RESUMEN
Freud, em 1915, nos convoca a romper as fronteiras do já conhecido
e a transitar por caminhos talvez não tão novos, mas dessa vez
com a possibilidade de percorrê-los diferentemente do estabelecido.
Esse convite torna-se audacioso no momento em que ousamos fazer
uma releitura investigativa do texto freudiano Pulsões e destinos da
pulsão. Tal releitura pretende ressignificar os conceitos de sadismo
e masoquismo, estruturados em sintonia com os destinos pulsionais
narcísicos, sob a óptica da virada de 1920. Para cumprir tal meta, o
presente texto ocupa-se também do trabalho de 1924 intitulado O
problema econômico do masoquismo. Na interação desses dois tempos
do pensar freudiano que implica uma mudança de perspectiva,
do sadismo primário para o masoquismo primário , este artigo estabelece
um diálogo com as vozes constituintes do Eu. Diante dessa
concepção, trabalha a voz passiva, a voz ativa e a voz reflexiva média,
objetivando refletir sua função estruturante e psicopatológica: abrir
portas. Além disso, com o intuito de fazer trabalhar ideias, utiliza vinhetas
clínicas nas quais sintomas se fazem palco de expressão da voz
reflexiva média (o que eu me faço), em sua íntima relação com a voz
passiva (o que ele me faz) e com a voz ativa (o que eu lhe faço)
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
O objetivo deste trabalho é resgatar o fenômeno do estranho, conceituado por Freud
em 1919, mas já presente em textos anteriores, em especial no O delírio e os sonhos na
Gradiva de W. Jensen. Pretende-se traçar um paralelo entre a obra Gradiva de Jensen e
O homem da areia de Hoffmann, enfatizando a busca da qualidade do sentir marca
da estética do estranho , que se manifesta de forma distinta na trama psíquica dos
protagonistas Norbert e Natanael, personagens dos respectivos textos. Essas duas diferentes
facetas e suas sensibilidades convocam a fazer especulações metapsicológicas
acerca dos desdobramentos frente à castração. Temos, assim, recalcamento e forclusão,
estranhamento e horror: Norbert e Natanael no encontro com o duplo e suas vicissitudes
de protetor contra a imortalidade a embaixador da própria morte
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
Neste ensaio, resgatamos os conceitos de Freud sobre o narcisismo,
a pulsão de vida e de morte para pensarmos nas consequências do isolamento
social resultantes da pandemia decorrente do coronavírus, que assolou as nações
neste ano de 2020. Estabeleceu-se um jogo de encontros e desencontros desde
a virtualidade do mundo real à virtualidade do mundo virtual, ocasionando
um estado de recolhimento narcísico. Para alguns, esse estado de desamparo e
solidão tornou-se criativo; para outros, despertou revivências melancólicas, que
transitam desde a desesperança até o negacionismo. Trabalhamos a importância
da pulsão de destruição como elemento determinante no rompimento dessa
homeostasia narcísica recriada pela virtualidade do mundo virtual. A partir
dessas ideias, questionamos se seremos capazes de abrir mão dessas gratificações
autoeróticas quando do retorno à vida cotidiana. Para concluir a reflexão,
interrogamos como será o amanhã da psicanálise e dos psicanalistas