Resumo
Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da substituição da farinha e do óleo de peixe pelo concentrado proteico de soja e óleo de soja, na sobrevivência, no crescimento e na composição corporal dos camarões (Litopenaeus vannamei) produzidos em sistema de bioflocos (BFT). Foram formuladas cinco dietas, isoproteicas e isoenergéticas, com diferentes níveis de substituição da farinha e do óleo de peixe por concentrado proteico de soja e óleo de soja, sendo os tratamentos designados como: 0% (sem substituição), 25%, 50%, 75% e 100%. As rações foram elaboradas para conter aproximadamente 35% de proteína e 8% de lipídios. O experimento foi conduzido durante 49 dias, com juvenis com peso inicial de 2,93±0,83g, em sistema de bioflocos (BFT). Não foram encontradas diferenças significativas entre os tratamentos até 75% de substituição para as variáveis de ganho de peso, conversão alimentar e sobrevivência. O tratamento de 100% de substituição apresentou menor taxa de crescimento específico. O presente resultado sugere que, nas dietas para camarões criados em sistema bioflocos, a farinha e o óleo de peixe possam ser substituídos em até 75% por concentrado proteico de soja e óleo de soja, sem prejudicar o desenvolvimento dos animais.(AU)
The objective of this work was to evaluate the effect of the substitution of fishmeal and fish oil with soy protein concentrate and soybean oil on survival, growth and body composition of shrimp (Litopenaeus vannamei) produced in biofloc system (BFT). Five diets were formulated to be isoproteic and isoenergetic with different levels of substitution of fishmeal and fish oil with soy protein concentrate and soybean oil. The treatments were named as: 0% (without substitution), 25%, 50%, 75% and 100%. The diets were formulated to contain approximately 35% protein and 8% lipids. The experiment was conducted for 49 days, with juveniles with initial weight of (2.93±0.83g) in a biofloc system (BFT). No significant differences were found between treatments up to 75% of substitution for the variables of weight gain, feed conversion ratio, and survival. The 100% substitution treatment showed a lower specific growth rate. The present study suggests fish meal and fish oil can be substituted in up to 75% for soy protein concentrate and soybean oil, without harming the development of the shrimps when reared in biofloc system.(AU)
Assuntos
Animais , Frutos do Mar , Óleo de Soja , Penaeidae , Alimentos de Soja , Dieta/veterinária , Produtos Pesqueiros , Ração Animal/análiseResumo
Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da substituição da farinha e do óleo de peixe pelo concentrado proteico de soja e óleo de soja, na sobrevivência, no crescimento e na composição corporal dos camarões (Litopenaeus vannamei) produzidos em sistema de bioflocos (BFT). Foram formuladas cinco dietas, isoproteicas e isoenergéticas, com diferentes níveis de substituição da farinha e do óleo de peixe por concentrado proteico de soja e óleo de soja, sendo os tratamentos designados como: 0% (sem substituição), 25%, 50%, 75% e 100%. As rações foram elaboradas para conter aproximadamente 35% de proteína e 8% de lipídios. O experimento foi conduzido durante 49 dias, com juvenis com peso inicial de 2,93±0,83g, em sistema de bioflocos (BFT). Não foram encontradas diferenças significativas entre os tratamentos até 75% de substituição para as variáveis de ganho de peso, conversão alimentar e sobrevivência. O tratamento de 100% de substituição apresentou menor taxa de crescimento específico. O presente resultado sugere que, nas dietas para camarões criados em sistema bioflocos, a farinha e o óleo de peixe possam ser substituídos em até 75% por concentrado proteico de soja e óleo de soja, sem prejudicar o desenvolvimento dos animais.(AU)
The objective of this work was to evaluate the effect of the substitution of fishmeal and fish oil with soy protein concentrate and soybean oil on survival, growth and body composition of shrimp (Litopenaeus vannamei) produced in biofloc system (BFT). Five diets were formulated to be isoproteic and isoenergetic with different levels of substitution of fishmeal and fish oil with soy protein concentrate and soybean oil. The treatments were named as: 0% (without substitution), 25%, 50%, 75% and 100%. The diets were formulated to contain approximately 35% protein and 8% lipids. The experiment was conducted for 49 days, with juveniles with initial weight of (2.93±0.83g) in a biofloc system (BFT). No significant differences were found between treatments up to 75% of substitution for the variables of weight gain, feed conversion ratio, and survival. The 100% substitution treatment showed a lower specific growth rate. The present study suggests fish meal and fish oil can be substituted in up to 75% for soy protein concentrate and soybean oil, without harming the development of the shrimps when reared in biofloc system.(AU)
Assuntos
Animais , Frutos do Mar , Óleo de Soja , Penaeidae , Alimentos de Soja , Dieta/veterinária , Produtos Pesqueiros , Ração Animal/análiseResumo
We conducted a biological assay using the traditional method of excreta collection, with the purpose to determine the values of apparent metabolizable energy, apparent metabolizable energy corrected for nitrogen balance, and the chemical composition of six feeds: deactivated whole soybean with shuck; deactivated whole soybean without shuck; soy protein concentrate; extruded semi-whole soybean meal; soybean meal; and wheat gluten. We used 252 chicks of the Cobb 500 commercial lineage, from 14 to 24 days of age, distributed in a completely randomized design, with seven treatments (six test rations and a reference ration) and six repetitions with six birds per experimental unit. The five initial days were destined to the adaptation of the birds to the experimental rations, and the five final days were destined to excreta collection, which was carried out twice a day. The values of apparent metabolizable energy corrected for nitrogen balance, based on natural matter determined in broiler chicken aged from 14 to 24 days old were as follows: deactivated whole soybean with shuck: 2797 kcal/kg; deactivated whole soybean without shuck: 3012 kcal/kg; soy protein concentrate:, 2554 kcal/ kg; extruded semi-whole soybean meal: 2467 kcal/kg; soybean meal: 2221 kcal/kg and wheat gluten: 3813 kcal/kg.
Foi realizado um experimento, utilizando-se o método tradicional de coleta total de excretas, com o objetivo de determinar os valores de energia metabolizável aparente, energia metabolizável aparente corrigida pelo balanço de nitrogênio e composição química de seis alimentos: soja integral desativada com casca, soja integral desativada sem casca, concentrado proteico de soja, farelo de soja extrusada semi-integral, farelo de soja e glúten de trigo. Foram utilizados 252 pintos de corte da linhagem comercial Cobb 500, com 14 dias de idade, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com sete tratamentos (seis rações testes e uma ração referência), seis repetições e seis aves por unidade experimental. Os cinco dias iniciais foram destinados à adaptação das aves às rações experimentais e os cinco dias finais à coleta total das excretas, realizada duas vezes ao dia. Os valores de energia metabolizável aparente corrigida pelo balanço de nitrogênio na matéria natural determinados em frangos de corte no período de 14 a 24 dias de idade foram os seguintes: soja integral desativada com casca: 2797 kcal/kg; soja integral desativada sem casca: 3012 kcal/kg; concentrado proteico de soja: 2554 kcal/kg; farelo de soja extrusada semi-integral: 2467 kcal/kg; farelo de soja: 2221 kcal/kg; glúten de trigo: 3813 kcal/kg.
Assuntos
Dieta , Galinhas/fisiologia , Métodos de Alimentação , Ração Animal , Proteínas de SojaResumo
We conducted a biological assay using the traditional method of excreta collection, with the purpose to determine the values of apparent metabolizable energy, apparent metabolizable energy corrected for nitrogen balance, and the chemical composition of six feeds: deactivated whole soybean with shuck; deactivated whole soybean without shuck; soy protein concentrate; extruded semi-whole soybean meal; soybean meal; and wheat gluten. We used 252 chicks of the Cobb 500 commercial lineage, from 14 to 24 days of age, distributed in a completely randomized design, with seven treatments (six test rations and a reference ration) and six repetitions with six birds per experimental unit. The five initial days were destined to the adaptation of the birds to the experimental rations, and the five final days were destined to excreta collection, which was carried out twice a day. The values of apparent metabolizable energy corrected for nitrogen balance, based on natural matter determined in broiler chicken aged from 14 to 24 days old were as follows: deactivated whole soybean with shuck: 2797 kcal/kg; deactivated whole soybean without shuck: 3012 kcal/kg; soy protein concentrate:, 2554 kcal/ kg; extruded semi-whole soybean meal: 2467 kcal/kg; soybean meal: 2221 kcal/kg and wheat gluten: 3813 kcal/kg.(AU)
Foi realizado um experimento, utilizando-se o método tradicional de coleta total de excretas, com o objetivo de determinar os valores de energia metabolizável aparente, energia metabolizável aparente corrigida pelo balanço de nitrogênio e composição química de seis alimentos: soja integral desativada com casca, soja integral desativada sem casca, concentrado proteico de soja, farelo de soja extrusada semi-integral, farelo de soja e glúten de trigo. Foram utilizados 252 pintos de corte da linhagem comercial Cobb 500, com 14 dias de idade, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com sete tratamentos (seis rações testes e uma ração referência), seis repetições e seis aves por unidade experimental. Os cinco dias iniciais foram destinados à adaptação das aves às rações experimentais e os cinco dias finais à coleta total das excretas, realizada duas vezes ao dia. Os valores de energia metabolizável aparente corrigida pelo balanço de nitrogênio na matéria natural determinados em frangos de corte no período de 14 a 24 dias de idade foram os seguintes: soja integral desativada com casca: 2797 kcal/kg; soja integral desativada sem casca: 3012 kcal/kg; concentrado proteico de soja: 2554 kcal/kg; farelo de soja extrusada semi-integral: 2467 kcal/kg; farelo de soja: 2221 kcal/kg; glúten de trigo: 3813 kcal/kg.(AU)
Assuntos
Galinhas/fisiologia , /instrumentação , Dieta , Métodos de Alimentação , Ração Animal , Proteínas de SojaResumo
Abstract We conducted a biological assay using the traditional method of excreta collection, with the purpose to determine the values of apparent metabolizable energy, apparent metabolizable energy corrected for nitrogen balance, and the chemical composition of six feeds: deactivated whole soybean with shuck; deactivated whole soybean without shuck; soy protein concentrate; extruded semi-whole soybean meal; soybean meal; and wheat gluten. We used 252 chicks of the Cobb 500 commercial lineage, from 14 to 24 days of age, distributed in a completely randomized design, with seven treatments (six test rations and a reference ration) and six repetitions with six birds per experimental unit. The five initial days were destined to the adaptation of the birds to the experimental rations, and the five final days were destined to excreta collection, which was carried out twice a day. The values of apparent metabolizable energy corrected for nitrogen balance, based on natural matter determined in broiler chicken aged from 14 to 24 days old were as follows: deactivated whole soybean with shuck: 2797 kcal/kg; deactivated whole soybean without shuck: 3012 kcal/kg; soy protein concentrate:, 2554 kcal/kg; extruded semi-whole soybean meal: 2467 kcal/kg; soybean meal: 2221 kcal/kg and wheat gluten: 3813 kcal/kg.
Resumo Foi realizado um experimento, utilizando-se o método tradicional de coleta total de excretas, com o objetivo de determinar os valores de energia metabolizável aparente, energia metabolizável aparente corrigida pelo balanço de nitrogênio e composição química de seis alimentos: soja integral desativada com casca, soja integral desativada sem casca, concentrado proteico de soja, farelo de soja extrusada semi-integral, farelo de soja e glúten de trigo. Foram utilizados 252 pintos de corte da linhagem comercial Cobb 500, com 14 dias de idade, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com sete tratamentos (seis rações testes e uma ração referência), seis repetições e seis aves por unidade experimental. Os cinco dias iniciais foram destinados à adaptação das aves às rações experimentais e os cinco dias finais à coleta total das excretas, realizada duas vezes ao dia. Os valores de energia metabolizável aparente corrigida pelo balanço de nitrogênio na matéria natural determinados em frangos de corte no período de 14 a 24 dias de idade foram os seguintes: soja integral desativada com casca: 2797 kcal/kg; soja integral desativada sem casca: 3012 kcal/kg; concentrado proteico de soja: 2554 kcal/kg; farelo de soja extrusada semi-integral: 2467 kcal/kg; farelo de soja: 2221 kcal/kg; glúten de trigo: 3813 kcal/kg.
Resumo
Há uma intensa busca por ingredientes proteicos que possam ser usados nas formulações das rações para aquicultura. Além de atender as exigências nutricionais dos peixes, espera-se que os ingredientes proteicos sejam passíveis ao processo de extrusão, resultando em péletes de qualidade. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar como a inclusão de diferentes fontes proteicas de origem vegetal e animal em rações para peixes onívoros influencia no processo de extrusão e nas características físicas dos péletes. Inicialmente, foram formuladas quatro rações experimentais isoproteicas (28% PB) e isoenergéticas (3600 kcal de EB/Kg) de acordo com a exigência nutricional do tambaqui (Colossoma macropomum) durante a fase de engorda. As rações foram formuladas com 20% de cada ingrediente teste, sendo dois de origem vegetal (CPS: concentrado proteico de soja e GM: glúten de milho) e dois de origem animal (FPM: farinha de peixe marinho e FVA: farinha de vísceras de aves). Todas as rações foram extrudadas em extrusora monorosca, com temperaturas da água no pré-condicionador e no canhão em 80 e 100 ºC, respectivamente. Os péletes das rações foram avaliados quanto ao teor de umidade (UM), densidade aparente (DA), flutuabilidade (F), taxa de expansão (TE), índice de absorção de água (IAA), índice de solubilidade em água (ISA), resistência à água (RA), índice de durabilidade do péletes (IDP) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Os maiores valores de DA foram das rações FVA 334,02 ± 6,61 g/L e CPS com 325,99 ± 3,86 g/L. Os péletes apresentaram maiores valores de TE nas rações elaboradas com fonte proteica de origem vegetal, 65,81 e 58,65% para CPS e GM, respectivamente. Todas as rações apresentaram flutuabilidade de 100%. Na avaliação do IAA, para as rações CPS e GM foram observados os valores 5,46 ± 0,50 e 5,37±0,29 g/g respectivamente, assim como as rações CPS e GM apresentaram os melhores valores para ISA, 2,51 ± 0,38 e 2,40 ± 0,29%, demonstrando que os péletes das rações com fonte proteica de origem vegetal têm a menor desintegração de péletes na água. A capacidade de RA das rações CPS e FPM foi semelhante com valores de 81,92 ± 3,78, 79,18 ± 2,02%, respectivamente, diferindo das rações GM e FVA. As rações testadas apresentaram IDP inferiores a 1% e na avaliação da MEV, os péletes das rações CPS e GM apresentaram poros com câmaras de ar sem deformação e uniformes, ao passo que as rações FVA e FPM apresentaram péletes com poros e câmaras de ar deformadas e desuniformes. Entretanto, não foram observadas diferenças na superfície dos péletes de todas as rações. Apesar das combinações de 20% de ingredientes proteicos de origem vegetal ou animal com 21% de amido proporcionarem péletes com alta qualidade física, as rações CPS e GM destacaram-se se por apresentarem melhores ISA, IAA e TE além de microestrutura dos poros mais uniformes.
There is an emerging need for protein ingredients to produce aquafeeds. In addition to meeting the fish nutritional requirements, it is expected that the protein ingredients are amenable to the extrusion process, resulting in high quality pellets. Therefore, the aim of this study was to evaluate how the inclusion of different protein sources of vegetable and animal origin in omnivorous fish feeds influences the extrusion process and the physical characteristics of the pellets. Initially, four experimental isoproteic (28% CP) and isoenergetic (3600 kcal EB / Kg) diets were formulated according to the nutritional requirement of tambaqui (Colossoma macropomum) during the fattening phase. The diets were formulated with 20% of each test ingredient, two of vegetable origin (SPC: soy protein concentrate and CG: corn gluten) and two of animal origin (MFM: marine fishmeal and POM: poultry offal meal). All feeds were extruded in a single screw extruder with water at 80º C from the preconditioner and extruding chamber at 100 ºC. Feed pellets were evaluated for moisture content (MC), bulk density (BD), buoyancy (B), expansion rate (ER), water absorption index (WAI), water solubility index (WSI), water resistance (WR), pellet durability index (PDI) and scanning electron microscopy (SEM). The highest values of BD were from POM 334.02 ± 6.61 g / L and CPS 325.99 ± 3.86 g / L. The pellets showed higher ER values in diets prepared with protein source of vegetable origin, 65.81 and 58.65% for SPC and CG, respectively. All diets showed 100% of buoyancy pellets. The SPC and CG diets presented 5.46 ± 0.50 and 5.37 ± 0.29 g / g for WAI, respectively, as well as the SPC and CG diets showed the best values for WSI, 2.51 ± 0.38 and 2.40 ± 0.29%.These values demonstrates that the feed pellets with protein source of vegetable origin have the lowest loss of pellet disintegration to water. The WR capacity of the SPC and MFM was similar with values of 81.92 ± 3.78 and, 79.18 ± 2.02%, respectively, differing significantly from CG and OMB diets. The tested diets showed PID less than 1%. SPC and CG pellets showed pores with unformed and uniform air chambers in SEM, whereas the POM and MFM showed pellets with deformed and uneven pores and air chambers. However, for SEM, no significant differences were observed in pellet surface of all diets. Despite the combinations of 20% of protein ingredients of vegetable or animal origin with 21% of starch provide pellets with high physical quality, the SPC and CG diets presented higher quality for WSI, WAI, ER and uniform pore microstructure.
Resumo
O presente estudo avaliou a substituição da fonte proteica farinha de vísceras de frango (FVF) por diferentes inclusões de concentrado proteico de soja (CPS), isolado proteico de soja (IPS) e glúten de milho 60% (GM) sobre as características de extrusão, macroestrutura dos kibbles e digestibilidade dos nutrientes em alimentos para cães. Dois estudos foram realizados, o primeiro avaliou os efeitos dessas matérias primas sobre o processo de extrusão e a formatação e características dos kibbles. O segundo experimento utilizou cães para avaliar a digestibilidade de dietas contendo as fontes proteicas do estudo. O primeiro estudo seguiu delineamento inteiramente casualizado com 10 tratamentos (dietas), a dieta de controle com apenas FVF e 9 dietas teste formuladas pela substituição de 20%, 40% e 60% da proteína da dieta por CPS, IPS ou GM. O segundo estudo seguiu delineamento inteiramente casualizado com quatro dietas e seis animais por dieta, totalizando 24 cães. As dietas selecionadas para o segundo estudo foram: a dieta FVF e as dietas com os maiores teores de substituição da proteína da dieta pelas fontes de origem vegetal: CPS60%; IPS60% e GM60%. No primeiro estudo, quando diferenças foram detectadas pelo teste F da ANOVA, os efeitos dos níveis de substituição de cada ingrediente proteico foram comparados por contrastes polinomiais. No segundo estudo, quando diferenças foram detectadas na ANOVA, as comparações múltiplas das médias foram realizadas pelo teste de Tukey. Os valores de P<0,05 foram considerados significativos. Com base nos resultados observados, devido as propriedades funcionais das proteínas da soja, a inclusão crescente de CPS promoveu aumento linear do desenvolvimento de viscosidade e da transferência de energia mecânica específica (EME), que aumentou de 17.1 kW-h/ton para FVF para 24.9 kW-h/ton com 60% de substituição da proteína da dieta por CPS (P<0.001), e foi em média 30% superior quando comparado ao IPS e 40% quando comparado ao GM (P<0.001). O IPS transferiu EME à massa de forma quadrática (P<0.001), contribuindo com o processo de extrusão apenas a partir da substituição de 40% da proteína da dieta por IPS, provavelmente devido ao seu intenso tratamento industrial o que pode ter reduzido suas propriedades funcionais. A inclusão de GM não favoreceu o processo de extrusão. O CPS e ISP apresentaram elevada digestibilidade da proteína em cães e semelhantes (P<0.001) a dieta FVF, de 90.6%, 90.9% e 89.0%, respectivamente. A digestibilidade da proteína no tratamento GM demonstrou-se superior a FVF (91.8%; P<0.001). Os resultados encontrados para características das fezes indicam que o CPS ainda contém carboidratos fermentáveis que, quando comparado aos demais tratamentos, reduziram o pH fecal em 8% e aumentaram a umidade fecal em 20% (P<0.001). Em conclusão, os tratamentos contendo CPS e IPS resultaram em aumento da aplicação de EME, da gelatinização do amido e da expansão dos kibbles. As fontes proteicas vegetais CPS, IPS e GM tiveram alta digestibilidade da proteína bruta.
The present study evaluated the substitution of poultry by-product meal (PBM) by different inclusions of soy protein concentrate (CPS), soy protein isolate (SPI) and corn gluten meal 60 (GM) on the extrusion characteristics, kibble macrostructure and apparent digestibility of dog foods. Two studies were conducted, the first evaluated the raw materials effects on extrusion process and kibble formation and the second experiment used dogs to evaluate the digestibility of diets containing the protein sources under study. The first study followed a completely randomized design with 10 treatments (diets), a control diet with only PBM as the protein source was formulated and 9 test diets formulated by the replacement of 20%, 40% or 60% of the dietary protein by SPC, SPI, or GM. The second study followed a completely randomized design with four diets and six animals per diet, totaling 24 dogs. The diets selected for the second study were: the PBM diet and the diets with the greater substitution of dietary protein by vegetable protein sources: SPC60%; SPI60%; GM60%. For the first study, when differences were detected by the F test, the effects of the inclusion levels of each protein ingredient were compared by polynomial contrasts. For the second study, when significant differences were detected with ANOVA F tests, multiple comparisons of the means were performed using the Tukey test. Based on the observed results, due to the functional properties of the soybean proteins, an increasing inclusion of SPC promoted a linear increase in viscosity development and specific mechanical energy transfer (SME), which increased from 17.1 kW-h/ton for PBM to 24.9 kW-h/ton with 60% of replacement of the dietary protein by SPC (P<0.001), and was 30% higher when compared to SPI and 40% higher when compared to GM (P<0.001). The SPI transferred SME to the mass in a quadratic form (P<0.001), contributing to the extrusion process above of 40% replacement of the diet protein by SPI, probably due to its intense industrial treatment which may have reduced its functional properties. The inclusion of GM did not favor the extrusion process. SPC and SPI showed high protein digestibility for dogs, similar to PBM diet (P<0.001), with values of 90.6%, 90.9% and 89.0%, respectively. The protein digestibility of GM treatment was superior to PBM (91.8%; P<0.001). The results found for faeces characteristics indicate that SPC still contains fermentable carbohydrates which, when compared to other treatments, lower fecal pH by 8% and increased fecal moisture by 20% (P<0.001). In conclusion, the treatments containing SPC and SPI promoted an increased application of SME, starch gelatinization and kibble expansion. The vegetable protein sources SPC, SPI and GM had high digestibility of crude protein.
Resumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar a viabilidade da utilização de dietas compostas por ingredientes de origem animal e vegetal na alimentação de pós-larvas de jundiás (Rhamdia quelen) e sua influência no desenvolvimento dos animais. Foram realizados três experimentos onde testou-se no primeiro (E1) a substituição total (30%) e parcial (15%) do fígado de aves por farinha de peixe (FJ) e/ou concentrado proteico de soja (CPS) na dieta padrão contendo 30% de fígado de aves. No segundo (E2) níveis de substituição (5; 10; 15; 20 e 25%) do fígado por FJ e no terceiro (E3) níveis de substituição do fígado por CPS (15; 20; 25 e 30%) suplementado com taurina (CPST). Foram analisados parâmetros de desempenho (peso, comprimento total, fator de condição, taxa de crescimento específico, ganho em peso diário, sobrevivência e produto peso versus sobrevivência), desenvolvimento muscular (diâmetro da fibra, número de fibras/mm² e número total de fibras) e atividade enzimática (tripsina, quimotripsina, lipase, amilase e maltase). O melhor desempenho das pós-larvas de jundiá foi a partir das dietas 15FJ (E1 e E2) e 15CPST (E3). No desenvolvimento muscular encontrou-se maiores diâmetros e número total de fibras com as dietas citadas acima. O desenvolvimento do sistema digestório não foi prejudicado pelas dietas fornecidas às pós-larvas neste estudo. As enzimas analisadas já estavam presentes e ativas no momento da primeira alimentação. A atividade das enzimas oscilou durante todos os períodos experimentais, apresentando redução da atividade da tripsina e quimotripsina para as dietas com maiores percentuais de CPST em relação aquelas com menor percentual. De acordo com os resultados concluimos que a combinação das fontes de origem animal e vegetal aprimorou a dieta, contribuindo para melhorar o desenvolvimento das pós-larvas de jundiá.
The aim of this study was to evaluate the viability of using diets composed of ingredients of plant and animal origin in the feeding of post-larvae jundiá (Rhamdia quelen) and its influence on the development of animals. Experiments were carried out where it is tested in the first (E1) the total replacement (30%) and partial (15%) of the liver poultry for fish meal (FJ) and / or protein soy concentrate (CPS) on the standard diet containing 30% liver poultry. In the second (E2) substitution levels (5; 10; 15; 20 and 25%) of the liver by FJ and third (E3) of the liver levels for CPS replacement (15, 20, 25 and 30%) supplemented with taurine (CPST). Performance parameters were analyzed (weight, total length, condition factor, specific growth rate, daily weight gain, survival and product weight versus survival), muscle development (fiber diameter, number of fibers / mm² and total number of fibers ) and enzymatic activity (trypsin, chymotrypsin, lipase, amylase and maltase). The best performance of jundiá post-larvae was from 15FJ diets (E1 and E2) and 15CPST (E3). In the muscle development is found larger diameter and total number of fibers with the above mentioned diets. The development of the digestive system was not affected by the diets provided to post-larvae in this study. The enzymes assessed were already present and active at the first feeding. The enzyme activity varied during all experimental periods, with reduced activity of trypsin and chymotrypsin for diets with higher percentages of CPST over those with a lower percentage. According to the results we conclude that the combination of the sources of animal and plant improved the diet, helping improve the development of post-larvae of jundiá.
Resumo
Vinte e quatro bezerros Holandeses foram utilizados, dos 7 aos 42 dias de vida, em um delineamento de blocos ao acaso, sendo submetidos a quatro tratamentos, sucedâneos do leite, utilizados como únicos alimentos e com as seguintes características referentes à constituição em proteína digestível: A - 100 por cento proveniente da proteína láctea; B - 80 por cento proveniente da proteína láctea e 20 por cento do concentrado protéico de soja (CPS); C - 60 por cento proveniente da proteína láctea e 40 por cento do CPS; e D - 40 por cento proveniente da proteína láctea e 60 por cento do CPS. Os ganhos diários de peso e conversões de matéria seca ingerida em ganhos de peso foram respectivamente: A = 405 g e 1,78; B = 388 g e 1,87; C = 258 g e 2,81; e D = 228 g e 3,43, ambas as variáveis apresentando um comportamento linear (p<0,01). Nenhuma diferença entre tratamentos foi notada quanto à incidência de diarréias.(AU)