Inconsciente-recalcamento: uma concepção freudiana de espaço-tempo

O presente trabalho tem por meta repensar o recalcamento, nos seus três tempos, e sua inter-relação com o inconsciente e com os destinos pulsionais narcísicos. A partir dessas vicissitudes, teoriza sobre a fundação da psique, o não-recalcado e a estruturação do recalcado. O autor faz um percurso pelas idéias freudianas, que lhe permitem sustentar o paradigma do sujeito psíquico, constituindo-se na inter-relaçãodo inconsciente recalcado e do inconsciente não-recalcado. Diante dessa assertiva, compreende, desde o vértice metapsicológico, que essesinconscientes são a topografia (espaço e tempo) que alberga o representável (sexual) e o irrepresentável (não-sexual). Portanto, ratificará que o recalcamento, na sua presença/ausência, será o elemento porexcelência delineador do aparelho psíquico.(AU)

Sonhar um sonho: Freud e a interpretação dos sonhos: sobre a concepção da psicanálise

O autor faz um breve percurso pelo pensamento freudiano sobre o processo onírico, tendo como interlocutor a Interpretação dos Sonhos. Seu pensar está construído em três tempos: a pré-história: da clínica à auto-análise de Freud; a história: o trabalho do sonho; estrutura e funcionamento do aparelho psíquico; e os desdobramentos da história: o destino do pensamento freudiano sobre os sonhos. Nesse último tempo, interroga-se sobre o destino, na contemporaneidade, da técnica freudiana de trabalhar os sonhos, que julga esquecida. Assim sendo, propõe que o analista pense na pertinência de reinvestir os binômios da equação: investigação + tratamento = psicanálise. Diante disso, faz a recomendação de que o analista não se furte ao seu lugar de intérprete de sonhos.(AU)

Freud reinventando Freud: um retorno às origens

O texto tem como proposta repensar os noventa anos de história do Além do princípio do prazer (Freud, 1920). A partir dele, o autor se propõe a fazer uma montagem que produza sustentação a uma metapsicologia da pulsão de morte. Para realizar tal meta tomará como balizadores da sua proposição os seguintes trabalhos: O estranho (1919), O problema econômico do masoquismo (1924), A negativa (1925) e o Mal-estar na cultura (1930). Fazendo um recorte e alinhavando esses textos, discorre sobre os caminhos e descaminhos da metapsicologia da pulsão de morte, do tanático ao criativo, vindo a interrogar-se sobre as origens do aparato psíquico. Nesse sentido, dedica-se a uma leitura pontual sobre o masoquismo (1924), conjectura a pertinência de pensarmos a existência de um masoquismo primário não erógeno. A importância dele estaria vinculada aos enlaces e desenlaces das inscrições psíquicas que remetem ao que está além do princípio do prazer. Diante desse cenário, propõe pensar os destinos desse masoquismo primário não erógeno: do traumático, não passível de transformação (irrepresentável), ao masoquismo primário e erógeno (representável)

A moral sexual e o recalque patológico: do excesso ao déficit: sobre a contemporaneidade da tragédia de Édipo: filicídio, parricídio e incesto

O autor visa com este trabalho repensar o tripé: filicídio, parricídio e incesto e sua repercussões na estruturação da psique e da cultura do século XXI. Parte do texto centenário de Freud, de 1908: Moral sexual civilizada e doença nervosa moderna, centrado na questão do recalque pelo excesso. Assim sendo, para viabilizar tal meta, toma como referência orientadora do seu pensar o recalque por seu viés patológico

Compulsão à repetição: pulsão de morte trans-in-vestida de libido

O autor tem por meta neste escrito repensar a compulsão à repetição. Toma como ponto de partida o seguinte interrogante: Compulsão à repetição: pulsão de morte ou tentativa de simbolização? Diante dessa questão, busca retificar o que julga ser equívoco, no sentido de propor que no processo da repetição "com+pulsão" estão implicadas a pulsão de morte e a pulsão sexual. Propõe que o que determina o destino em compulsão à repetição é a ineficácia da pulsão sexual para domesticar a pulsão de morte. Seguindo o caminho proposto por Freud, entende que a compulsão à repetição sofre uma dicotomia, fazendo surgir dois grupos: uma compulsão impulsionada pelo princípio do prazer e a outra impulsionada pelo além do princípio do prazer. Decorrente desse processo compreende que a pulsão de morte e sua manifestação clínica, via compulsão à repetição, vai ser a resultante do estar transvestida ou investida pela libido

Novos tempos, velhas recomentações, 2: função analítica: função de escuta

Reflexões entre a função analítica e a função de escuta: para tal, partem da regra fundamental da atenção flutuante, vendo nessa um instrumento vital para que o analista possa escutar o fluir dos inconscientes

O trauma primordial na dialética do representável e do irrepresentável

De acordo com os textos freudianos sobre trauma e a noção de negatividade, os autores se propõem a pensar a gênese do irrepresentável a partir da idéia de um trauma primordial que será estruturante ou não estruturante do psiquismo. O traumadito estruturante trilhará o caminho das representações e estará submetido ao recalcamento, enquanto o não estruturante permanece no inconsciente não recalcado, marcado pelo inominável. O destino do traumático está relacionado aopar expulsão-afirmação primordial que possibilitará a ação da negatividade. Quando esta não opera, as intensidades permanecem no núcleo do inconsciente sem possibilidade de representação. Essa hipótese das origens do irrepresentável é um caminho para a compreensão das patologias da contemporaneidade.(AU)

Psicanálise, uma ciência Unheimliche: o mais além das neurociências

Reflexões sobre a inter-relação da psicanálise com a neuropsicanálise. Para viabilizar tal meta, toma como ponto de partida o pensar do neurocientista Eric Kandel sobre essa temática

A via sacra do filicídio no processo analítico

Os autores se propõem a repensar a vigência do pensamento freudiano a respeito da importância do inconsciente do analista e, por conseguinte, sua análise pessoal no processo analítico

Inconsciente-recalcamento: uma concepção freudiana de espaço-tempo

Considerações sobre o conceito freudiano de recalcamento em seus três tempos e em sua inter-relação com o inconsciente e com os destinos pulsionais narcísicos

Sonhar um sonho: Freud e a interpretação dos sonhos: sobre a concepção da psicanálise

Breve percurso pelo pensamento freudiano sobre o processo onírico, tendo como interlocutor a Interpretação dos Sonhos

A guerra e o repúdio ao feminino: Tróia como paradigma

Com o objetivo de pensar o por quê da guerra, os autores utilizam a Ilíada, de Homero, relacionando-a ao conceito freudiano de repúdio ao feminino