Núcleos traumáticos precoces e transgeracionalidade
Konicheckis, Alberto.
Psicanálise, Porto Alegre
; 7(1): 19-40, 2005.
Artículo
en Portugués
| Bivipsil | ID: psa-8011
O modelo freudiano do traumatismo, inspirado pela organização bifásica da sexualidade humana, estruturada pelo cenário edípico, pode ser completado, prolongado e enriquecido por outras modalidades de trauma que convém qualificar de precoces. Referindo-me aos conceitos e casos clínicos apresentados por Christian Gérard, bem como a experiências clínicas em perinatal, tentei determinar algumas especificidades desses traumas precoces. Estes se caracterizam essencialmente pela proeminência de processos psíquicos destituídos de representações e em que os sujeitos e os objetos psíquicos ainda não estão totalmente constituídos, o que torna os cenários fantasmáticos no mínimo sumários. Os processos de clivagem prevalecem sobre os recalques, e as identificações projetivas recíprocas revelam-se indispensáveis para a formação do sentimento de si. A partirde manifestações psicopatológicas variadas, da função do objeto, de pontos cegos na relação transferencial-contratransferencial e de algumas observações sobre a função parental, pode-se isolar um núcleo traumático precoce individual. Tomando a análise do caso de Pierre, a criança de que fala C. Gérard, esse núcleo traumático atrai elementos transgeracionais até então pouco ou mal assimilados por diferentes membros da família.(AU)
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