RESUMEN
O presente artigo é um comentário à nota de Jean Laplanche escrita entre
os anos de 1990-1991, na qual ele procura situar seus alunos de então a
respeito de suas posições sobre o conceito de Ego, o qual extensamente
estudava desde 1970. São destacados o ponto de vista econômico como
papel central na função do Ego e neste cenário, referenciando o seu
conceito de atividade tradutiva. É discutida a afirmação de Laplanche
sobre as derivações metonímicas e metafóricas do Ego, assim como a
relação delas com a ligação das pulsões. É também discutido o papel
da sexualização sobre o Ego-instância inicial, na transformação em Euindivíduo.
Uma proposição de diferenciação de nomenclatura entre o Egoinstância
e o Eu-indivíduo é trazida para estabelecer a diferenciação entre
um Superego primitivo, punitivo e acusatório e um Supereu resultado da
ação da atividade tradutiva. São introduzidas respostas iniciais para as
três perguntas que finalizam o texto de Laplanche sobre o Id, o ideal de
Eu, o Ego ideal e o Superego
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
O presente artigo busca resgatar o contexto, não apenas histórico, mas
também teórico, no qual foi escrito o texto de Jean Laplanche intitulado
Acerca da minha concepção do Eu. Ele destaca o caráter eminentemente
didático do texto, escrito para fins de esclarecimento, e sublinha alguns
pontos nevrálgicos tratados pelo autor, como é o caso da dupla derivação
do Eu e da teoria do apoio. Além disso, procura inserir uma questão que
se tornou polêmica, envolvendo a chamada atividade tradutiva, buscando
elementos no texto para subsidiar essa discussão
Asunto(s)
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O autor propõe-se a discorrer sobre a sua concepção do Eu concernente
à Teoria de Sedução Generalizada. Contrário à concepção diferenciada
de self e Ego, toma o Eu como proveniente do contato primário das
necessidades biológicas do indivíduo com mensagens enigmáticas sexuais
provenientes do outro, constituindo-se em uma paraexcitação interna aos
resíduos inconscientes (objetos fonte da pulsão) decorrentes da tradução
parcial das referidas mensagens. O Eu assume e dinamiza os mecanismos
adaptativos do indivíduo biológico, além de lhes fornecer seus próprios
elementos intrínsecos de ligação, culturalmente adquiridos ao longo do
seu desenvolvimento
Asunto(s)
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Analisa-se a intervenção proposta pelo Observatório Psicanalítico
Febrapsi (OP), estratégia clínico-política de escrita de psicanalistas, para
a elaboração secundária dos eventos que produzem o mal-estar atual ao
longo da pandemia do Coronavírus. Os textos são escritos no formato de
ensaios, de caráter autoral, reflexivo, expressando a experiência pessoal
dos autores com o acontecimento. No processo, identificam-se cinco
tempos: o Tempo Zero, aquele dos acontecimentos sociopolíticos, culturais
e institucionais que nos afetam; segue-se o Tempo Um, constituído pela
elaboração dos psicanalistas, por meio dos ensaios, avançando-se, então,
para a elaboração coletiva dialógica entre os pares, considerado o Tempo
Dois; em seguida, ocorre a elaboração da equipe de curadores na escrita
de editoriais, o Tempo Três; o Tempo Quatro caracteriza-se pelo acesso
do leitor a essas elaborações, por meio das mídias sociais utilizadas pelo
Observatório. Conclui-se que o OP é um modo institucional de exercício
de clínica extensa. No vértice de intervenção, vislumbra-se a possibilidade
de produzir efeitos nos diferentes sujeitos alcançados por essa estratégia
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A crise pandêmica e as subsequentes experiências de confinamento vividas
por muitas pessoas são examinadas por três psicanalistas pelo viés dos
efeitos, tanto manifestos quanto latentes, que se fizeram sentir em suas
clínicas privadas. As dimensões de espaço, tempo e relações interpessoais,
tidas como constituintes dos vínculos básicos que sustentam o sentimento
de identidade, foram escolhidas como balizas organizadoras do material
apresentado. A dimensão do espaço é abordada através das variações das
representações de casa que se fizeram presentes no trabalho associativo
em análise: a casa em suas dimensões de concentração, verticalidade
e horizontalidade; a casa acolhedora, protetora, invadida, aprisionante,
arruinada, reparada, reformada, ampliada, magnífica, portadora de
vestígios do passado, projeto de futuro. O tempo é abordado em seus
aspectos de enquadramento da situação analítica, na variedade que
imprime às experiências subjetivas, e também como elemento temático do
material associativo produzido em análise. As relações interpessoais são
abordadas, principalmente, pela perspectiva dos efeitos da pandemia e do
confinamento sobre as relações transferenciais-contratransferenciais na
situação de análise remota. Ao final, são propostas hipóteses interpretativas
sobre duas atitudes opostas: a arrogância negacionista e a obsessividade
nos cuidados e precauções, sugerindo que ambas são decorrentes de
fantasias infantis de onipotência
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A autora aborda a elaboração da dependência em sua época inicial, a
neonatal. Destaca o período das primeiras semanas após o nascimento
como fundamental e fundante da incipiente mente do bebê. Neste tempo
relativamente breve do período puerperal materno, ocorre um importante
trabalho elaborativo entre as mentes assimétricas da mãe e do bebê. Em
condições normais, de suficiente saúde constitucional e mental, a mãe
entra em estado de preocupação materna primária, conforme descrita
por Winnicott. São abordados os movimentos maternos de imersão
no inconsciente primitivo do bebê, bem como o regresso à sua própria
capacidade de funcionamento também secundário, para atribuir-lhe
significado e transformação antes de devolvê-los ao bebê através de seu
atendimento. Estes trabalhos de mergulhos maternos são igualmente
de encontros da mãe com sua própria mãe interna. Há identificações e
elaborações importantes para ambos os membros da dupla mãe/bebê.
Através de identificações, contenções e transformações, desenvolvem-se
as primeiras e rudimentares noções do dentro e fora, do self e do objeto,
da exterioridade, da existência do terceiro e de certo grau do senso de
continuar a ser. Mãe e bebê elaboram questões em importantes fluxos
de identificações projetivas e introjetivas, sendo sujeito e objeto um para
o outro. Vinculam-se profundamente e, aos poucos, se discriminam em
duas unidades, incrementando sentimentos de maior liberdade do self e
do objeto
Asunto(s)
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O trabalho de elaboração psíquica propiciador do desenvolvimento mental
implica o contato com experiências emocionais, assim como a capacidade
de sonhá-las no sentido que Bion dá a esse termo, de pensá-las e, além
disso, de poder vivenciá-las ao invés de apenas conhecê-las. A maturação
psíquica resultante ocorre em saltos descontínuos através de mudanças na
forma do indivíduo sentir e conceber a si mesmo e aos outros. Na relação
analítica, todo esse processo é vivenciado e trabalhado pelo par, de forma
assimétrica. São relatadas duas situações clínicas e as transformações
terapêuticas ocorridas, uma delas com atendimento on-line durante a
pandemia da Covid-19
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Considerando o livro de Gabriela Goldstein, La experiência estética: escritos
sobre psicoanálisis y arte, no presente artigo analisamos as relações entre
arte e psicanálise, enfocando a questão da experiência estética para
definir alguns princípios para os estudos psicanalíticos dedicados às artes,
bem como para o trabalho clínico. Nesse percurso analítico, destaca-se
a ruptura entre os modos clássico-romântico e moderno-contemporâneo
de pensar a beleza, dando lugar à questão da anterioridade da dor em
relação à palavra e, portanto, em relação à arte
Asunto(s)
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Na abordagem temática de O novo mal-estar na civilização, o autor, em
vez de ocupar-se do novo, debate o tema a partir da invariância existente
no atual cenário que nos cerca. Embora não seja possível esquecer que
a peste trouxe graves consequências de vários tipos, ressalta o que não
mudou, a cesura como ponte entre esses estados pré e pós-catastróficos
marcados pela pandemia. Vale-se da paráfrase de que há muito mais
continuidade entre a aflição dos dias de hoje e o mal-estar do qual nos
falava Freud em 1930 do que a impressionante cesura da Covid-19
permitiria supor
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A intersecção sujeito/cultura é uma convicção de Freud desde o início da
psicanálise. Em O mal-estar na civilização, ele aponta uma similitude entre
o processo cultural e o desenvolvimento libidinal do sujeito nos destinos
das pulsões, ou seja, se os seres humanos organizam-se socialmente
como proteção ao desamparo, cabe a reflexão se tal organização está a
serviço das ligações da pulsão de vida ou da pulsão de morte. A partir da
ideia de utopia como um ideal civilizatório, este trabalho pretende discutir
a noção de mal-estar proposta por Freud em 1930, abordando pensadores
que se debruçam sobre a contemporaneidade
Asunto(s)
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Nesse artigo, as autoras pretendem fazer a revisão de um material escrito
em 2005 de modo a trazer considerações mais atuais sobre o tema. Para
tanto, o texto será revisto por uma das autoras, na tentativa de colocar, em
palavras, uma série de conversas sobre o tema da identidade de gênero
na infância e adolescência de forma a fazer uma homenagem póstuma à
autora principal do artigo
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Partindo do corpo da Clínica, com suas nuances e particularidades, para
o campo ampliado da pesquisa, procuramos, nesse trabalho, contribuir
para o desenvolvimento da abordagem psicanalítica dos estados primitivos
da mente, enfatizando o aspecto da criatividade na relação analistapaciente,
no desenvolvimento do paciente, nos recursos da analista e nos
instrumentos clínicos que surgem dessa prática, constituindo recursos
criativos na relação analítica. Quem nos conduz ao longo do artigo é
Laurinha, uma menina com autismo que, desde os 3 anos e 6 meses em
atendimento, expande seus recursos criativos na relação analítica. Foram
pacientes como Laurinha que nos inspiraram a criar o PRISMA, uma
ferramenta clínica psicanalítica. Com a possibilidade de mapear a evolução
dos estados mentais primitivos, o Protocolo de Investigação Psicanalítica
de Sinais de Mudanças no Autismo foi constituído com base nas seguintes
categorias: Senso de Interesse em Pessoas e Objetos, Interação
Compartilhada, Integração Sensorial, Constituição do Espaço Interno,
Capacidade Simbólica e Campo Transferencial, a partir dos movimentos
mais rudimentares às possibilidades de integração e expressão da
singularidade. Por meio dessa interface clínica/pesquisa, acreditamos ser
possível demonstrar à comunidade a eficácia do tratamento psicanalítico
para promover mudanças psíquicas e fomentar a criatividade
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A criança nos instiga desde sempre. Ela traz em si a qualidade de enigma
e imprevisibilidade e, durante a pandemia da Covid-19, não foi diferente.
Confinados por tempo indeterminado e sem contar com redes de apoio,
pais e mães passaram a assumir atividades de cuidados às crianças em
tempo integral, atividades estas para as quais muitas vezes se sentiam
despreparados. As emoções tornaram-se mais contagiosas do que o
vírus. Mas, o que fazer com as crianças? Sem rigidez teórica como
defesa, mantendo o setting interno e a assimetria paciente/terapeuta,
sustentando uma reserva de função, uma flexibilidade técnica, tivemos a
possibilidade de nos abrir para o novo. Afinal, foi assim que se iniciou a
psicanálise de crianças com o Pequeno Hans. Entrei nessa prática com o
espírito da observação psicanalítica de bebês, já que o trabalho seria agora
na casa das crianças e on-line. No trabalho com os bebês, os desafios
desse período de dependência se escancararam, exigindo uma escuta
compreensiva dos cuidadores para ajudá-los a tolerar as incertezas e o
inesperado. Passados mais de 20 meses, vejo o trabalho analítico on-line
possível, útil e efetivo para algumas crianças, fato que superou as minhas
expectativas
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A necessidade de isolamento social impulsionou psicanalistas a pensarem
sobre formas de acolher bebês com sinais de sofrimento psíquico e suas
famílias. Se a análise on-line com adultos é considerada desafiante, como
sustentar o uso desta tecnologia na clínica pais-bebês? Apresentamos
reflexões sobre o uso da tecnologia a partir de vinhetas clínicas, na
interface com impactos sobre a técnica e a ética. Diante da necessidade de
garantir um olhar de prevenção, questionamos: como preservar o setting,
o enquadre interior do analista, o campo da linguagem, a observação fina
do que emana do bebê e de seus pais? Como entrar em contato com os
mundos internos do analista, dos pais e do bebê, utilizando-os no campo
analítico on-line? Continuaria o olhar exercendo a função primordial de
convocação e apelo na interface digital? Ao alterar o nosso olhar, fazemos
um deslocamento dentro do setting analítico, admitindo a possibilidade de
nova perspectiva simbólica, nova relação com a técnica, conosco, com o
outro, com o saber/não saber. Apostamos na interface digital na clínica
pais e bebês on-line, desde que consideradas as implicações técnicas
e éticas que devem pautar a orientação clínica, acima de modismos e
necessidades emergenciais, mas na urgência psíquica
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O isolamento social imposto pela pandemia da Covid-19 provocou uma
migração em massa dos atendimentos psicanalíticos para a modalidade
virtual. Essa virada, que caracteriza uma oportunidade ímpar de pesquisa
ampla sobre os alcances e limites deste formato, deve ser estudada
com o cuidado de separar as consequências que são próprias ao
atendimento remoto daquelas que são fruto da experiência de psicanalisar
nesse momento em que vivemos, tanto analistas quanto analisandos,
uma mudança brusca no modo de viver, uma experiência traumática
compartilhada
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A psicanálise é um método de tratamento aplicado mediante o
estabelecimento e manutenção de um setting estruturado, que possibilite
o desenvolvimento do processo analítico. Em tempos atípicos frente
à pandemia da Covid-19, reflexões sobre a mudança de setting e
os desdobramentos do atendimento psicanalítico on-line tornam-se
necessárias. O objetivo do presente estudo foi identificar as experiências
e percepções de analistas sobre a prática analítica virtual. Para isso, foi
realizado um estudo de levantamento de experiências com oito analistas
didatas membros de uma Sociedade Psicanalítica filiada à International
Psychoanalytical Association (IPA), mediante a aplicação de um questionário
sobre suas experiências clínicas com o atendimento on-line. Os achados
sugerem que a modalidade de atendimento à distância é considerada uma
ferramenta de trabalho possível, embora possa apresentar alguns desafios
à prática analítica. Os desafios mais evidenciados pelos profissionais foram:
instabilidades das plataformas digitais, manutenção do setting, ausência da
presença física, dificuldades com a neutralidade e com a atenção flutuante.
Alerta-se para a necessidade de mais estudos clínicos e empíricos sobre tal
temática, a fim de que se possa compreender profundamente os potenciais
benefícios e/ou eventuais desafios dessa modalidade de atendimento,
assim como possíveis indicações e contraindicações destas análises
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A partir do retorno gradual ao atendimento presencial, no consultório, a
autora reflete sobre a experiência de atendimento exclusivamente on‑line
acontecido ao longo de dezoito meses, durante a recente pandemia
causada pelo Coronavírus. Procura pensar as repercussões na técnica
psicanalítica, especialmente levando em conta o fato de o atendimento
virtual ter possibilitado a continuidade dos tratamentos, mas em um arranjo
externo muito diferente do habitual. A começar por ter o próprio paciente
que ser responsável por prover um espaço físico para o acontecer das
sessões, invertendo a habitual oferta pelo analista de um espaço privado,
especialmente planejado para a psicanálise. As posições analista/
analisando, marcadas pelo uso do divã, ficaram diferentes, em função disto.
Através de vinhetas clínicas, a autora vai reconhecendo a possibilidade de
acontecer a psicanálise, o processo psicanalítico, nesse outro modelo. E
se pergunta quais seriam as condições para isto. A escuta característica
do método talvez seja a invariante mais reconhecível. A busca por tornar
audível o conteúdo latente, por dar significado à experiência seguiu
acontecendo, assim como a vivência de intensas emoções no campo.
Ficam muitas questões a serem pensadas, mais questionamentos do
que respostas. E uma confirmação de o método analítico poder acontecer
independentemente da realidade factual. O que impõe muitas reflexões.
O trabalho propõe que o estudo das vicissitudes da prática nessa outra
dimensão, virtual, estabelecida através da tecnologia, especialmente o
questionamento de princípios consagrados como determinantes, pode
levar à produção de mais conhecimento e ao desenvolvimento de nossa
disciplina. O que só acontecerá se nos encorajarmos a pôr em dúvida
princípios consagrados
Asunto(s)
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Partindo do conceito de campo psicanalítico, de seus componentes e de
sua complexidade, o presente texto destaca o aspecto do ambiente real da
sala de atendimento, assim como os diferentes registros de experiências
relativas ao tempo, espaço, forma e percepção produzidas neste locus a
partir de sua condição de ancoradouro para projeções e comunicações
inconscientes do par. Discute-se o impacto da repentina retirada desse
espaço, com a passagem aos atendimentos on-line em função da pandemia
do Covid-19, e da dinâmica de reacomodação dos elementos do/no campo
nessa modalidade de atendimento. As reflexões da autora ancoram-se em
conceitos da psicanálise como o de objeto evocativo (Bollas), de campo
analítico (Baranger) e de objeto estético (Meltzer), buscando interlocução
nas ideias sobre imagem, sentidos e comunicação de Susan Sontag,
Roland Barthes e Tomé Cravan
Asunto(s)
PsicoanálisisRESUMEN
A autora apresenta suas reações ao impacto provocado pela pandemia da
Covid-19 em seu ambiente de trabalho o consultório psicanalítico. Em
março de 2020, foi obrigada a começar a trabalhar on-line com todos os
seus pacientes. São apresentadas as modificações que a Covid-19 impôs
em sua maneira de trabalhar. O texto aborda as angústias, as modificações
técnicas no setting on-line, os ganhos e os aprendizados proporcionados
por essa mudança. É um relato da experiência pessoal vivida entre março
de 2020 e abril de 2021, de trabalho on-line iniciado abruptamente devido
à instalação da situação pandêmica