RESUMEN
A autora tece um artigo tentando aproximar seu trabalho de terapia de casal fazendo
uma analogia com as peripécias do herói Ulisses, ao longo da sua odisseia. Para tanto,
revisita a Odisseia, confrontando alguns episódios das experiências terapêuticas em que
se narra a relação entre o convívio de homem e mulher e as várias etapas da viagem
homérica, suas experiências e seus personagens
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
Bion faz uma distinção entre a mentira necessária para o conhecimento
do real e a mentira enquanto defesa extrema contra a dor, defesa, esta,
que distorce a realidade até afetar o desenvolvimento da mente. Com o
intuito de investigar exatamente essas áreas que geram graves dificuldades
na relação analítica e bloqueios da criatividade, Bion convida o analista
a voltar-se para o desconhecido, utilizando a conjectura imaginativa e
tentando aprender com a experiência. O autor busca, na relação primária,
rastros do método da capacidade materna de recompor a dicotomia entre
verdade e mentira, que salva o bebê da deriva psicótica e que, ao mesmo
tempo, encontra-se na base do nascimento da mente. Entre mãe e bebê,
não apenas surgem elementos alfa, pictogramas emocionais precursores
da capacidade de sonhar, mas também outros elementos que pertencem
ao processo e que não possuem um nítido correspondente no simbólico.
Para estudar a continuidade de tal processo, o qual inclui uma espécie de
composição entre simbólico e não-simbólico, como acontece na análise
matemática, é útil ter à disposição uma ferramenta conceitual que permite
definir áreas nas quais variáveis opostas representam uma continuidade e
um limite. O conceito de elemento infinitesimal permite intuir a existência, na
relação primária, e, depois, na análise, de elementos desse tipo, capazes
de depositarem-se e de serem os fundamentos de uma experiência
incorporada que volta a servir como referência quando se encontram áreas
primitivas ou psicóticas. A autora exemplifica as hipóteses acima através
da ilustração de um fragmento do percurso analítico com um adolescente
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
O entendimento de que a criança é parte de um sistema relacional
complexo assegurou que todos os analistas de crianças concordassem sobre a
necessidade de estabelecer uma aliança terapêutica com os pais. A dinâmica
inconsciente de conflitos envolve o analista de crianças e o inclui, desde a primeira
consulta, em um campo analítico que é mais próximo daquele de um grupo do
que do sistema bipessoal da terapia com adultos. Com o auxílio de um exemplo
clínico, a autora apresenta a hipótese de que os desenhos e as brincadeiras da
criança podem ser vistos como ferramentas capazes de mapear as emoções
inconscientes presentes no campo analítico que se estendem para além da dupla
criança-analista. Brincadeiras e desenhos podem ser usados na relação com os
pais, não com um sentido explanatório, mas como uma sonda com a qual explorar
o universo das emoções inconscientes presentes no campo do grupo. As imagens
ou as histórias de brincadeiras usadas nessa modalidade particular se apresentam
como um caminho atraente e que é eficaz para facilitar a função alfa de cada um
dos membros do grupo. Além disso, nesse sentido, criam as condições para uma
situação através da qual os pais podem tomar conhecimento das suas emoções
inconscientes que foram transmitidas para a criança e expressas através de sua
sintomatologia. A possibilidade para o pequeno grupo de sujeitos envolvidos em
uma análise de criança de oscilar em um campo dual-grupal permite não apenas
uma experiência compartilhada do conhecimento mas também uma criatividade
compartilhada voltada para o conhecimento da verdade emocional (O)
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
Partindo da observação de uma interação criativa entre pai e filho na vida cotidiana, os autores questionam a necessidade da interpretação verbal na prática atual da análise infantil. No modelo bioniano a capacidade dos pais de sonhar os elementos ß que excedem a capacidade transformadora das emoções inconscientes da criança é indispensável para o crescimento da pequena função a que a criança possui e para o desenvolvimento do seu continente mental. Utilizando o modelo da membrana biológica, os autores hipotetizam um modelo para descrever os elementos que facilitariam a capacidade da criança de utilizar e reelaborar ela mesma as rêverie dos pais e como esses elementos pertenceriam mais ao campo não verbal que ao campo verbal. Através de um exemplo clínico, os autores mostram como esse modelo encontra uma confirmação na prática analítica e permite que a dupla analista-criança sonhe em conjunto as emoções inconscientes que se coagulam no campo bi-pessoal. A brincadeira compartilhada com o analista, mais do que a interpretação verbal, é capaz de ajudar a criança a desenvolver o seu processo criativo de tal forma que, agora, tal processo possa manifestar-se através de uma representação consciente-inconsciente que fica explícita nos personagens
Asunto(s)
Psicoanálisis , Juego e Implementos de Juego , Crecimiento PsicológicoRESUMEN
O entendimento de que a criança é parte de um sistema relacional complexo assegurou que todos os analistas de crianças concordassem sobre a necessidade de estabelecer uma aliança terapêutica com os pais. A dinâmica inconsciente de conflitos envolve o analista de crianças e o inclui, desde a primeira consulta, em um campo analítico que é mais próximo daquele de um grupo do que do sistema bipessoal da terapia com adultos. Com o auxílio de um exemplo clínico, a autora apresenta a hipótese de que os desenhos e as brincadeiras da criança podem ser vistos como ferramentas capazes de mapear as emoções inconscientes presentes no campo analítico que se estendem para além da dupla criança-analista. Brincadeiras e desenhos podem ser usados na relação com os pais, não com um sentido explanatório, mas como uma sonda com a qual explorar o universo das emoções inconscientes presentes no campo do grupo. As imagens ou as histórias de brincadeiras usadas nessa modalidade particular se apresentam como um caminho atraente e que é eficaz para facilitar a função alfa de cada um dos membros do grupo. Além disso, nesse sentido, criam as condições para uma situação através da qual os pais podem tomar conhecimento das suas emoções inconscientes que foram transmitidas para a criança e expressas através de sua sintomatologia. A possibilidade para o pequeno grupo de sujeitos envolvidos em uma análise de criança de oscilar em um campo dual-grupal permite não apenas uma experiência compartilhada do conhecimento mas também uma criatividade compartilhada voltada para o conhecimento da verdade emocional