Reflexões sobre as analogias psíquicas entre bebês e adolescentes

A partir do seu trabalho psicoterápico com pais-bebês, a autora interessouse

pelo livro “Sobre a Psicoterapia Pais-bebê: narratividade, filiação e transmissão”, de

Bernard Golse (2000), principalmente, pelo capítulo intitulado “Psicoterapia do bebê e do

adolescente: convergências”. Tomando o mesmo como referência teórica, propõe-se a

refletir sobre as analogias existentes entre bebês e adolescentes, no que diz respeito ao seu

funcionamento psíquico. Nesta linha, elege como ponto de partida o estudo das pulsões,

enfocando também a prevalência da comunicação pré-verbal e do narcisismo sobre a

objetalidade, bem como a importância do corpo e da agressividade até chegar na crucial

etapa de separação-individuação, tarefa central no processo de amadurecimento da criança

e do adolescente

Em pauta: a formação psicanalítica

Desde 2011 a Associação de Candidatos (AC) da Sociedade Psicanalítica de Porto

Alegre (SPPA) vem incentivando grupos de escrita, formados por colegas de diferentes

fases da formação, a construir e a apresentar trabalhos que contemplem os eixos temáticos

dos congressos da FEBRAPSI e da FEPAL aliados aos aspectos da formação psicanalítica.

Através deste artigo, buscamos apresentar o que até então produzimos. Iniciando pelo

tema tradição e invenção, perpassamos pelo medos e paixões, realidades e ficções, sonho

e ato e por fim, o corpo. Além de aprofundarmos nossos conhecimentos sobre a temática

da formação analítica, tivemos a rica experiência de intercâmbio criativo com colegas que

resultou na escrita de seis trabalhos, e o presente artigo. Entendemos que este processo faz

parte do que Bolognini (2014) chamou do quarto vértice da formação, referente à importância

da relação do analista com as atividades e vínculos institucionais