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1.
Arq Bras Cardiol ; 121(3): e20230049, 2024.
Artigo em Português, Inglês | MEDLINE | ID: mdl-38597551

RESUMO

BACKGROUND: The management of unstable angina (UA) presents a challenge due to its subjective diagnosis and limited representation in randomized clinical trials that inform current practices. OBJECTIVES: This study aims to identify key factors associated with the indication for invasive versus non-invasive stratification in this population and to evaluate factors associated with stratification test results. METHODS: This retrospective cohort study included patients hospitalized with UA over a consecutive 20-month period. To assess factors associated with stratification strategies, patients were divided into invasive stratification (coronary angiography) and non-invasive stratification (other methods) groups. For the analysis of factors related to changes in stratification tests, patients were categorized into groups with or without obstructive coronary artery disease (CAD) or ischemia, as per the results of the requested tests. Comparisons between groups and multiple logistic regression analyses were performed, with statistical significance set at a 5% level. RESULTS: A total of 729 patients were included, with a median age of 63 years and a predominance of males (64.6%). Factors associated with invasive stratification included smoking (p = 0.001); type of chest pain (p < 0.001); "crescendo" pain (p = 0.006); TIMI score (p = 0.006); HEART score (p = 0.011). In multivariate analysis, current smokers (OR 2.23, 95% CI 1.13-4.8), former smokers (OR 2.19, 95% CI 1.39-3.53), and type A chest pain (OR 3.39, 95% CI 1.93-6.66) were independently associated. Factors associated with obstructive CAD or ischemia included length of hospital stay (p < 0.001); male gender (p = 0.032); effort-induced pain (p = 0.037); Diamond-Forrester score (p = 0.026); TIMI score (p = 0.001). In multivariate analysis, only chest pain (type B chest pain: OR 0.6, 95% CI 0.38-0.93, p = 0.026) and previous CAD (OR 1.42, 95% CI 1.01-2.0, p = 0.048) were independently associated. CONCLUSION: The type of chest pain plays a crucial role not only in the diagnosis of UA but also in determining the appropriate treatment. Our results highlight the importance of incorporating pain characteristics into prognostic scores endorsed by guidelines to optimize UA management.


FUNDAMENTO: O manejo da angina instável (AI) é um desafio devido ao seu diagnóstico subjetivo e à sua escassa representação em ensaios clínicos randomizados que determinem as práticas atuais. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo é identificar os principais fatores associados à indicação de estratificação invasiva ou não nessa população e avaliar os fatores associados às alterações nos exames de estratificação. MÉTODOS: Coorte retrospectiva de pacientes internados por AI, em um período de 20 meses consecutivos. Para avaliar os fatores associados à estratégia de estratificação, os pacientes foram divididos em estratificação invasiva (cinecoronariografia) e não invasiva (demais métodos). Para análise de fatores relacionados às alterações nos exames de estratificação, os pacientes foram divididos em grupos com ou sem doença arterial coronariana (DAC) obstrutiva ou isquemia, conforme resultados dos exames solicitados. Foram realizadas comparações entre grupos e análise de regressão logística múltipla, com significância estatística definida em um nível de 5%. RESULTADOS: 729 pacientes foram incluídos, com mediana de idade de 63 anos e predomínio do sexo masculino (64,6%). Estiveram associados à estratificação invasiva: tabagismo (p = 0,001); tipo de dor torácica (p < 0,001); dor "em crescendo" (p = 0,006); escore TIMI (p = 0,006); escore HEART (p = 0,011). Na análise multivariada, tabagistas (OR 2,23, IC 95% 1,13-4,8), ex-tabagistas (OR 2,19, IC 1,39-3,53) e dor torácica tipo A (OR 3,39, IC 95% 1,93-6,66) estiveram associados de forma independente. Estiveram associados à DAC obstrutiva ou isquemia: tempo de internação hospitalar (p < 0,001); sexo masculino (p = 0,032); dor desencadeada por esforço (p = 0,037); Diamond-Forrester (p = 0,026); escore TIMI (p = 0,001). Na análise multivariada, apenas dor torácica (dor torácica tipo B: OR 0,6, IC 95% 0,38-0,93, p = 0,026) e DAC prévia (OR 1,42, IC 95% 1,01-2,0, p = 0,048) estiveram associadas de maneira independente. CONCLUSÕES: O tipo de dor torácica desempenha um papel crucial não apenas no diagnóstico da AI, mas também na definição do tratamento adequado. Nossos resultados destacam a importância de incorporar características da dor aos escores prognósticos endossados pelas diretrizes, para otimização do manejo da AI.


Assuntos
Cardiologia , Doença da Artéria Coronariana , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Feminino , Estudos Retrospectivos , Fatores de Risco , Doença da Artéria Coronariana/complicações , Doença da Artéria Coronariana/diagnóstico por imagem , Angina Instável/diagnóstico , Dor no Peito/diagnóstico , Dor no Peito/etiologia , Angiografia Coronária/métodos , Isquemia/complicações , Serviço Hospitalar de Emergência , Medição de Risco/métodos , Valor Preditivo dos Testes
2.
Arq. bras. cardiol ; 121(3): e20230049, Mar.2024. ilus, tab
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1538218

RESUMO

FUNDAMENTO: O manejo da angina instável (AI) é um desafio devido ao seu diagnóstico subjetivo e à sua escassa representação em ensaios clínicos randomizados que determinem as práticas atuais. OBJETIVOS: O objetivo deste estudo é identificar os principais fatores associados à indicação de estratificação invasiva ou não nessa população e avaliar os fatores associados às alterações nos exames de estratificação. MÉTODOS: Coorte retrospectiva de pacientes internados por AI, em um período de 20 meses consecutivos. Para avaliar os fatores associados à estratégia de estratificação, os pacientes foram divididos em estratificação invasiva (cinecoronariografia) e não invasiva (demais métodos). Para análise de fatores relacionados às alterações nos exames de estratificação, os pacientes foram divididos em grupos com ou sem doença arterial coronariana (DAC) obstrutiva ou isquemia, conforme resultados dos exames solicitados. Foram realizadas comparações entre grupos e análise de regressão logística múltipla, com significância estatística definida em um nível de 5%. RESULTADOS: 729 pacientes foram incluídos, com mediana de idade de 63 anos e predomínio do sexo masculino (64,6%). Estiveram associados à estratificação invasiva: tabagismo (p = 0,001); tipo de dor torácica (p < 0,001); dor "em crescendo" (p = 0,006); escore TIMI (p = 0,006); escore HEART (p = 0,011). Na análise multivariada, tabagistas (OR 2,23, IC 95% 1,13-4,8), ex-tabagistas (OR 2,19, IC 1,39-3,53) e dor torácica tipo A (OR 3,39, IC 95% 1,93-6,66) estiveram associados de forma independente. Estiveram associados à DAC obstrutiva ou isquemia: tempo de internação hospitalar (p < 0,001); sexo masculino (p = 0,032); dor desencadeada por esforço (p = 0,037); DiamondForrester (p = 0,026); escore TIMI (p = 0,001). Na análise multivariada, apenas dor torácica (dor torácica tipo B: OR 0,6, IC 95% 0,38-0,93, p = 0,026) e DAC prévia (OR 1,42, IC 95% 1,01-2,0, p = 0,048) estiveram associadas de maneira independente. CONCLUSÃO: O tipo de dor torácica desempenha um papel crucial não apenas no diagnóstico da AI, mas também na definição do tratamento adequado. Nossos resultados destacam a importância de incorporar características da dor aos escores prognósticos endossados pelas diretrizes, para otimização do manejo da AI.


Assuntos
Dor no Peito , Síndrome Coronariana Aguda , Angina Instável
3.
Circulation ; 148(Suppl.1)Nov. 7, 2023.
Artigo em Inglês | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1519655

RESUMO

INTRODUCTION: Managing unstable angina (UA) poses a significant challenge due to its subjective diagnosis and underrepresentation in pivotal clinical trials that have greatly influenced current practices. The aim of this study is to determine the key variables that impact the management of UA in a referral cardiology hospital. Hypothesis: In addition to prognostic scores, other factors such as the nature of chest pain may have a relevant role in the management of UA. METHODS: This retrospective cohort study enrolled patients consecutive hospitalized with a diagnosis of UA from July 16, 2018 to February 28, 2020. The primary objective was to analyze the factors associated with the utilization of either an invasive or non-invasive strategy. The secondary objective sought to identify the factors associated with the presence of obstructive coronary artery disease (CAD) or ischemia, as determined by the results of complementary tests. Between-group comparisons were performed using multiple logistic regression analysis, with statistical significance set at a 5% level. RESULTS: A total of 729 patients were included in the study, with a mean age of 62.9 years, with a male predominance (64.6%). Factors significantly associated with an invasive strategy were smoking (p = 0.001), type of chest pain (p < 0.001), angina "in crescendo" (p = 0.006), TIMI risk (p = 0.006), and HEART score (p = 0.011). In the multivariate analysis, current smokers (OR 2.23, CI 95% 1.13-4.8) and type A chest pain (OR 3.39, CI 95% 1.93-6.66) were independently associated with the invasive strategy. Regarding the presence of obstructive CAD or ischemia, male gender (p = 0.032), exertional chest pain (p = 0.037), Diamond-Forrester (p = 0.026) and TIMI risk (p = 0.001) showed significant associations. In the multivariate analysis, the type of chest pain (type B chest pain: OR 0.6, CI 95% 0.38-0.93, p = 0.026) and presence of previous CAD (OR 1.42, CI 95% 1.01-2.0, p = 0.048) were independently associated with obstructive CAD or ischemia. CONCLUSION: Chest pain type is not only instrumental in diagnosing UA but also critical in shaping the suitable treatment approach. Our study emphasizes the significance of integrating pain traits with guidelines-endorsed scoring systems for optimal management.

4.
Arq. bras. cardiol ; 117(5 supl. 1): 188-188, nov., 2021.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1348783

RESUMO

INTRODUÇÃO: Pouco tem sido relatado a respeito das alterações hemodinâmicas agudas associadas ao implante de prótese aórtica transcateter (TAVI). Complicações vasculares, bloqueio cardíaco, sangramentos e lesão renal aguda são as complicações mais comumente associadas a esse procedimento. O caso a seguir mostra o impacto das alterações que podem ocorrer após o implante da TAVI. RELATO DE CASO: Paciente de 74 anos, masculino, hipertenso e diabético com queixa de tontura e dispneia aos esforços (CF II NYHA). Ao exame físico: sopro sistólico em foco aórtico 3+/6+, fenômeno de Gallavardin. Ecocardiograma transtorácico: diâmetro diastólico e sistólico final do VE = 46 mm e 35 mm respectivamente, septo = 13 mm, parede posterior = 10 mm, contratilidade miocárdica preservada (FEVE = 67%) e aumento da espessura miocárdica. Presença de septo em sigmoide de 13 mm sem gerar gradiente em via de saída do ventrículo esquerdo (VSVE). Valva aórtica com cúspides espessadas, calcificadas, abertura e mobilidade reduzidas, refluxo discreto, gradiente sistólico máximo = 55 mmHg, gradiente sistólico médio de 38 mmHg, AV indexada = 0,52 cm²/m² e V máx de 4,48cm/s. Optado por implante de TAVI após discussão em Heart Team. No intraoperatório, após implante Myval nº 26, houve necessidade de iniciar noradrenalina para suporte hemodinâmico. De forma paradoxal, cursou com importante queda da pressão arterial a despeito do aumento da dose da amina vasoativa, além de aumento súbito do gradiente sistólico médio na VSVE de 60 mmHg, VE hiperdinâmico com FEVE > 80%, veia cava inferior fina e com colabamento inspiratório maior que 50%. Após, foi realizado reposição volêmica vigorosa, desmame da noradrenalina e ajustada frequência cardíaca pelo marcapasso transvenoso, com posterior melhora clínica e estabilidade hemodinâmica. ECO de controle mostrou endoprótese em posição aórtica com abertura e mobilidade preservadas, GS máximo = 16 mm, GS médio = 08 mm, AV = 3,0 cm ², FEVE = 68%, gradiente da via de saída = 28 mmHg. DISCUSSÃO: O caso destaca as alterações hemodinâmicas agudas que podem ocorrer após o implante da TAVI. Trata-se de um paciente idoso com Estenose Aórtica grave estágio D (AHA), foi submetido à TAVI e após implante da endoprótese valvar aórtica e alívio da obstrução valvar fixa, evoluiu com obstrução aguda da VSVE e colapso hemodinâmico, chamado de ventrículo esquerdo suicida, que foi prontamente revertido após medidas clínicas urgentes com destaque para a reposição volêmica.


Assuntos
Disfunção Ventricular Esquerda , Substituição da Valva Aórtica Transcateter
5.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 31(supl. 2B): 108-108, abr-jun., 2021. tab.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1284026

RESUMO

INTRODUÇÃO: Os Cuidados Paliativos (CP) consistem em um conjunto de práticas instituídas a pacientes e seus familiares diante de enfermidades terminais ou avançadas. Diversos estudos já avaliaram seu papel e indicações nos cenários ambulatoriais ou de emergência. Entretanto, faltam dados na literatura acerca do papel da paliação no contexto de pandemia, como a COVID-19. OBJETIVOS: Analisar o perfil de óbitos por COVID-19 em hospital cardiológico terciário de referência e determinar os fatores que estiveram vinculados à maior indicação de CP na abordagem do cuidado ao paciente. MÉTODOS: Foram estudados, entre 1º de março a 31 julho de 2020, todos os casos de óbito no período e infecção comprovada por COVID-19, sendo obtidas informações clínico-epidemiológicas, laboratoriais e de imagem. RESULTADOS: 26,8% dos óbitos receberam abordagem por Cuidados Paliativos durante internação. Na comparação entre os grupos (cuidados padrões vs. abordagem paliativa), houve diferença estatisticamente significativa (p< 0,05) nos seguintes parâmetros: idade (67,1 ± 12,1 vs. 73,5 ± 9,1), diagnóstico de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) (3,2% vs 14,7%) e causa de óbito sendo hipoxemia (17,2% vs 55,9%). CONCLUSÃO: No presente estudo, em uma amostra de pacientes cardiopatas admitidos em Pronto-Socorro de hospital terciário, os fatores determinantes para maior indicação de CP foram idade e DPOC prévio. Hipoxemia foi a principal causa de óbito, mais prevalente no grupo paliativo.


Assuntos
COVID-19/epidemiologia , Cuidados Paliativos , Causas de Morte , Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
6.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 31(supl. 2B): 174-174, abr-jun., 2021. ilus.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1284423

RESUMO

INTRODUÇÃO: A Disjunção do Anel Mitral (DAM) é definida como o deslocamento superior do anel valvar em relação ao miocárdio ventricular esquerdo (parede inferolateral). Sua presença, associada ou não ao Prolapso de Valva Mitral (PVM), já foi demonstrada na literatura como fator preditor de arritmias ventriculares malignas, constituindo a chamada Síndrome Arritmogênica da Disjunção do Anel Mitral, assunto ainda recente, porém de extrema importância na prática clínica. RELATO DE CASO: Paciente de 21 anos, masculino, sem comorbidades, com síncopes aos esforços, precedidas por palpitações e tonturas. Ao exame: sopro sistólico regurgitativo em foco mitral 3+/6+. Ritmo sinusal, sobrecarga de átrio esquerdo (AE) e ventrículo esquerdo (VE), bigeminismo ventricular, com morfologia de origem em músculos papilares do VE. Ecocardiograma transtorácico: AE com volume indexado de 65 ml/m², Diâmetro diastólico e sistólico final do VE, 61 e 41mm respectivamente. Fração de ejeção do VE 60%. Valva mitral com cúspides espessadas, aspecto de degeneração mixomatosa e prolapso de ambas as cúspides. Ao Doppler, refluxo de grau importante. Insuficiência tricúspide discreta. PSAP: 38 mmHg. Teste Ergométrico, com protocolo Bruce modificado, submáximo, interrompido com FC de 113 bpm por exaustão e tonturas. Alta densidade de arritmias ventriculares isoladas, pareadas, bigeminadas e polimórficas, mais frequentes no pico do esforço e na recuperação. MET: 10,1. Capacidade aeróbica regular para idade e sexo. Holter 24 horas: FC média de 73 bpm, ritmo sinusal. Presença de extrassístoles ventriculares muito frequentes, isoladas, pareadas, bigeminismo, polimórficas e de ocorrência aleatória nas 24 horas. Ressonância magnética do coração: FEVE: 54 %. Valva mitral com sinais de calcificação, folhetos prolapsados e volume do jato de regurgitação mitral de 77 ml/ batimento, indicando regurgitação importante. Ausência de áreas de realce tardio sugestivas de fibrose miocárdica. Observada disjunção do anel mitral, com medida de 21 mm (Figura 1). Iniciado metoprolol 25 mg/ dia e encaminhado paciente para cirurgia. CONCLUSÃO: Trata-se de paciente jovem, com insuficiência mitral importante, secundária a PVM, em estágio D (AHA), com síncopes, arritmias ventriculares e função do VE normal. No ECO e RNM visualizou-se importante Disjunção do Anel Mitral (DAM).


Assuntos
Arritmias Cardíacas , Prolapso da Valva Mitral
7.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 31(supl. 2B): 192-192, abr-jun., 2021.
Artigo em Português | CONASS, Sec. Est. Saúde SP, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1290790

RESUMO

INTRODUÇÃO: A insuficiência mitral e tricúspide secundárias à dilatação dos átrios (IMA) é uma entidade clínica de prevalência desconhecida que recentemente começou a ser descrita e estudada. Nos pacientes com fibrilação atrial e insuficiência cardíaca de fração de ejeção preservada (ICFEp) ocorre a dilatação do anel mitral e tricúspide levando à falha de coaptação das cúspides da valva mitral. RELATO DE CASO: Paciente de 61 anos, masculino, com histórico de HAS e etilismo de longa data, em uso de atenolol 50 mg/dia, anlodipino 10 mg /dia, losartana 50 mg 2xdia, rivaroxabana 20 mg/dia, furosemida 40 mg/dia, refere ritmo cardíaco irregular, nega dispneia, edema, síncope ou palpitação, encaminhado para avaliação. Ao exame: sopro sistólico em foco mitral e tricúspide 4+/6+, regurgitativo. PA: 110 x 80 mmHg. FC: 88 BPM. Ritmo de fibrilação atrial. Ecocardiograma transtorácico mostrou: átrio esquerdo com volume indexado de 185 ml/m², Diâmetros diastólicos e sistólico finais do ventrículo esquerdo respectivamente de 51 e 32 mm. Fração de ejeção do ventrículo esquerdo 58%. Valva mitral com cúspides discretamente espessadas, refluxo de grau importante por dilatação de anel mitral. Valva tricúspide com cúspides finas, abertura e mobilidade preservada, refluxo importante, presença de PSAP estimada 47 mmHg. Realizado Teste Ergométrico (TE) associado a cintilografia de perfusão miocárdica (CPM) com Sestamibi/Tecnécio 99. TE protocolo Bruce: TE máximo, interrompido aos 12 minutos com FC 174 BPM (FC máxima calculada 159 BPM e submáxima 135 BPM) em fibrilação atrial de alta resposta ventricular e episódio taquicardia ventricular não sustentada, apresentou ainda extrassístoles ventriculares frequentes no pico do esforço com fenômeno de Ashman. VO2 estimado: 45,1 ml/Kg.min, MET: 12,9. Capacidade aeróbica excelente para idade e sexo. CPM evidenciou ausência de sinais de isquemia do miocárdio e função ventricular global preservada, paciente mantido em tratamento clínico. CONCLUSÃO: Trata-se de insuficiência mitral e tricúspidefuncionais, secundárias àdilatação dos átrios por ICFEP e FA de longa data. A princípio o tratamento é clínico com tentativa de reversão para ritmo sinusal, controle de frequência cardíaca, tratamento medicamentoso da insuficiência cardíaca e ainda se discute o benefício de tratamento cirúrgico.


Assuntos
Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Insuficiência da Valva Tricúspide , Insuficiência da Valva Mitral , Átrios do Coração
8.
Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo ; 31(supl. 2B): 96-96, abr-jun., 2021. tab.
Artigo em Português | Sec. Est. Saúde SP, CONASS, SESSP-IDPCPROD, Sec. Est. Saúde SP | ID: biblio-1283896

RESUMO

INTRODUÇÃO: Com o surgimento do novo coronavírus (COVID-19) em dezembro de 2019, diversas áreas da medicina sofreram com o impacto da pandemia. Na cardiologia, a redução da procura por atendimento gerou consequências imediatas no número de procedimentos e cirurgias, com consequente aumento da letalidade das doenças cardiovasculares, inclusive no Brasil. Ao longo do último ano, o impacto do COVID-19 na mortalidade dos pacientes submetidos a cirurgias cardíacas tornou- -se OBJETO DE ESTUDO. Em março de 2021, uma análise prospectiva e multicêntrica identificou aumento da mortalidade neste grupo de pacientes. O objetivo do atual estudo é avaliar eventos adversos em pacientes que foram submetidos à cirurgia de troca valvar em serviço terciário brasileiro, com diagnóstico de COVID-19 na internação, antes ou após o procedimento. MÉTODOS: Coorte retrospectiva de pacientes internados pelo pronto-socorro submetidos à cirurgia de troca valvar de urgência, de maneira consecutiva, durante a pandemia (01 de abril de 2020 à 31 de março de 2021). Eventos intra-hospitalares foram comparados entre pacientes não contaminados pelo COVID-19 com os que testaram positivo (RT-PCR), pré ou pós procedimento cirúrgico. Variáveis categóricas foram apresentadas em frequências e porcentagens, enquanto as variáveis numéricas foram descritas em medidas de tendência central. Foi realizada análise estatística bivariada e considerou-se estatisticamente significativo o valor de p < 0,05 bicaudal. RESULTADOS: De Abril de 2020 à Março de 2021, foram realizadas 278 cirurgias de trocavalvar no instituto. Destes pacientes cerca de 60% deles foram contaminados antes do procedimento. Cerca de 53% na tabela 1 observa-se o perfil epidemiológico dos pacientes e as características de base, seguindo pelos desfechos na tabela 2. Foi observado maior tendência à mortalidade intra-hospitalar, aumento da necessidade de hemodiálise e período mais prolongado de internação hospitalar (31,1 vs 15,3 dias entre cirurgia e alta, p < 0,001), nos pacientes infectados pelo COVID-19. CONCLUSÃO: O atual estudo é o primeiro a avaliar exclusivamente o impacto da infecção pelo novo coronavírus nas cirurgias de troca valvar no Brasil. Os dados sugerem que a presença da doença pode estar associada a aumento da mortalidade, necessidade de hemodiálise e aumento considerável no tempo de internação. Mais estudos são necessários, com maior número amostral, para avaliar com mais precisão o verdadeiro impacto do COVID-19 nas cirurgias de troca valvar.


Assuntos
Doenças Cardiovasculares , Infecções por Coronavirus , Doenças das Valvas Cardíacas/cirurgia
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