RESUMEN
Este estudo se propõe a dar uma visão do trabalho clínico realizado no
Espaço Terapêutico da Clínica Psicanalítica de 0 a 3 Anos, pertencente ao Centro
de Atendimento da sbpsp. Inicialmente é apresentado o percurso clínico-teórico
da psicanálise infantil. Dentre os achados, aventamos a função psicopreventiva
objetivada pelo processo de Intervenção nas Relações Iniciais por meio de
consultas terapêuticas, da qual a Clínica de 0 a 3 Anos se utiliza. É apresentado
um material clínico a partir de algumas vinhetas, nas quais a comunicação
interpsíquica mãe-bebê se evidencia. São observadas ressonâncias entre alguns
sintomas psicossomáticos do bebê (insônia) e núcleos terroríficos maternos.
Embora as analistas, por meio de uma comunicação significativa e empática,
tentem ressignificá-los na busca do desenvolvimento sadio do psiquismo do
bebê, baluartes defensivos são erguidos pela família, resultando no abandono do
atendimento
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
Nos registros da história da psicanálise a preocupação com o
atendimento psicanalítico a camadas mais amplas da sociedade esteve
presente desde o pronunciamento de Freud no Quinto Congresso Psicanalítico
Internacional de Budapeste, em 1918, quando se oficializa o tema nos espaços
internos das instituições psicanalíticas. Ventos promissores trouxeram a notícia
até Durval Marcondes, e em poucos anos a sbpsp desenvolvia práticas para a
divulgação da nova ciência. Em 2002, a ipa, mobilizada pelas demandas da
sociedade contemporânea, estimula a ampliação das atividades psicanalíticas
para além do setting tradicional, ocasião em que nasce o movimento da
psicanálise extramuros. Em 2012-2016 a equipe da Diretoria de Atendimento
à Comunidade considera que ampliou os projetos de desenvolvimento de práticas
de inclusão das instituições psicanalíticas e do pensamento psicanalítico no
espaço social, e o conceito de responsabilidade social norteou a implantação dos
projetos
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
O presente projeto de investigação tem por objetivo estudar o desenvolvimento emocional
precoce na deficiência auditiva congênita. Para tanto, propõe-se a usar o método Esther
Bick de observação da relação mãe-bebê-família em bebês considerados de alto risco por
terem falhado na Triagem Auditiva Neonatal (TAN).
Os resultados parciais apresentados neste artigo referem-se aos sete primeiros meses da
observação de um bebê com rubéola congênita. A partir de tais dados alguma conclusões
são esboçadas:
1 Em uma situação de risco, fica clara a importância de um observador neutro no
ambiente familiar, que se disponha a avaliar o que está ocorrendo entre o bebê e a família,
assim como a ouvir e compreender as necessidades da família e, dependendo da situação,
explicitá-las.
2 O penoso caminho de não ter uma resposta definitiva a respeito da existência ou não da
deficiência auditiva é trilhado pela mãe às custas de um pouco lembrar e um pouco
esquecer o diagnóstico pendente. É exatamente neste limbo que a presença da observadora
se mostrou de extrema importância.
É importante assinalar, entretanto, que por mais penoso que seja, esse estado permite à
família não só ir encontrando caminhos alternativos de estimulação e relação com o bebê,
quanto lhe dá tempo de conhecer o bebê real que ainda não foi marcado de modo categórico
pela deficiência (na mente dos pais).
3 A observação participante, com algumas intervenções feitas sob forma de comentários
em situações sentidas pelo observador como de maior urgência, nos parece não só ética
como eficaz. A discussão em grupo a respeito de tais intervenções serve como baliza que
orientará o observador em suas intervenções futuras.
4. - Quanto ao objetivo do projeto de pesquisa mais amplo, não há possibilidade de se
generalizar o observado para outras famílias e crianças, nem estabelecer elos causais diretos
e inequívocos. Podemos apenas vislumbrar categorias importantes que deverão ser
buscadas em outros casos, assim como levantar hipóteses gerais sobre o impacto da
deficiência no desenvolvimento da criança e na família (AU)