coletiva e individual, ao publicar o produto advindo de representantes das mais diversas áreas da saúde, onde uns aprendem e apreendem com os outros, repercutindo no crescimento tanto da sua própria área quanto da saúde em geral.
ABSTRACT
Global Health has faced many challenges over the past year. There have been earthquakes, hurricanes, erupting volcanoes, terrorist attacks, wars, and, as a consequence, refugees at risk in several countries(1). Diseases that could be controlled have (re)emerged(2,3) ­ for instance, tuberculosis, syphilis, AIDS, hypertension, diabetes, hepatitis, Ebola virus, cholera, severe malnutrition, dengue, Zika virus, among others. In addition, there have been syndromes and diseases that have been difficult to diagnose(3) while several public hospitals have been overwhelmed in several parts of Brazil(4). On the other hand, there have been reports of successive success in the control and treatment and in the development of vaccines, surgeries and devices for the eradication of diseases, such as poliomyelitis in the Americas, which have led people all over the world to rejoice at Health and be motivated(5). There has never been so much humanitarian aid and solidarity in television news and social networks. Noble health workers have been committed to more than saving lives; they have rescued refugees and brought hope and encouragement to those who suffered great material and family losses(6). If social networks and globalization expose the fragile, they are also able to lead campaigns and save a baby who needs a drug (Spiraza®) that is not available in Brazil and that costs one million reais for the treatment of Spinal Muscular Atrophy (SMA)(7) or even thousands of refugees who leave their countries on suicidal boats rescued in the Mediterranean Sea(8). The Brazilian Journal in Health Promotion (Revista Brasileira em Promoção da Saúde ­ RBPS) believes in the development of Health Promotion around the world and is thrilled with every little or big good news on help or support to those in need. According to data from last March, more than 500 million people are estimated to be living in areas at risk of Zika, Dengue and Chikungunya in the Americas(9). In Northeastern Brazil, babies with microcephaly, who have been infected with the terrible Zika virus, fight bravely for rehabilitation and treatment while Health Services run after diagnosis, prevention, monitoring and treatment. In the meantime, the mosquito that transmits the virus continues to cause problems and remains in latency awaiting the rainy season. Importantly, pregnant women and the general population should be informed about how they can protect themselves from mosquito bites and avoid the exacerbated growth and reproduction of the mosquito(10). A quick look on news from the Pan American Health Organization (PAHO) and the World Health Organization (WHO) reveals one of the biggest challenges of the year coping with depression(11). Unfortunately, there has been an increase in the rate of suicide among young people and adolescents; however, depression prevention is addressed everywhere and in the social networks. Not only in Brazil, but also in the Americas and other countries, campaigns have advocated for the patient's well-being and family support. Help has first and last names. A simple question posted on the PAHO social networks ­ "How can you help someone with depression?" ­ is followed by powerful phrases instructing how to proceed. Help and support can be found everywhere(12). Sport, music, meditation practice and groups of young people who, through religiosity and spirituality, help each other can assist the depressed patient in the search for joy and will to live, slowly and gradually leading the patient back to normal. Health, then, benefits from the good news, the support network and alternatives to medicalization and invasive treatments, bringing to the fore methods that could help many people.Through the scientific knowledge disseminated in its articles, the RBPS helped in the Promotion of Health through the basic, such as nutrition. This year, the journal published studies on food consumption and its relationship with infectious diseases(13), food consumption as a risk factor for bowel cancer(14), and differences between men and women(15), warning of the danger related to excessive consumption of sweets, processed foods, fatty foods and unhealthy snacks for the population's health. Health promotion is based on activities to change human habits and customs, and health education is a key ally in this process, with the RBPS showing its importance for dwellers of foster homes in the city of Santiago, Rio Grande do Sul(16), or its provision through oral health(17). RBPS has also disseminated health care for pregnant women, newborns, children, adolescents, young adults and older people in its pages this year through literature reviews, epidemiological data and experience reports. The year was profitable and rich in health promotion information for all age groups. The well-being of deaf people, post-infarction men, hypertensive patients, diabetic patients, patients hospitalized in ICUs, people living in shelters, caregivers or people from all regions of Brazil and other countries, Quilombo communities or Cape Verde did not go unnoticed. The RBPS presents results of relevant and efficient studies, contributing to the role of putting health promotion into effect in its pages, bringing intoxicating discussions on this issue to readers of all health fields and the like. Finally, the RBPS will continue to focus on contributing positively to the promotion of collective and individual health by publishing the product from representatives of the most diverse fields of health, where some learn and apprehend from others, affecting the growth of both their own field and the general health.
Assuntos

Texto completo: Disponível Coleções: Bases de dados internacionais Contexto em Saúde: ODS3 - Saúde e Bem-Estar / Doenças Negligenciadas Problema de saúde: Meta 3.8 Atingir a cobertura universal de saúde / Meta 3.7 Acesso universal aos serviços de saude reprodutiva / Febre de Chikungunya / Cólera / Dengue / Tuberculose Base de dados: LILACS Assunto principal: Editorial Tipo de estudo: Fatores de risco Idioma: Inglês / Português Revista: Rev. bras. promoç. saúde (Impr.) Assunto da revista: Saúde Pública Ano de publicação: 2017 Tipo de documento: Artigo País de afiliação: Brasil Instituição/País de afiliação: Universidade de Fortaleza/BR

Texto completo: Disponível Coleções: Bases de dados internacionais Contexto em Saúde: ODS3 - Saúde e Bem-Estar / Doenças Negligenciadas Problema de saúde: Meta 3.8 Atingir a cobertura universal de saúde / Meta 3.7 Acesso universal aos serviços de saude reprodutiva / Febre de Chikungunya / Cólera / Dengue / Tuberculose Base de dados: LILACS Assunto principal: Editorial Tipo de estudo: Fatores de risco Idioma: Inglês / Português Revista: Rev. bras. promoç. saúde (Impr.) Assunto da revista: Saúde Pública Ano de publicação: 2017 Tipo de documento: Artigo País de afiliação: Brasil Instituição/País de afiliação: Universidade de Fortaleza/BR
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