A perversão no cotidiano: o estranho na parte obscura de nós mesmos
Alter: revista de estudos psicanalíticos
; 37(1): 105-112, 2021/2022.
Article
en Pt
| Bivipsil
| ID: psa-141604
Biblioteca responsable:
UY116.1
ABSTRACT
Descrita por diversos autores como uma passagem da fantasia inconsciente ao ato, a perversão combina sentimentos de vingança, de triunfo e de controle, como meios de defesa contra a experiência emocional do trauma e da impotência. O conceito de perversão é amplamente utilizado em psicanálise na elucidação da dinâmica inconsciente da adição, do abuso sexual, da delinquência, do homicídio, do assédio sexual e até da extorsão. Os conceitos de narcisismo, fetichismo, voyeurismo e sadomasoquismo são úteis para a compreensão da perversão. Em quase tudo o que li sobre perversão, encontrei uma palavra que se repete desumanização, ou seja, perda da essência humana. Este é o ponto importante que se articula com a perversão, pois, o sujeito, em seu estado perverso, desumaniza as pessoas, coisificando-as, ignorando suas qualidades, anulando sua subjetividade e tornando-as apenas metas de seu próprio interesse, envolto no manto da hostilidade e desconsideração com o outro vivo. Refiro-me aos estados perversos, porque acredito que, embora a perversão esteja presente no nosso cotidiano, como analista, entendo que a mente humana se encontra em constante trânsito e oscilação. Gostaria de me ater aos aspectos perversos da mente humana, para pensar o trânsito emocional que acontece quando o ser humano não pode ser humano, quando o ser que desumaniza o outro se encontra com ele mesmo desumanizado dentro de si
Texto completo:
1
Banco de datos:
Bivipsil
Asunto principal:
Psicoanálisis
Idioma:
Pt
Revista:
Alter: revista de estudos psicanalíticos
Año:
2022
Tipo del documento:
Article