RESUMEN
Neste artigo, o autor tenta descrever e ilustrar como ele fala
com seus pacientes. Ele evita o uso de linguagem que convide o paciente
a se engajar predominantemente no pensamento do processo secundário
consciente, quando as dimensões inconscientes do pensamento são o
que é necessário. Ele valoriza os mal-entendidos porque eles tendem a
convidar a conjecturas, possibilidades, um senso de humildade, diante
da condição humana desconhecida e incognoscível. O autor constata
que as certezas do analista minam o processo analítico e o potencial de
crescimento psíquico do paciente. Ele discute as formas de descrever,
ao invés de explicar, na conversa analítica, que facilitam melhor o
processo analítico. Um exemplo clínico é fornecido em que o autor
discute seus próprios processos de pensamento enquanto conversa com
um de seus pacientes
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
En este trabajo el autor intenta describir e ilustrar cómo habla con sus pacientes. Evita
el uso de un lenguaje que invite al paciente a entrar en un pensamiento consciente, de
proceso secundario, cuando lo que se requiere son dimensiones inconscientes del pensar.
Valora los malentendidos porque tienden a invitar a la conjetura, a la posibilidad, a
un sentido de humildad, de cara a la condición humana desconocida e incognoscible. El
autor encuentra que la certeza de parte del analista socava el proceso analítico y el potencial
del paciente para el crecimiento psíquico. Discute los modos en los que describir,
como opuesto a explicar, en la conversación analítica, facilitan el proceso analítico.
Ofrece un ejemplo clínico donde el autor discute sus propios procesos de pensamiento
mientras habla con uno de sus pacientes
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
O autor discute as diferenças entre o que chama de psicanálise epistemológica
relacionada ao conhecimento e à compreensão, tendo como principais
autores Freud e Klein e o que chama de psicanálise ontológica relacionada ao
ser e ao tornar-se, tomando nesse caso como principais referências Winnicott e
Bion. Argumenta que, com Winnicott, a psicanálise deixa de estar centrada no
sentido simbólico do brincar, que passa a ser visto como experiência. Já com Bion
a psicanálise deixa de estar centrada no sentido simbólico dos sonhos, e a experiência
de sonhar passa a ser considerada em todas as suas formas. A ideia é que
a psicanálise epistemológica envolve sobretudo a busca por compreender sentidos
inconscientes. Por sua vez, o objetivo da psicanálise ontológica é permitir que o
paciente descubra sentidos de maneira criativa e que, nesse processo, se torne mais
plenamente vivo
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
O autor descreve o nascimento da psique conforme cinco teóricos da
psicanálise: Freud, Klein, Fairbairn, Winnicott e Bion. Vê isso como fundamental
para que possa evoluir uma nova e fértil forma de pensamento e clínica psicanalíticos.
A concepção de mente apresentada por cada um desses autores se desenvolve:
começa como aparelho para o pensamento (em Freud, Klein e Fairbairn) e
torna-se um processo localizado na experiência (em Winnicott e Bion). O trabalho
deles inaugura e transforma radicalmente tanto o pensamento daqueles que os precederam
como dos que os sucederam. Ao contar essas histórias do surgimento
da mente, e descrever esse conceito na obra de cada um daqueles teóricos, o autor
oferece não apenas sua estrutura narrativa e esclarecimentos acerca do trabalho
deles, mas também suas próprias interpretações e extensões dessas ideias
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
O autor acredita que a ênfase da psicanálise contemporânea mudou da compreensão do significado simbólico dos sonhos, do brincar, e das associações para o estudo dos processos de pensar, sonhar e brincar. Este artigo comenta a sua concepção de três formas de pensar - o pensamento mágico, o pensamento onírico e o pensamento transformativo - e fornece ilustrações clínicas em que cada uma dessas formas de pensar manifesta-se claramente. O autor vê o pensamento mágico como uma forma de pensar que subverte o pensamento genuíno e o crescimento psicológico, pois substitui uma realidade externa perturbadora por uma realidade psíquica inventada. Em contrapartida, o pensamento onírico - a nossa forma de pensar mais profunda - consiste em ver uma experiência emocional a partir de múltiplas perspectivas ao mesmo tempo, como, por exemplo, a dos processos primário e secundário de pensamento. O pensamento transformativo, por sua vez, cria um novo modo de ordenar as experiências que permite gerar tipos de sentimentos, formas de relações de objeto, e qualidade de ser na vida antes inimagináveis.
Asunto(s)
Pensamiento , FantasíaRESUMEN
Reflexões sobre os valores inerentes e necessários a uma boa prática psicanalítica, ou seja, cuidar de seu paciente com dignidade humana; possibilitar-lhe enfrentar a verdade de sua própria experiência. emocional; responsabilizar-se no cuidado ao analisando, participar no sonhar os sonhos não sonhados e interrompidos do paciente
Asunto(s)
Psicoanálisis , ÉticaRESUMEN
Neste trabalho, o autor explora a idéia de que a essência da psicanálise implicaum esforço por parte do paciente e do analista de articular o que é verdadeiroa uma experiência emocional, de uma forma que o par analítico possa utilizar,para fins de mudança psicológica. Com base na obra de Bion, o que é verdadeiro à experiência emocional humana é visto como independente da idéia do analista sobre isso. Nesse sentido, nós, como psicanalistas, não somos inventores das verdadesemocionais, mas observadores e escribas participantes. Todavia, ao mesmo tempo, no próprio ato de pensar e de dar uma forma verbal simbólica ao que intuímos como verdadeiro a uma experiência emocional, alteramos aquela verdade. Essa compreensão do que é verdadeiro é a base da concepção analítica da ação terapêutica da interpretação: ao interpretar, o analista simboliza verbalmente o que ele sente que é verdadeiro à experiência inconsciente do paciente e, ao fazerisso, altera o que é verdadeiro e contribui para a criação de uma experiência potencialmentenova com a qual o par analítico pode fazer um trabalho analítico.Essas idéias são ilustradas em uma discussão detalhada de uma sessão analítica. O analista faz uso de sua experiência de rêverie cuja autoria ambos e nenhum dos membros do par analítico podem reclamar em seu esforço de chegar a compreensõesprovisórias do que é verdadeiro à experiência emocional inconscientedo paciente nos diversos momentos da sessão.(AU)
Asunto(s)
MemoriaRESUMEN
Tema de pesquisa de quatro renomados psicanalistas - Antonino Ferro, César Botella, Michael Parsons e Thomas Ogden - reunidos em "Debate sem fronteiras" no site da Sociedade Psicanalítica de Paris. A discussão foi trazida até nós, por iniciativa do Fórum Internet da SPB. REunimos aqui os textos traduzidos. Os textos originais em francês poderão ser encontrados no site da SPB http://www.spbsb.org.br/forum2/forum.htm. Inclui os textos: Rêverie e interpretação, de Thomas H. Ogden; Sobre a rêverie, de Michael Parsons; Rêverie: problemas de teoria e de prática, de Antonino Ferro; Rêverie-reverie e trabalho e figurabilidade, de César Botella