Resumo
Fungos nematófagos têm sido considerados como uma alternativa promissora para o controle biológico de nematóidesgastrintestinais de ruminantes, dentre eles o gênero Monacrosporium. Dois isolados de fungos predadores de nematóides, M.sinense SF 470 e M. appendiculatum CGI foram testados quanto a capacidade de passagem através do trato gastrintestinal decaprinos sem perda da capacidade predatória sobre larvas infectantes(L3) de Haemonchus contortus de caprinos. Trêscaprinos da raça Saneen, de quatro meses de idade e do sexo masculino, foram inoculados com 5000 L3 de H. contortus. Cemgramas de pellets contendo os isolados fúngicos M. sinense SF 470 e M. appendiculatum CGI foram administrados a doisanimais, por via oral, em separado. O controle foi constituído por um animal que recebeu 100 gramas de pellets sem apresença de isolados fúngicos. Amostras fecais foram coletadas às 12, 18, 24, 48, 72 e 96 horas após os tratamentos e foramalocadas em placas de Petri e coproculturas e incubadas a 25ºC, por 15 dias. Houve redução significativa (p 0,05) no númerode larvas recuperadas após os tratamentos dos animais com os isolados fúngicos em relação ao animal controle, que foiaproximadamente de 60%. De acordo com os resultados, pode-se afirmar a viabilidade dos fungos M. sinense e M.appendiculatum na passagem pelo trato gastrintestinal de caprinos sem perda de capacidade em predar L3 de
Resumo
The viability of a formulation of the fungus Monacrosporium thaumasium associated with ivermectin was evaluated for the biological control of bovine gastrointestinal nematode parasites. Four groups of five calves each were placed in pastures with a stocking rate of 1.6 animal/hectare. In group 1 (control), the calves did not receive any treatment. In group 2, each animal received 20g of pellets of M. thaumasium orally twice a week during a six-month period that began with the onset of the rainy season (October 23, 2000). In group 3, each animal received 20g of pellets of M. thaumasium orally twice a week during the same period as 2, as well as two strategic treatments with ivermectin (200 mcg/kg) on May 10, 2001 and July 5, 2001. In group 4, the animals were treated with ivermectin alone as described for group 3. EPG counts for group 1 were significantly greater (P 0.01) than those for groups 2 and 3 and the difference at the end of the study period was near 100%. The EPGs of group 4 animals remained high until the first strategic treatment with ivermectin. Values for groups 1 and 4 differed significantly (P 0.05) from those of groups 2 and 3 from December 2000 onwards. It was concluded that the use of this dose and periodicity of application of M. thaumasium pellets makes the application of anthelminthic treatments unnecessary.
A viabilidade de uma formulação do fungo Monacrosporium thaumasium associada com ivermectina foi avaliada no controle biológico de nematóides parasitos gastrintestinais de bovinos. Quatro grupos de cinco bezerros foram colocados em pastagens com uma taxa de lotação de 1,6 animal/hectare. No grupo 1 (controle), os bezerros não receberam nenhum tratamento. No grupo 2, cada animal recebeu 20 g de pellets de M. thaumasium, via oral, duas vezes por semana e durante um período de seis meses que começou na estação chuvosa (23 de outubro, 2000). No grupo 3, cada animal recebeu 20g de pellets de M. thaumasium, via oral, duas vezes por semana e durante o mesmo período do grupo 2, assim como dois tratamentos estratégicos com ivermectina (200 mcg/kg) em 10 de maio de 2001 e em 5 de julho de 2001. No grupo 4, os animais foram tratados somente com ivermectina como descrito no grupo 3. As contagens de OPG dos animais do grupo 1 foram significativamente maiores (P 0,01) do que os animais dos grupos 2 e 3 e a diferença no final do experimento foi próxima de 100%. Os OPGs dos animais do grupo 4 permaneceram altos até o primeiro tratamento estratégico com ivermectina. Os resultados do grupo 1 e 4 diferiram significativamente (P 0,05) daqueles dos grupos 2 e 3 a partir de dezembro de 2000. Concluiu-se que a aplicação de pellets de M. thaumasium nesta dosagem e periodicidade de aplicação tornaram os tratamentos anti-helmínticos desnecessários.
Resumo
The viability of a formulation of the fungus Monacrosporium thaumasium associated with ivermectin was evaluated for the biological control of bovine gastrointestinal nematode parasites. Four groups of five calves each were placed in pastures with a stocking rate of 1.6 animal/hectare. In group 1 (control), the calves did not receive any treatment. In group 2, each animal received 20g of pellets of M. thaumasium orally twice a week during a six-month period that began with the onset of the rainy season (October 23, 2000). In group 3, each animal received 20g of pellets of M. thaumasium orally twice a week during the same period as 2, as well as two strategic treatments with ivermectin (200 mcg/kg) on May 10, 2001 and July 5, 2001. In group 4, the animals were treated with ivermectin alone as described for group 3. EPG counts for group 1 were significantly greater (P 0.01) than those for groups 2 and 3 and the difference at the end of the study period was near 100%. The EPGs of group 4 animals remained high until the first strategic treatment with ivermectin. Values for groups 1 and 4 differed significantly (P 0.05) from those of groups 2 and 3 from December 2000 onwards. It was concluded that the use of this dose and periodicity of application of M. thaumasium pellets makes the application of anthelminthic treatments unnecessary.
A viabilidade de uma formulação do fungo Monacrosporium thaumasium associada com ivermectina foi avaliada no controle biológico de nematóides parasitos gastrintestinais de bovinos. Quatro grupos de cinco bezerros foram colocados em pastagens com uma taxa de lotação de 1,6 animal/hectare. No grupo 1 (controle), os bezerros não receberam nenhum tratamento. No grupo 2, cada animal recebeu 20 g de pellets de M. thaumasium, via oral, duas vezes por semana e durante um período de seis meses que começou na estação chuvosa (23 de outubro, 2000). No grupo 3, cada animal recebeu 20g de pellets de M. thaumasium, via oral, duas vezes por semana e durante o mesmo período do grupo 2, assim como dois tratamentos estratégicos com ivermectina (200 mcg/kg) em 10 de maio de 2001 e em 5 de julho de 2001. No grupo 4, os animais foram tratados somente com ivermectina como descrito no grupo 3. As contagens de OPG dos animais do grupo 1 foram significativamente maiores (P 0,01) do que os animais dos grupos 2 e 3 e a diferença no final do experimento foi próxima de 100%. Os OPGs dos animais do grupo 4 permaneceram altos até o primeiro tratamento estratégico com ivermectina. Os resultados do grupo 1 e 4 diferiram significativamente (P 0,05) daqueles dos grupos 2 e 3 a partir de dezembro de 2000. Concluiu-se que a aplicação de pellets de M. thaumasium nesta dosagem e periodicidade de aplicação tornaram os tratamentos anti-helmínticos desnecessários.
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Fungos nematófagos têm sido considerados como uma alternativa promissora para o controle biológico de nematóidesgastrintestinais de ruminantes, dentre eles o gênero Monacrosporium. Dois isolados de fungos predadores de nematóides, M.sinense SF 470 e M. appendiculatum CGI foram testados quanto a capacidade de passagem através do trato gastrintestinal decaprinos sem perda da capacidade predatória sobre larvas infectantes(L3) de Haemonchus contortus de caprinos. Trêscaprinos da raça Saneen, de quatro meses de idade e do sexo masculino, foram inoculados com 5000 L3 de H. contortus. Cemgramas de pellets contendo os isolados fúngicos M. sinense SF 470 e M. appendiculatum CGI foram administrados a doisanimais, por via oral, em separado. O controle foi constituído por um animal que recebeu 100 gramas de pellets sem apresença de isolados fúngicos. Amostras fecais foram coletadas às 12, 18, 24, 48, 72 e 96 horas após os tratamentos e foramalocadas em placas de Petri e coproculturas e incubadas a 25ºC, por 15 dias. Houve redução significativa (p 0,05) no númerode larvas recuperadas após os tratamentos dos animais com os isolados fúngicos em relação ao animal controle, que foiaproximadamente de 60%. De acordo com os resultados, pode-se afirmar a viabilidade dos fungos M. sinense e M.appendiculatum na passagem pelo trato gastrintestinal de caprinos sem perda de capacidade em predar L3 de